Sinopse
Joe (Michael Caine), Ai
(Alan Arkin) e Willie (Morgan Freeman) são tres idosos reformados, amigos de
longa data, que pela primeira vez na vida, vão quebrara a monotonia, quando um
banco toma a decisão de não lhes pagar o dinheiro das suas pensões.
Desesperados para pagar as
contas, os três arriscam tudo, embarcando numa ousada tentativa para assaltar o
banco que ficou com o dinheiro deles.
Opinião
por Artur Neves
Zack Braff realizador
americano nascido em 1975, cuja obra mais significativa do seu curriculum é “Oz:
O Grande e Poderoso” de 2013, traz-nos aqui um remake do filme “A Quadrilha do Reumático” de Martin Breste em 1979,
que tal como a presente versão dá emprego a glórias do passado em fim de
carreira, mas sem nos trazer qualquer coisa de realmente inovador e apelativo
para justificar o voltar a este tema de uma maneira que classificarei como
displicente.
E digo displicente porque
toda a história entra numa toada de “dolce
fare niente” muito embora a empresa em que se lançaram, pelos motivos
apresentados, justificaria um maior desempenho de todos os personagens intervenientes,
já porque mais não fosse, são eles que decidem assim como compensação justa para
os proventos que lhes foram subtraídos numa altura da vida em que se torna
difícil a obtenção de novos valores para assegurarem o seu sustento.
Se não sabem usar armas
deveriam aprender, se não conseguem arquitetar um plano credível para atingir o
seu objetivo deveriam consegui-lo, se querem manifestar o seu desagrado ao
banco que tão mal os tratou, deveriam manifesta-lo com maior empenho e mais veemência
porque deste modo já o filme anterior nos tinha apresentado uma “Quadrilha do Reumático”
tão inepta e vazia quanto esta, que não deveria ter sido preciso mostrá-la duas
vezes. Poderá dizer-se que é para mostrar aos mais novos um passado que eles
não conheciam mas isso não colhe, porque no meu entender o remake de uma história deve conter elementos inovadores e
diferenciadores da história inicial embora sem se afastar do núcleo original,
cumprindo até os marcadores fundamentais do seu enredo. Ou seja, deverá ser a
mesma história contada de outra maneira contendo outros elementos. Tome-se para
exemplo do que quero dizer a saga; “Ocean’s Eleven”, “Ocean’s Twelve”, “Ocean’s
Thirteen”.
O que temos aqui é um grupo
de homens gastos pela vida, com pouca saúde, pouca mobilidade, e nem sequer
vontade para fazer o que quer que seja para alterar uma situação que na
realidade é a todos os níveis injusta. São arrastados pela ideia vanguardista
de um deles mas sem vontade, capacidade ou glória, que o argumento lhes tira,
tratando-os como uns velhos meninos que se lembram de fazer umas macacadas apenas
porque sim.
O filme não tem chama,
decorre lento e plácido como a pretensa idade atribuída aos personagens que vão
pregando umas mentirinhas a um polícia que os topa, sem todavia alcançar os
objetivos que eles tinham em mente. No fim voltam todos para casa sossegadinhos
continuando nas suas vidinhas. Uma perda de tempo, embora com alguns gags divertidos.
Classificação: 5 numa escala
de 10