30 de abril de 2011

Opinião - Ana Vichenstein - A Feiticeira da Mente

Título: Ana Vichenstein - A Feiticeira da Mente
Autor: Ana Crisóstomo
Editora: Chiado Editora

Sinopse:
Ana Vichenstein é uma adolescente de 13 anos de idade, órfã de mãe, que estuda no mesmo colégio desde os seus seis anos de idade. Excelente aluna, óptima cantora e dançarina e ainda uma excelente pessoa.
Tudo isto poderia ser comum a um grande número de adolescentes, não fosse ela uma feiticeira da mente.
No mundo de Ana existem três categorias de feiticeiros, todos eles com as suas qualidades e as suas limitações: os feiticeiros da mente, os feiticeiros com manopoderes (nas mãos) e os feiticeiros da varinha. Não se pense que os feiticeiros conseguem ser aceites na sociedade. Eles vivem à margem, encobertos por detrás de um colégio comum, onde estudam tanto alunos feiticeiros como os outros não-feiticeiros.
Durante o dia convivem entre si com aulas comuns. A partir da hora de saída dos alunos não-feiticeiros, as aulas de magia são leccionadas numa secção específica do colégio.
Ana entrou naquele colégio sem saber a verdadeira razão. A sua mãe foi morta para a conseguirem colocar naquele sítio a estudar. O seu pai divorciara-se da sua mãe ainda antes deste acontecimento fatídico. Encontra-se sozinha no mundo.
Tudo parece correr bem até que alguns acontecimentos insólitos assolam a vila de Cascais, próximo da zona de Sintra onde fica o Colégio…
No meio de aulas, romance e desavenças, algumas intrigas e lutas serão travadas pelo meio, levando Ana a escolher entre dois lados de uma mesma realidade. A sua lealdade e os seus principios vão ser testados até ao limite, podendo mesmo vir a sofrer com tudo isto.
Uma história do mundo do fantástico com partes hilariantes, românticas e até mesmo comoventes que levarão o leitor a querer ler até à última página.

Opinião por Maria Soares:
Ao ler este livro senti-me transportar ao tempo em que lia as histórias de Enid Blyton que se passavam no Colégio de Santa Clara e nas Quatro Torres, misturado com alguma fantasia da saga Harry Potter. Não fossem alguns erros na conjugação do verbo poder, que me retiravam de dentro da história ao surgirem, encontrei uma leitura fluída e captativa. A história tem um início algo atribulado, com a mãe de Ana Vichenstein, uma criança de 6 anos, a ser morta de forma violenta, faz uma explicação ao motivo desta criança ser integrada num colégio especial em Cascais, perto de Sintra, onde estudam alunos normais, sem poderes, e alunos com características especiais de feiticeiros. A história prossegue com Ana já na fase da adolescência, estudando neste colégio. Os feiticeiros são alunos internos que têm aulas extras de feitiçaria, das quais os restantes alunos desconhecem a existência. Os alunos com poderes especiais estão proibidos de utilizar seus dons junto dos colegas normais, para que estes não desconfiem da verdadeira natureza do ensino ministrado naquele colégio.

Ana Vichenstein é bem formada, boa aluna, empenhada e possui dotes de dançarina e cantora. Tem um namorado com quem se dá esplendidamente e com quem interage lendo a mente, já que é uma feiticeira da mente. Os restantes tipos de feiticeiros existentes são os feiticeiros com manopoderes (nas mãos) e os feiticeiros da varinha. Ana desconhece a razão porque entrou naquele colégio. Com a morte da mãe, com quem vivia junto depois desta se ter separado do seu pai, não tem mais família. Na vida de Ana, tudo parece estar a correr bem, quando alguns acontecimentos insólitos começam a suceder e dos quais Ana vai tendo visões que a alertam. A história desenrola-se envolvendo aulas, paixões e desavenças. Ana vê-se envolvida em intrigas e enfrenta algumas lutas que faz com que tenha que fazer opções difíceis e que testam os seus princípios e a sua lealdade, fazendo-a sofrer por ter de tomar algumas posições perante certos desafios.

Uma leitura do mundo do fantástico leve, destinada sobretudo a um público jovem ou a saudosistas de histórias envolvendo vidas de adolescentes em colégios internos, que consegue manter um ritmo de acontecimentos adequado entre as partes envolvendo romance, as lutas e as intrigas, salpicado com algumas partes cómicas e divertidas e outras ternurentas e comoventes, que conseguem prender a atenção do leitor até ao final da história.

Pontuação: Livro que ao ser fechado deixa o leitor sorridente.

