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15 de junho de 2015

Opinião - As Luzes Brancas de Paris - Theresa Révay


Título: As Luzes Brancas de Paris
Autora: Theresa Révay
Editora: Círculo de Leitores

Sinopse:
Os ventos da história, a força do amor. Xénia era ainda uma criança quando assistiu à morte do pai, um aristocrata russo. Obrigada ao exílio faz-se mulher pela dureza das circunstâncias, exilando-se em Paris com os irmãos. Na capital francesa cruza-se com um jovem e talentoso artista alemão. Enquanto ela tenta vingar no mundo da moda parisiense, Max assiste impotente à ascensão de Hitler ao poder. Entre guerras e revoluções a sua história de amor parece condenada. Ou será que mesmo em tempos de guerra se podem viver uma grande história de amor? Um apaixonante romance histórico a fazer-nos viajar aos loucos anos 20/30, num envolvente fresco de época.

Opinião por João Oliveira:
Transporta-nos para o início do século XX - o final da I guerra Mundial, o período da Revolução Russa, atravessa a década de trinta com a ascensão ao poder de Hitler e a II Guerra Mundial. Retratando as vivências dos refugiados russos que tentam na Europa uma nova vida.
Xénia (a protagonista da história) refugiada em Paris, passa pelas dificuldades de iniciar uma nova vida numa terra que lhe é estranha, luta pela sua sobrevivência e da família que lhe resta. Conhece Max por quem se apaixona …. uma relação forte mas inconstante. A estória continua, passando a personagem principal - Xénia - pelas dificuldades, perdas e lutas da história da Europa durante o período da II Guerra Mundial.
A leitura foi interessante, não é uma simples história de amor, a estória está bem enquadrada na história da Europa no período entre as duas guerras, é um Romance Histórico bem estruturado, que dá uma boa visão do panorama histórico do período em que se desenvolve a narrativa. Gostei, aconselho a leitura.

25 de abril de 2015

I Ching

Pergunte ao I Ching, pense nas respostas, decida por si.
O I Ching é um sistema milenar de divinação. A sua origem é incerta, mas supõe-se que terá derivado de práticas de divinação da dinastia Shang, a segunda dinastia registada pela historiografia tradicional chinesa, e que os primeiros textos deste livro das mutações terão sido escritos por volta de 1000 a.C.

Pouco antes de morrer, o sábio Confúcio disse que se tivesse mais de 50 anos de vida os dedicaria ao estudo do I Ching. Nas suas diversas edições completas, este livro de sabedoria, filosofia de vida e reflexão pode chegar às 800 páginas.

Para a presente edição, Manuel Madeira de Santana, estudioso do I Ching que usa este método na sua vida quotidiana há várias décadas, oferece uma introdução clara, acessível e simples a esta forma de obter respostas para as dúvidas que mais nos inquietam.

O I Ching é, assim, uma abordagem introdutória a este sistema milenar, que apresenta as diversas tabelas de divinação e ensina como qualquer um as pode ler, interpretar e usar.

Com prefácio de Pedro Rolo Duarte.
“Na verdade, eu percebi nesse momento a essência do I Ching: um livro que às nossas perguntas responde com ideias, propostas de reflexão, sugestões vagas que nos ajudam a decidir.”

8 de abril de 2015

Opinião - O Capital do Século XXI - Thomas Piketty


Título: O Capital do Século XXI       
Autor: Thomas Piketty
Editora: Temas e Debates

Sinopse:
Quais são as grandes dinâmicas que regem a acumulação e a distribuição de capital? As questões sobre a evolução da desigualdade a longo prazo, a concentração da riqueza e as perspetivas de crescimento económico estão no cerne da economia política. Mas é difícil obter respostas satisfatórias devido à falta de dados corretos e de teorias claras.
Em O Capital no Século XXI, Thomas Piketty analisa um conjunto exclusivo de dados de vinte países, que percorrem mais de três séculos, para discernir os padrões socio-económicos fundamentais. As suas descobertas transformarão o debate e as prioridades da reflexão sobre riqueza e desigualdade das próximas gerações.

