10 de setembro de 2017

Opinião – (MOTEL/X) – “68 Kill” de Trent Haaga


Sinopse

Trabalhar com fossas sépticas não é a ideia de uma vida perfeita para Chip. Mas ele é um tipo simples, com uma grande namorada chamada Liza. É verdade que ela garante um rendimento extra com uma “benfeitor”, mas todas as relações têm as suas complexidades. Quando Liza sugere que “aliviem” o benfeitor de uma considerável quantia de dinheiro, Chip, vê pela primeira vez, um lado de Liza que não conhecia… ou que nunca quis admitir. Agora tem uma arma na mão, uma rapariga no porta-bagagens e menos de 24 horas para resolver a situação.

Opinião por Artur Neves

A história apresenta-se maioritariamente como comédia pelo que a primeira dúvida que nos assalta é com que critério terá sido incluída neste festival. No decorrer do filme porém, quando começam a aparecer as mortes violentas parece ter-se encontrado a resposta, todavia o ambiente criado e os personagens apresentados são tão politicamente incorretos que dificilmente a história nos convence como thriller, contendo até cenas e diálogos que nos provocam saudáveis gargalhadas.
A história contada é linear, escrita e realizada por “Trent Haaga” que tem no seu curriculum outras comédias e muitos filmes como ator. Desta feita apresenta-nos uma comédia negra, mais comédia do que negra, de um homem que se deixa levar pelo “canto de uma sereia” para uma aventura que previsivelmente resolveria os seus problemas financeiros, mas que vem a revelar-se desastrosa, muito embora tenha-lhe servido como lição de vida.
O argumento não tem surpresas, nada sai fora do esperado, muito embora não seja previsível o que vai acontecer a seguir, mais pela esdruxula história que nos é contada do que pelo hiperbolismo do argumento. O desempenho dos atores está de acordo com os padrões da comédia, bem vincados, com personalidades fortes, simples e diretas, cumprindo o que é esperado pela simples observação da sua caracterização.
Chip (Matthew Gray Grubler) o “detetive pensante” da série “Mentes Criminosas”, desempenha aqui o principal papel desta história que nos conduz pelo labirinto do pensamento de um homem que não pensa com a cabeça mais adequada, muito embora obtenha com isso as suas compensações.
Os diálogos são adequados e têm graça em muitos dos seus silogismos, dispondo-nos bem e amortecendo os litros de “sangue” que foram gastos na realização, abordando ainda que de passagem, alguma crítica social que só o valoriza.

Classificação: 5 numa escala de 10

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