Opinião - Crepúsculo

Título: Crepúsculo
Autor: Stephenie Meyer
Editora: Gailivro

Sinopse:
A respeito de três aspectos, eu estava absolutamente segura. Em primeiro lugar, Edward era um vampiro. Em segundo lugar, uma parte dele - e eu não sabia qual era o poder dessa parte - ansiava pelo meu sangue. Por fim, em terceiro lugar, eu estava incondicional e irrevogavelmente apaixonada por ele.

A mudança de Isabella Swan para Forks — uma cidade pequena e permanentemente chuvosa do estado de Washington — podia ter sido o passo mais entediante que ela jamais dera. No entanto, quando ela conhece o misterioso e cativante Edward Cullen, a sua vida sofre uma viragem emocionante e aterradora. Até este momento, Edward conseguiu manter a sua identidade vampírica em segredo na comunidade em que vive. A partir de agora, porém, ninguém está a salvo, sobretudo Isabella, a pessoa que Edward mais preza. O casal de namorados dá por si precariamente equilibrado no fio da navalha — entre o desejo e o perigo.

Opinião por Marta Fernandes:
A história do livro "Crepúsculo" é uma história envolvente que nos permite sair da realidade por uns momentos, a partir do momento em que o leitor lê a primeira página fica completamente viciado na história e torna-se difícil parar de ler, a cada capítulo a história fica cada vez mais interessante e faz com que o leitor dedque a maior parte do seu tempo a ler.
É um óptimo livro para quem gosta de romances obscuros e para quem acredita que o amor vence todas as barreiras, mesmo quando os amantes fazem parte de dois mundos completamente diferentes, esta história é para quem defende que não há amores impossíveis, há amantes cobardes.
No momento em que o leitor começar a ler o livro "Crepúsculo" tudo á sua volta se irá abstrair, o leitor viverá apenas para o livro e quando o acabar de ler só irá desejar por mais.

Opinião - O Domador de Paixões

Título: O Domador de Paixões
Autor: Catherine Anderson
Editora: Ulisseia

Sinopse:

Molly Wells é uma mulher com muitos segredos. Só ela sabe o motivo que a levou a roubar um valioso puro-sangue ao ex-marido e a entregá-lo a um conhecido domador de cavalos, que vive num rancho a centenas de quilómetros dali. E a razão porque está sem emprego, sem dinheiro, e com um medo horrível do ex-marido. Ao acolher Molly no seu rancho, Jake suspeita que pode estar a dar guarida a uma ladra. Mas algo naquela mulher corajosa e ao mesmo tempo vulnerável o toca particularmente. Mas até que ela se sinta suficientemente forte para aceitar tudo o que lhe deseja proporcionar, a única coisa que Jake pode oferecer-lhe é a sua disponibilidade paciente, a força para a ajudar a fazer frente aos seus inimigos e a promessa de a amar para sempre.

Opinião por Inês Torres:
Atrevo-me a dizer que este é, de todos os livros que li até hoje, o meu preferido!

À medida que o ia folheando ia ficando cada vez mais viciada (no sentido literal das palavra) na suas páginas.

Adorei a história e a forma extraordinária como as personagens estão construídas. Com uma linguagem simples e descrições bem detalhadas, com este livro senti que entrei verdadeiramente na história, o que a maioria dos livros não me consegue fazer sentir. Chorei imenso em certas passagens. Noutras ainda soltei verdadeiras gargalhadas. É fantástico vivenciar todas estas emoções apenas lendo as palavras que alguém, com tanta mestria, escreveu.

Neste livro temos a história de Molly, uma mulher linda em todos os aspectos, que casou com o homem errado e que deixou que este comandasse por completo a sua vida. Deixou de ser ela própria para ser a mulher de alguém. Deixou de acreditar em si e nas suas capacidades. Fazia tudo o que o marido queria, na tentativa de lhe agradar, mas nem todo o esforço do mundo seria suficiente. Tudo o que recebia em troca eram humilhações. Quantas mulheres se encontram nesta situação?

Depois de muito sofrer nas mãos do marido, Molly encontrou dentro de si uma força e coragem que desconhecia possuir, tudo para salvar um cavalo que também fez de tudo para agradar ao ex-marido de Molly e que acabou muito maltratado a primeira vez que falhou. Para salvar o cavalo, Molly roubou-o e fugiu, desconhecendo que com essa atitude estava também a salvar-se a si própria.

Refugiou-se na quinta de Jake, que lhe deu guarida e cuidou do cavalo. Jake apaixonou-se quase de imediato por Molly mas esta não acreditava na veracidade dos seus sentimentos, porque sentia que não valia nada e que nunca, nenhum homem se interessaria verdadeiramente por ela.