Opinião por André Daniel Silva: 
Vou fazer uma crítica à obra de Thomas Piketty “O Capital no Século XXI”. Se nos fizer pensar, um livro seja de Economia ou de qualquer outra área pode ser um bestseller internacional. Um bestseller internacional não se define meramente pelo nome do autor ou pelo tema que aborda. Um bestseller internacional define-se pela qualidade da escrita, pela eloquência do autor e acima de tudo pela forma como seu conteúdo se encaixa e é encaixado.
Um livro de Economia especificamente torna-se um bestseller internacional quando o seu conteúdo nos dá informações pertinentes e inequívocas sobre o contexto económico mundial. Quando a verdade nua e crua é exposta sem medo e sem subterfúgios. Quando a realidade económica e todas as suas vicissitudes não são deixadas ao acaso e são analisadas com pormenor e rigor.
Por tudo isto e muito mais um livro de Economia se pode tornar num bestseller internacional. Na minha perspectiva muito própria se a verdade for exposta sem pudor e sem medo o sucesso do livro será muito mais facilmente alcançado, pois acreditem que não há maior sucesso para um autor do que a sua obra ser verdadeira e honesta intelectualmente e assim conseguir alertar consciências.
Por tudo isto e pelo facto de a verdade nesta obra ser exposta de forma tão eloquente eu considero que esta obra pode vir a ser um bestseller internacional e recomendo vivamente a sua leitura a quem por estes temas se interesse.

20 de setembro de 2014

Opinião - O Intruso

Título: O Intruso
Autor: Mário Braga
Editora: Circulo de Leitores

Opinião por Helena Bracieira:
Mário Braga, escritor português nascido em 1921, em Coimbra, afirmou-se em 1948 com o livro de contos Os Serranos.

Relativamente a este livro, O Intruso, revela-se como uma colectânea de alguns dos seus contos, talvez os melhores, publicados ao longo da sua carreira até 1980. Denomina-se O Intruso, pois é o nome do primeiro conto, seguindo-se «Ferrete», «A noite era escura», «A carta», «Decência», «A cabeça do burro», «Nos bastidores», «A doação», «Penélope», «O homem das barbas», «Cárcere privado», «Liberdade poética», «O assalto» e, por fim, «Espólio intacto». Todos estes contos são retratos de diferentes realidades, não fosse este escritor um neo-realista. Relatam, exemplarmente, as realidades sociais do campo e da cidade e das variadas personagens que povoam esse mundo.

De todos os contos, o que mais apreciei foi «Penélope»: a história de uma mulher demente que, sendo abusada por homens sem escrúpulos, está constantemente a dar à luz, trazendo sempre uma criança nos braços. Pede pelas ruas e está sempre a tricotar, desfazendo o seu trabalho à noite, tal como fazia a figura mítica Penélope, esposa de Ulisses. Contudo, um dia, algo muda...

Apesar de este conto ter sido o meu favorito, posso dizer que os adorei a todos, porque cada um tinha um final inesperado, apelando à reflexão sobre o mundo que nos rodeia.

16 de abril de 2014

Opinião - Paula

Título: Paula
Autor: Isabel Allende
Editora: Porto Editora / Circulo de Leitores

Sinopse:
Paula, com um forte cunho autobiográfico, é uma das obras mais intensas de Isabel Allende, que nos faz revisitar o universo mágico dos seus primeiros romances.

Paula, a filha da escritora, adoeceu gravemente, entrando pouco tempo depois em coma. Durante meses no hospital, a autora começou a escrever a história da família para a filha, que permanecia inconsciente. Nesse relato somos levados a conhecer os segredos e recordações mais íntimos do seu passado e do seu país natal, o Chile, ao mesmo tempo que assistimos às sucessivas tentativas de contrariar e, por fim, aceitar a partida iminente de um ente querido.

Escrita como uma catarse face à irreversível doença, Paula é uma enorme lição de vida, ao mesmo tempo que nos permite conhecer um pouco melhor o mundo fantástico de A casa dos espíritos e Eva Luna e concluir que as suas personagens pertencem, na verdade, ao mundo fantástico de Isabel Allende: a sua realidade encantada.

Opinião por Celina Rodrigues:
Nunca tinha lido nada de Isabel Allende, e este sendo uma história verídica não me permite formar uma opinião sobre os seus romances. 
"Paula" é sobre a filha da escritora que sofre de uma doença grave. Isabel, ao acompanhar a recuperação da filha, e a conselho da sua editora, começa a escrever sobre a sua própria vida. A obra é uma deambulação entre o passado da escritora, desde tenra idade, e a doença da filha, sentimentos e rotinas que provoca. Uma escrita fácil, interessante e acessível, e uma maneira de conhecer a vida de Isabel Allende e até a história do Chile. 
No final, a história é muito comovente, a escrita leva às lágrimas (no meu caso...). A morte não é nada fácil de encarar, nem de acompanhar. E para uma mãe que não desiste, a luta é mesmo até ao fim...

8 de abril de 2014

Opinião - Fogo Lento

Título: Fogo Lento
Autor: Julie Garwood 
Editora: Circulo de Leitores

Sinopse:
Suspense romântico. Kate sempre lutou pelos seus sonhos. Construiu uma vida pacata, junto da mãe e da irmã, e investiu todo a sua paixão na pequena empresa de velas e fragrâncias que criou. De um dia para o outro tudo muda. Escapa por pouco a uma explosão, a sua mãe morre e deixa uma dívida enorme, a melhor amiga tem de ser operada, o ex-namorado da irmã ameaça-a. Quando se cruza com Dylan Buchanan, o charmoso detective de Charleston, sente que ele é o único bálsamo entre tantos percalços e problemas a resolver. Dylan tem, contudo, um faro apurado e percebe que Kate está em perigo... Quem a persegue? Quem lhe deixa mensagens de morte? Quem destrói, na sombra, tudo aquilo que ela construiu?

Opinião por Angelina Violante:
Este livro foi a minha estreia com esta autora e confesso que gostei, é mais uma autora a seguir. O livro onde uma série de acontecimentos se desenrola logo de início, e sempre com mistério, suspense, aventura, claro como não podia faltar amor, com uma escrita simples mas apelativa, deixa o leitor preso logo no início. Um livro pequeno, mas grande em conteúdo.

6 de novembro de 2013

Fundação Círculo de Leitores / Os Transparentes, de Ondjaki, Prémio Literário José Saramago 2013

Os Transparentes, de Ondjaki, Prémio Literário José Saramago 2013

Na oitava edição do prémio criado pela Fundação Círculo de Leitores para distinguir jovens escritores de língua portuguesa foi distinguido o escritor angolano Ondjaki, pelo seu romance Os Transparentes. O nome de Ondjaki junta-se agora ao de Paulo José Miranda, José Luís Peixoto, Adriana Lisboa, Gonçalo M Tavares, Valter Hugo Mãe, João Tordo e Andréa del Fuego, que viram também livros seus premiados com este galardão. O anúncio foi feito por Guilhermina Gomes, presidente do júri do Prémio Literário José Saramago, e Diretora Editorial do Círculo de Leitores, ao meio-dia em ponto do dia 5 de novembro de 2013, na sede da Fundação José Saramago.

Natural de Luanda, onde nasceu no ano de 1977. Ondjaki é o seu nome de escrita, guerreiro em Umbundu. Poeta, prosador, visita também a escrita para crianças, o teatro, a pintura, o documentário. Formado em Sociologia, completou o doutoramento em Estudos Africanos em Itália. Distinguido em 2000 com a Menção Honrosa do Prémio António Jacinto pelo seu primeiro livro de poesia (actu sanguíneu), em 2005 obtém o Prémio António Paulouro pelo livro de contos E se amanhã o medo, e o Grande Prémio APE em 2007 por Os da minha rua.
Em 2010 recebe o Prémio Jabuti (categoria juvenil) com AvóDezanove e o segredo do soviético. Ainda no âmbito juvenil, publica A bicicleta que tinha bigodes distinguido com o Prémio Bissaya Barreto 2012 e com o Prémio Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (IBBY do Brasil) 2013. O romance Os transparentes é agora distinguido com o Prémio Literário José Saramago 2013.

POESIA: actu sanguíneu (2000); há prendisajens com o xão (2002); materiais para a confecção de um espanador de tristezas (2009); dentro de mim faz Sul seguido de acto sanguíneo (2010) CONTOS:
momentos de aqui (2001); e se amanhã o medo (2005) ROMANCE: bom dia camaradas (2001); o
assobiador (2002); quantas Madrugadas Tem a Noite (2004); AvóDezanove e o segredo do soviético
(2008); Os transparentes (2012) INFANTIL/JUVENIL: Ynari: a menina das cinco tranças (2004); O leão e o coelho saltitão (2008); o voo do Golfinho (2009); Ombela, a origem das chuvas (2011); a  bicicleta que tinha bigodes (2011); uma escuridão bonita (2012) TEATRO: Os vivos, o morto e o peixefrito
(2009) DOCUMENTÁRIO: Oxalá cresçam Pitangas (2006)

Sinopse:
«Com o presente romance, de novo aparece Luanda - a Luanda atual do pós-guerra, das  especificidades do seu regime democrático, do «progresso», dos grandes negócios, do «desenrasca» - como pano de fundo de uma história que é um prodígio da imaginação e um retrato social de uma riqueza surpreendente.
Combinando com rara mestria os registos lírico, humorístico e sarcástico, Os transparentes dá vida a uma vasta galeria de personagens onde encontramos todos os grupos sociais, intercalando magníficos diálogos com sugestivas descrições da cidade degradada e moderna.»