É fantástico acompanhar a forma maravilhosa como Jake consegue fazer com que Molly aceite o seu amor, e acima de tudo, se aceite a si própria! Ela percorre um longo caminho e após ultrapassar muitas barreiras, nomeadamente os crimes que o ex-marido cometeu (e que acabam por o colocar atrás das grades), encontra finalmente a felicidades nos braços de Jake.

Esta história tocou-me muito porque fez-me entender que mesmo quando sofremos uma grande desilusão e quando alguém nos tenta deitar a baixo, não devemos deixar de acreditar que existem boas pessoas e que é possível alcançar a felicidade!

29 de abril de 2011

Passatempo Dia da Mãe - Âncora Editora

A D’Magia, em parceria com a Âncora Editora, decidiu celebrar em conjunto o Dia da Mãe e tem para oferecer 5 exemplares de O Livro das Mães, de Isabelle Garnier e Hélène Renard.

Sinopse:
Quem foi a mãe de... Marilyn Monroe, Freud, Santa Teresa do Menino Jesus, Fellini, Victor Hugo, Estaline ou Joana d'Arc? Este «livro de curiosidades» responde levantando o véu de uma profusão de informações tão divertidas quanto singulares sobre personagens como Mozart, Nero, Chaplin, Balzac, Moisés, Ricardo Coração de Leão, Gauguin ou Saint-Exupéry.
Muitas vezes esquecidas pelos historiadores, outras vezes sobrecarregadas com responsabilidades desmesuradas pelos psicólogos e psiquiatras, estas mulheres deram à luz, alimentaram, instruíram, castigaram e educaram génios, tiranos, santos, criminosos, grandes artistas e soberanos. Ultrapassando um determinismo redutor, centrado nas influências comparadas da hereditariedade, do meio familiar, do contexto histórico ou social, este livro «pinta» em estilo leve uma galeria de retratos reproduzidos com muita verdade na História, tirados de biografias, empalidecidos como recordações ou coloridos como postais ilustrados.
Possessivas, ausentes, castradoras, imaginativas, adoráveis, autoritárias, idealistas, santas ou criminosas, estas mães parecem tão próximas de nós que à pergunta: «como é que elas fizeram?», impõe-se como única resposta: «que teríamos nós feito no lugar delas?».

As autoras:
Isabelle Garnier, jornalista e repórter do Madame Figaro, é responsável pela secção de música clássica no Figaroscope e também autora de Histoire de la musique sacrée. Hélène Renard é jornalista e escritora, animadora de rádio e televisão. Autora de diversas obras entre as quais se destacam L’Aprés-Vie, Le Rêve, Les Naïfs (premiado pela Academia Francesa) e Le Dictionnaire des Rêves.

Para te habilitares a ganhar um dos exemplares, basta responderes às seguintes perguntas:

1 – Qual é o título original da obra?
2 – A que colecção da Âncora Editora pertence este livro?
3 – Qual o título do outro livro desta colecção e o nome da autora?

E enviares os teus dados pessoais (incluíndo o nome, morada, e nick de seguidor do blogue), como o assunto "Âncora Editora" até ao dia 10 de Maio, para literatura@dmagia.net.


Regras do passatempo:
1) Ser seguidor do blogue.
2) Apenas participantes com moradas de Portugal.
3) Apenas uma participação por cada nome e email.
4) Participações sem menção ao nick de seguidor do blogue não serão validadas. Atenção: o que é pedido é o nick de seguidor do blogue e não do facebook.

Passatempo Dia da Mãe - Presença

A D'Magia, em parceria com a Editorial Presença, decidiu celebrar em conjunto o dia da Mãe e tem para oferecer 2 exemplares do livro "Mamã Maravilha".

Sinopse:
Na mesma colecção dos livros infantis Beijinhos, Beijinhos e Gosto de Ti, que têm registado um bom acolhimento junto das crianças e dos pais, Mamã Maravilha vem apresentar aos leitores de palmo e meio como podem ser descritas as mães, de acordo com o seu estado de espírito.
Neste livro encantador os estados de espírito e os sentimentos de uma mãe são vistos através dos olhos do seu filho. Uma homenagem a todas as mães, acompanhada de ilustrações enternecedoras que cativarão os mais jovens.

«Em certos dias, ela é como o Sol:
brilha, cintila. Usa um lindo vestido
e põe brincos nas orelhas.
Mamã Maravilha»

Sobre a Autora:
Orianne Lallemand, francesa, nasceu em 1972. Lallemand reside com o marido e os quatro filhos perto de Dinard, na Bretanha. O seu amor pelas palavras divide-se entre a escrita e animação de ateliers em bibliotecas.