Excertos da Obra premiada
«Odonato já não tinha força para desenhar nos lábios um gesto mínimo de espanto ou o que fosse um vulgar sorriso, a temperatura chegava-lhe à alma, os olhos ardiam por dentro Chorar afinal não tinha que ver com lágrimas, antes era o metamorfosear de movimentos internos, a alma tinha paredes – texturas porosas que vozes e memórias podiam alterar…»
«…a verdade é límpida e conhece veredas secretas para chegar ao seu destino»
«Odonato observava as mãos e os alimentos: tudo oferecido ou encontrado nos restos do supermercado  onde algum conhecido trabalhava
− agora comemos só aquilo que os outros já não querem – comentou
− é pecado deitar fora comida ainda boa
− é pecado não haver comida para todos…»
«Luanda fervia com a sua gente que vendia, que comprava para vender, que se vendia para ir depois comprar a gente que se vendia sem voltar a conseguir comprar…» 

Criada em 1995 com o objetivo de divulgar a cultura escrita e literatura portuguesa, contribuindo para o fomento dos hábitos de leitura e promoção da língua portuguesa. Para além do apoio à edição de grandes obras, e da publicação da revista LER, a fundação criou as Olimpíadas da Leitura, percursoras de conceito do Plano Nacional de Leitura, e o Grande Torneio das Letras em parceria com o Diário de Notícias. Em 1999 inicia a atribuição do primeiro grande prémio literário a distinguir jovens escritores de língua portuguesa, o Prémio Literário José Saramago.
Homenageando a figura do Nobel da Literatura, José Saramago, este prémio foi criado em 1999 pela Fundação Círculo de Leitores. Afirmando-se como um dos mais importantes prémios literários atribuídos no âmbito da lusofonia a autores com obra publicada em português, e com idade não superior a 35 anos, foram distinguidos em anos anteriores nomes como: Paulo José Miranda, José Luís Peixoto, Adriana Lisboa, Gonçalo M. Tavares, Valter Hugo Mãe, João Tordo e Andréa del Fuego. O Prémio Literário José Saramago tem o valor de 25 mil euros.

8 de fevereiro de 2013

Círculo de Leitores | Obra Completa de Padre António Vieira

Na véspera do 405.º aniversário do nascimento de Padre António Vieira, temos o prazer de anunciar que o Círculo de Leitores publicará a obra completa de Padre António Vieira. Composta por trinta volumes, inclui cartas, sermões, profecias, política, teatro, sendo muitos destes textos ainda inéditos.
A série, cujos três primeiros volumes estarão disponíveis no Círculo de Leitores em abril –, é dirigida por José Eduardo Franco e Pedro Calafate e envolveu o trabalho de uma vasta equipa de investigadores de Portugal e do Brasil. A Santa Casa da Misericórdia apoia o trabalho de investigação que sustenta esta edição, através de um protocolo celebrado com a Universidade de Lisboa que será assinado amanhã, no Instituto de São Pedro de Alcântara.
Esta obra reflete um trabalho rigoroso e aturado, um regresso às fontes manuscritas e impressas, com recurso a diversos arquivos pelo mundo em busca de documentos nunca publicados – como é o caso de A Chave dos Profetas.


«É de facto o maior prosador – direi mais, é o maior artista – da língua portuguesa.» Fernando Pessoa

Sobre os coordenadores da obra:
Pedro Calafate, historiador e professor catedrático da Universidade de Lisboa, especialista no estudo do barroco e do racionalismo iluminista do século XVIII. Foi distinguido com o Prémio Aboim Sande Lemos da Universidade Católica Portuguesa pela obra «A Ideia de Natureza no século XVIII em Portugal». Professor convidado nas Universidades de Viena e Copenhaga.
José Eduardo Franco, historiador, ensaísta e poeta. Especialista na temática dos Jesuítas em Portugal, completou o seu doutoramento pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris. Faz parte do Centro de Literaturas de Expressão Portuguesa das Universidades de Lisboa, estando envolvido em vários projetos de investigação sobre os grandes mitos portugueses.

30 de dezembro de 2012

Opinião - A Cidade dos Deuses Selvagens

 
Título: A Cidade dos Deuses Selvagens 
Autor: Isabel Allende
Editora: Círculo de Leitores/ Difel

Sinopse: 
Alexander Cold embarca com a sua temerária avó numa perigosa expedição da International Geographic ao Amazonas. A sua missão e a dos seus companheiros de viagem - um célebre antropólogo, um guia local e a sua filha, Nádia, e uma médica - é capturar o lendário Abominável Homem da Selva, mais conhecido como "a Besta". 
No mundo oculto da impenetrável selva tropical, Alexander descobre muito mais do que imaginara. Coma força do jaguar e da águia, guias espirituais de Alex e Nádia, os dois jovens deixam-se conduzir pelo invisível Povo da Neblina numa apaixonante e inesquecível aventura, e encaminham o leitor numa viagem por um território misterioso, onde se esbatem os limites entre a realidade e o sonho, onde homens e deuses se confundem, onde os espíritos andam de mão dada com os vivos. 

Opinião por Maria João Diogo: 
Há determinados livros que ou se amam ou se odeiam. E, devido ao tema deste primeiro livro da triologia de Isabel Allende, é um deles. Sempre gostei de livros de fantasia (Marion Zimmer Bradley, Juliet Marillier) e adoro a forma de escrever da Isabel Allende, por isso estes livros fizeram a minha delicia há muitos anos atrás e não me desiludiram nesta releitura! 
Alexander Cold vê-se no meio de uma aventura com a sua avó Kate na selva Amazónica, pois a sua mãe está muito doente e precisa de fazer tratamento longe de casa. Alexander vai descobrir que afinal é muito mais forte e muito mais corajoso do que alguma vez pensou e, juntamente com Nádia (filha do guia) vão viver a aventura das suas vidas, ao serem aceites e respeitados no seio da tribo de indíos designados Povo da Neblina, por terem a capacidade de se tornarem invisiveis. Para salvarem esta tribo irão ao território de "A Besta", assim designada pelo seu tamanho, ferocidade e cheiro. E é precisamente por causa deste ser misterioso que a avó de Alex está na selva amazónica, juntamente com a sua equipa, para efectuar uma reportagem para a revista International Geographic. Alex e Nádia vão descobrir que afinal os invasores e os ferozes não são os habitantes da selva, mas sim quem dela se tenta aproveitar! 
Adoro esta história e adoro as descrições da selva amazónica! Muitas das vezes senti-me transportada para lá, vivi aquele ambiente. E é esta magia que eu admiro em Isabel Allende. 

Classificação: 8,5/10

19 de junho de 2012

Opinião - Paula

Título: Paula  
Autor: Isabel Allende  
Editora: Círculo de Leitores / Edições Inapa  

Sinopse: 
Esta obra de Isabel Allende possui e prossegue duas qualidades essenciais à sua narrativa e ao seu estilo literário: a densidade e a intensidade. Sendo uma representação do sofrimento e de memórias, Paula é um documento multibiográfico, como de resto são em grande parte os seus outros romances, e neste se configura como uma viagem dupla em presença do estado comatoso da filha e da acumulação da experiência de outras dores, entremeada por breves alegrias e pela presença da mãe. Paula, é tanto um diálogo à cabeceira de uma doente clinicamente privada de consciência, como um solilóquio de grandeza e fragilidade, a tentativa de unir a ideia do amor como única ponte de salvação humana, a realidade do sofrimento tantas vezes absurdo e indecoroso.  

Opinião por Celina Rodrigues: 
Nunca tinha lido nada de Isabel Allende, e este sendo uma história verídica não me permite formar uma opinião sobre os seus romances. 
"Paula" é sobre a filha da escritora que sofre de uma doença grave. Isabel, ao acompanhar a recuperação da filha, e a conselho da sua editora, começa a escrever sobre a sua própria vida. 
A obra é uma deambulação entre o passado da escritora, desde tenra idade, e a doença da filha, sentimentos e rotinas que provoca. Uma escrita fácil, interessante e acessível, e uma maneira de conhecer a vida de Isabel Allende e até a história do Chile. 
No final a história é muito comovente, a escrita leva às lágrimas (no meu caso...). A morte não é nada fácil de encarar, nem de acompanhar. E para uma mãe que não desiste, a luta é mesmo até ao fim...