Para te habilitares a ganhar um dos exemplares, basta responderes às seguintes perguntas:

1 - Este livro é da mesma colecção de que outros livros?
2 - O que vem este livro apresentar?
3 - Quando nasceu a autora?
4 - Onde reside a autora?

E enviares os teus dados pessoais (incluíndo o nome, morada, e nick de seguidor do blogue), como o assunto "Presença" até ao dia 10 de Maio, para literatura@dmagia.net.


Regras do passatempo:
1) Ser seguidor do blogue.
2) Apenas participantes com moradas de Portugal.
3) Apenas uma participação por cada nome e email.
4) Participações sem menção ao nick de seguidor do blogue não serão validadas. Atenção: o que é pedido é o nick de seguidor do blogue e não do facebook.

Jamie Woon - Álbum de estreia em exclusivo no Music Box

Esta é uma oportunidade única para conhecer o álbum de Jamie Woon em primeira mão, precisamente uma semana antes do lançamento oficial para o mercado físico e digital marcado para o dia 9 de Maio.

JAMIE WOON, de 27 anos de idade, é um dos nomes mais SONANTES nesta altura no REINO UNIDO. Uma entrada directa para o #5 LUGAR NO TOP de vendas britânico e alguns #1 nos TOPS DIGITAIS europeus fizeram virar para ele os olhos de alguns dos mais influentes críticos da actualidade. A PITCHFORK deu um honroso 8/10 ao seu álbum de estreia, ‘MIRRORWRITING’, nas lojas em Portugal dia 9 de Maio. Já a partir do dia 2 de Maio, podem encontrá-lo aqui, em exclusivo no MUSIC BOX.

Foi ao vivo que, Jamie Woon, construiu a sua reputação. Já deu centenas e centenas de concertos, sozinho com o microfone, à guitarra, com uma caixa de efeitos e a sua voz inconfundível até fazer a primeira parte de AMY WINEHOUSE. Tocou numa banda com o produtor e DJ de dubstep Reso na bateria, actuou em tendas nas primeiras edições de The Secret Garden, tocou em GLASTONBURY e no SONAR. Pode-se dizer que lhe está no sangue: a mãe é a lenda do folk escocês Mae McKenna, uma senhora que cantou em estúdio para estrelas como Björk, Michael Jackson e a maioria das “popettes” dos Anos 80 que passaram pelos estúdios londrinos de Stock, Aitken e Waterman.

Entre os seus maiores fãs conhecidos encontram-se nomes como Mary Anne Hobbs e GILLES PETERSON. Os BURIAL já fizeram uma remix com base na sua interpretação do clássico ‘Wayfaring Stranger’. Já trabalhou com G-Funk, Debruit, Om’Mas Keithand e com o produtor americano SA-RA.

‘MIRRORWRITING’ estará disponível para streaming dentro do MUSIC BOX da PT, um serviço de música digital que possibilita a escuta de milhões de músicas no computador, telemóvel e televisão, de forma legal e ainda oferece 10 músicas em mp3 por mês.

Passatempo - Palma Inácio e o Golpe dos Generais (1947) - Vencedores

A D'Magia agradece a todos os participantes, infelizmente só 3 poderiam ser premiados.

E os vencedores são:
Elizabete Fonseca
Iris Silva
Marta Alves

Os vencedores serão contactados por email.
Parabéns aos vencedores.

Passatempo - As Invasões Napoleónicas – Desde a Ida da Família Real para o Brasil às Linhas de Torres 1807-1811 - Vencedores

A D'Magia agradece a todos os participantes, infelizmente só 3 poderiam ser premiados.

E os vencedores são:
Vanessa Montês
Tiago Campelo
Rui Trigo

Os vencedores serão contactados por email.
Parabéns aos vencedores.

Novidades Bertrand - Hoje nas Livrarias

O Peso da Borboleta
de Erri de Luca
O grande nome da literatura italiana
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 80
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722522724
Coleção: Ficção Contemporânea

Sinopse:

A mãe tinha sido abatida pelo caçador. Nas suas narinas de cria entranhou-se o cheiro a homem e a pólvora. Órfão juntamente com a irmã, sem um grupo por perto, aprendeu sozinho. Cresceu acima do normal para os machos da sua espécie. A irmã foi apanhada pela águia num dia de inverno e de nuvens. Pressentiu-a suspensa sobre eles, isolados num pasto a sul, onde resistia alguma erva amarelecida. A irmã pressentia a águia mesmo sem a sua sombra na terra, de céu fechado.
Para um dos dois, não havia salvação. A irmã lançou-se a correr na direcção da águia, e foi apanhada. Uma vez sozinho, cresceu sem freios nem companhia. Quando se sentiu pronto, foi ao encontro do primeiro grupo, desafiou o macho dominante e venceu. Tornou-se rei num dia e em duelo.

Meia-Noite e Dois
de Stephen King
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 496
Editor: Bertrand Editor
ISBN: 9789722523011
Coleção: Grandes Romances

Sinopse:
Os dois primeiros contos do livro Meia-Noite e Quatro: no primeiro, os passageiros de um avião comercial acordam num mundo vazio, presos numa fenda no tempo; no segundo conto, uma personagem psicopata acusa o seu autor de plágio.

Cartas Astrológicas de Fernando Pessoa
Como a astrologia foi determinante na vida e na obra de um dos maiores poetas portugueses
de Jerónimo Pizarro, Paulo Cardoso
Edição/reimpressão: 2011
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722522618
Coleção: Ensaios e Documentos

Sinopse:

A partir da interpretação das cartas astrológicas de Fernando Pessoa sobre personalidades mundiais, Portugal e dos seus heterónimos, Fernando Pessoa - Cartas Astrológicas explica, de modo acessível e rigoroso, como a astrologia se insinua na obra de um dos maiores poetas portugueses.

Pedro Abrunhosa - Estreia novo vídeo dia 8 de Maio e regressa à estrada com os Comité Caviar

Pedro Abrunhosa gravou este mês o vídeo daquele que será o seu terceiro single de rádio: ‘Rei do Bairro Alto’. Um dia de gravações nas ruas do Bairro Alto deram a perfeita caricatura da vida no mais carismático bairro lisboeta e um vídeo brilhante que tem estreia marcada para dia 8, na RTP, no programa Só Visto. Quem perder o programa de tv, poderá a partir de dia 9 de Maio aceder ao SAPO.pt, onde o vídeo estará disponível em exclusivo até dia 11 de Maio.

Chegou ao fim uma das mais bem sucedidas Tours de Pedro Abrunhosa. No passado dia 25 de Abril, na Guarda, Abrunhosa despediu-se da Tour ‘Canções’ com a qual esgotou todas as salas em que actuou, obrigando em várias cidades à marcação de concertos extra. A tour ‘Canções’ terá o seu regresso marcado para o final deste ano e, enquanto isso, o músico e compositor prepara-se para regressar à estrada com a sua banda para espectáculos de grandes palcos já com muitas datas marcadas. (ver datas em baixo)

12 Mai - Braga, Queima
14 Mai - Bragança, Semana Académica de Bragança 2011
26 Mai - Dolce Vita Tejo
10 Jun - Feira Nacional da Agricultura, Santarém
11 Jun - Proença a Nova09 Jul - Amarante
25 Jun - Cinfães
28 Jul - Expofacic, Cantanhede
06 Ago - Festas da Praia, Praia da Vitória, Ilha Terceira
12 Ago - Feira do Marisco, Olhão
13 Ago - Ponte de Lima20 Ago - Fatacil, Lagoa

Obra Poética, de Maria Natália Duarte Silva


As Edições Afrontamento têm o prazer de convidar V. Rxa. para a sessão de apresentação do livro de Maria Natália Duarte Silva

Obra Poética

A sessão terá lugar no dia 7 de Maio, sábado, pelas 14h30, no Jardim de Inverno do Teatro S. Luiz, em Lisboa.

A obra será apresentada por Maria Andresen e Frei Bento Domingues.

Maria Natália Duarte Silva Teotónio Pereira nasceu em 1930. Estudou e trabalhou em Lisboa, onde casou em 1951 com Nuno Teotónio Pereira. Participou activamente em várias iniciativas e acções contra a ditadura: manifestos de «católicos progressistas», cooperativa Pragma, Grupos GEDOC, Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos, entre outras. Publicou, em 1963, «Mão Aberta» (poesia) e, em 1964, «Em Verdade Vos Digo» (espiritualidade dirigida aos jovens). Lançou, ainda em 1963, a colecção juvenil literária «Nosso Mundo», em colaboração com Sophia de Mello Breyner Andresen e Madalena Ferin. Colaborou na realização da I e II «Semana do Livro Infantil e Juvenil», apoiadas pela Fundação Calouste Gulbenkian. Trabalhou numa biografia sobre Saint-Exupéry e preparou a publicação de «Nó ao Centro» (poesia). Teve três filhos: Luísa, Miguel e Helena. Morreu em Lisboa em 1971. Dois anos depois, as Edições Afrontamento publicaram «Cada pessoa traz em si uma vida: escritos e poemas de Maria Natália Duarte Silva Yeotónio Pereira e de alguns amigos sobre a sua vida e a sua morte».

Sextante Editora - Não Ficção - Jazzé e outras músicas

«Jazzé foi a alcunha que Calado pôs a Jozé nos tempos do Clube Universitário de Jazz pela forma como apreendia os sons e os nomes e as vidas do jazz e dos seus génios, pelo empenho que Jozé punha na divulgação desta arte de passar sons, pela maneira como escrevia, dançava, discutia, se empenhava política e culturalmente nessa luta.»

José Duarte nasceu em Lisboa em 1938. Foi fundador do Clube Universitário de Jazz de Lisboa, em 1958. Nesse mesmo ano iniciou a sua actividade na rádio com o programa Jazz Esse Desconhecido, na Rádio Universidade.
Esta actividade de divulgação e educação para o jazz tem prosseguido até hoje, com destaque para o lendário Cinco Minutos de Jazz, nascido na Rádio Renascença em 1966 (e até 1975), depois na Rádio Comercial (1984-1993) e agora na RTP Antena 1 (desde 1993). Os programas Pão com Manteiga, À Volta da Meia-Noite e Abandajazz (todos na Rádio Comercial), A Menina Dança? (desde 1989 mas na RTP Antena 1 desde 1993) e Jazz Com Brancas (na RTP Antena 2 desde 2006), acompanhados por programas televisivos na RTP2, Outras Músicas (1990-1993) e Jazz a Preto e Branco (2001), completam este seu lado da vida. Autor de múltiplas conferências e das biodiscografias dos músicos portugueses no New Grove Dictionary of Jazz (2.ª edição), membro de júris, coordenador em 2007-2008 da organização de uma orquestra de jazz com jovens músicos da UE ao abrigo das presidências europeias de 2007, editor do site www.jazzportugal.ua.pt (desde 1997) e professor auxiliar convidado da Universidade de Aveiro e do respectivo Centro de Estudos de Jazz desde 2002, José Duarte foi galardoado em 2004 com a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura, em 2005 com a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores e em 2008 com a Medalha Municipal de Mérito-Ouro da Câmara Municipal de Lisboa. No dia 10 de Junho de 2009, foi condecorado pela Presidência da República como Grande Oficial da Ordem de Mérito e, a 10 de Dezembro do mesmo ano, foi homenageado na Universidade do Algarve, em Faro.

Novidades Presença 2ª Quinzena de Abril

Título: É Um Livro
Colecção: Diversos
Nº na Colecção: 114
Data 1ª Edição: 19/04/2011
Nº de Edição: 1ª
ISBN: 978-972-23-4518-7
Nº de Páginas: 40
Dimensões: 210x261mm
Peso: 336g
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Sinopse: «Envia mensagens? Faz blogues? Sobe e desce o texto? Tem Wi-Fi? Tuíta? Não... é um livro.»

Uma história divertida e irónica, sobre os prós e os contras de dois tipos de tecnologias - quase duas formas diferentes de ver o mundo - contada através da interacção de duas personagens inesquecíveis. Recomendado para todas as idades.
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Título: O Castelo dos Pirenéus
Colecção: Grandes Narrativas
Nº na Colecção: 498
Data 1ª Edição: 19/04/2011
Nº de Edição: 1ª
ISBN: 978-972-23-4523-1
Nº de Páginas: 176
Dimensões: 150x230mm
Peso: 222g
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Sinopse: Depois de trinta anos sem se verem, Solrun e Steinn reencontram-se, inesperadamente, no mesmo hotel onde viveram um amor apaixonado. Mas esse mesmo hotel, que em tempos testemunhara a força do seu amor, esconde também o mistério que envolveu o seu fim. Regressados às suas vidas presentes, os dois iniciam uma intensa e secreta troca de emails que volta a incendiar a antiga paixão, fazendo-os questionar os seus casamentos. Um romance fascinante que nos leva a reflectir sobre a natureza da fé, do acaso, do universo e de tudo o que nele existe.
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Título: O Regresso dos Deuses - Rebelião
Colecção: Via Láctea
Nº na Colecção: 95
Data 1ª Edição: 19/04/2011
Nº de Edição: 1ª
ISBN: 978-972-23-4516-3
Nº de Páginas: 392
Dimensões: 150x230mm
Peso: 453g
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Sinopse: Após um longo sono de várias décadas, Calédra, a bela guerreira aurabrana, desperta subitamente para uma realidade que lhe é estranha, um tempo que não é o seu. Antiga rainha dos aurabranos, Calédra está destinada a protagonizar uma missão quase impossível - salvar o mundo e os humanos da crescente ameaça do domínio Holkan. Ao longo desta saga extraordinária, são muitos os aliados que Calédra vai encontrando, e muitas as vezes em que enfrenta inimigos terríveis e se vê às portas da morte. Mas o seu espírito inquebrantável promete dar luta aos seus inimigos e cativar-nos desde logo, levando-nos a ler com insaciável voracidade as páginas deste épico vibrante.
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Título: Justin Bieber
Colecção: Vidas d´Escritas
Nº na Colecção: 17
Data 1ª Edição: 19/04/2011
Nº de Edição: 1ª
ISBN: 978-972-23-4530-9
Nº de Páginas: 160
Dimensões: 140x210mm
Peso: 200g
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Sinopse: Tem 17 anos, já vendeu mais de 2 milhões de álbuns e é adorado por adolescentes de todo o mundo. Quando os seus primeiros vídeos aparecerem no YouTube, ninguém imaginava que Justin Bieber, então com apenas 13 anos, iria transformar-se num dos maiores fenómenos da cultura pop dos últimos tempos. Neste livro, Chas Newkey-Burden traça o percurso do jovem ídolo, revelando a sua história inspiradora às legiões de fãs que seguem com devoção todos os seus passos.
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Título: A Mala Assombrada
Colecção: Diversos
Nº na Colecção: 115
Data 1ª Edição: 19/04/2011
Nº de Edição: 1ª
ISBN: 978-972-23-4521-7
Nº de Páginas: 72
Dimensões: 247x230mm
Peso: 521g
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Sinopse: Dragões e ladrões, tempestades, aranhas e leões:
o meu irmão não tem medo de nada.
E ele só tem cinco anos.
(Eu tenho nove. E assusto-me com tudo.)
Levei a mala para a casa, mostrei-lha e disse-lhe:
«Há um fantasma dentro desta mala.»
«Há?», perguntou o meu irmão.
«Há», repeti eu. «O Fantasma do Casarão.»
Um conto cheio de magia para leitores infantis, que encanta da primeira à última página, contado com um humor cheio de subtileza.
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Título: Henriqueta a Grande Vedeta
Colecção: As Histórias de Henriqueta
Nº na Colecção: 2
Data 1ª Edição: 19/04/2011
Nº de Edição: 1ª
ISBN: 978-972-23-4485-2
Nº de Páginas: 104
Dimensões: 130x195mm
Peso: 112g
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Sinopse: «Olá! Sou eu, a Henriqueta. Já me deves conhecer do meu primeiro livro - Henriqueta - A Melhor do Planeta. E também já deves saber que tenho um irmão ainda bebé, o Alberto, que está sempre a babar-se, e uma grande amiga, a Olívia Inácio, que adora picles. Mas agora temos um grande problema. A Riqueta, uma criatura muito especial, que parece uma galinha, tem umas manchas avermelhadas e é muito marota, está triste porque está perdida e precisa de um sítio para morar. Temos arranjar rapidamente uma casa para a Riqueta! Queres vir ajudar-nos?»
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Título: Henriqueta a Carta Secreta
Colecção: As Histórias de Henriqueta
Nº na Colecção: 3
Data 1ª Edição: 19/04/2011
Nº de Edição: 1ª
ISBN: 978-972-23-4486-9
Nº de Páginas: 104
Dimensões: 130x195mm
Peso: 112g
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Sinopse: «Eu sou a Henriqueta, e estou a ouvir uns barulhos muito estranhos debaixo da minha cama. Será um crocodilo? Um rinoceronte? Um monstro perigoso? O que poderá ser? Espreito com muito cuidado e… Ah! é uma criaturinha minúscula, com asas e uma cara sorridente e cintilante. Uma pequena fada! Mas o que fará ela debaixo da minha cama? Queres vir comigo descobrir o plano da pequena fada Amélia? Esperam-nos grandes aventuras!»
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Título: O Claustro do Silêncio
Colecção: Grandes Narrativas
Nº na Colecção: 176
Data 1ª Edição: 12/07/2002
Nº de Edição: 3ª
ISBN: 978-972-23-2902-6
Nº de Páginas: 224
Dimensões: 150x230mm
Peso: 274g
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Sinopse: O Claustro do Silêncio, a estreia na ficção de Luis Rosa, foi uma obra galardoada por unanimidade com o Prémio Vergílio Ferreira e constituiu uma verdadeira revelação. Luis Rosa surge como um mestre na arte de recriar o tempo histórico no seu universo próprio, que apela a todos os nossos sentidos e a que as mentalidades da época conferem realidade. Do fragor das batalhas aos ecos dos claustros do icónico Mosteiro de Alcobaça, encontramo-nos no conturbado contexto do final das Invasões Francesas e da extinção do Império Cisterciense. Uma belíssima obra literária

Novidades Casa das Letras para Maio

Título: Nos Bastidores da Wikileaks
Autor: Daniel Domscheit-Berg
Colecção: Memórias
Data de Lançamento: 9 de Maio

Sinopse:

"Daniel Domscheit-Berg foi porta-voz da WikiLeaks e, com Julian Assange, a única cara conhecida da plataforma de investigação. Num relato feito a partir do interior, dá-nos uma visão profunda da organização secreta que abalou inúmeras instituições em todo o mundo. Domscheit-Berg conta a história da WikiLeaks como nunca ninguém a ouviu. O autor estará em Lisboa, dia 6 e 7 de Junho, para promover este livro, que já foi publicado em 18 países."



Título: A História pelo Buraco da Fechadura
Autor: José Jorge Letria
Colecção: História
Data de Lançamento: 9 de Maio

Sinopse
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"Este é um livro escrito para quem gosta das muitas histórias de que a grande História se alimenta. É sabido que a História sempre foi escrita pelos vencedores e não pelos vencidos. Mas o mesmo não acontece com as pequenas histórias, tantas vezes integradas no imaginário colectivo sob a forma de anedota ou de dito de espírito. José Jorge Letria reuniu neste livro centenas dessas pequenas histórias que vão permitir ao leitor olhar a grande História pelo buraco da fechadura."

Título: A Vida Imortal de Henrietta Lacks
Autor: Rebecca Skloot
Colecção: Memórias
Data de Lançamento: 16 de Maio

Sinopse
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"O seu nome era Henrietta Lacks, mas os cientistas conhecem-na como HeLa. Era uma pobre assalariada numa plantação de tabaco, trabalhando a mesma terra que os seus antepassados escravos. Mas as suas células – retiradas sem o seu conhecimento – tornaram-se numa das ferramentas mais importantes na Medicina: as primeiras células humanas «imortais» da ciência. Ainda estão vivas hoje, embora Henrietta tenha morrido há mais de sessenta anos. Como Rebecca Skloot tão brilhantemente mostra, a história da família Lacks está indissoluvelmente ligada à história da ciência, ao nascimento da bioética e às infindáveis batalhas jurídicas sobre se podemos controlar a matéria de que somos feitos."

Título: 4 Horas por Semana - O Corpo
Autor: Timothy Ferriss
Colecção: Livro Prático
Data de Lançamento: 29 de Maio

Sinopse
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"Será possível atingir o potencial genético em 6 meses? E dormir 2 horas por dia e ter um melhor desempenho? E perder mais gordura do que um maratonista e enfardar comida? Sim, e muito mais! O autor Timothy Ferriss partilha as experiências incríveis que fez ao longo de 10 anos para vencer a genética e alcançar o impossível… para ele e para mais de 200 homens e mulheres entre os 18 e os 70 anos."

Título: Almanaque da Curiosidade
Autor: Ranga Yogeshwar
Colecção: Ciência Popular
Data de Lançamento: 23 de Maio

Sinopse
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"Este livro não ambiciona mais do que ser um pequeno guia pelo nosso mundo excitante e surpreendente. Se, aqui ou acolá, o livro lhe abrir o apetite para ir à descoberta de uma determinada curiosidade, então faça um desvio e siga o seu próprio caminho! Porque é que no Totoloto nunca se deve apostar na sequência 1, 2, 3, 4, 5, 6? Porque é que as orelhas dos elefantes são tão grandes? Porque é que as estrelas brilham? Porque nos sentimos indispostos quando lemos em viagem? Porque é que as mulheres têm sempre os pés frios?"


Estará, também, à venda: Ingrediente Secreto, de Henrique Sá Pessoa, a 29 de Maio.

Novidades Editora Educação Nacional para Maio

Colecção: "Pequenos Cientistas"
Cada: 32 pág. + desdobráveis
Dimensão: 20x22cm
capa dura
PVP: 14,90€
Vários autores e ilustradores

A colecção “Pequenos Cientistas” afirma-se como um recurso didáctico que vai ao encontro da generalização do ensino experimental das ciências no Ensino Básico; ou seja, valoriza a importância de iniciar, nos primeiros anos de escolaridade, a aprendizagem das ciências de base experimental.

Ao propor actividades que enriquecem as vivências das crianças através de práticas de manipulação e experimentação das ciências, estes livros estimulam a curiosidade e tornam as aprendizagens mais significativas, constituindo, assim, um recurso eficaz para a promoção da literacia científica.

Experiências simples e divertidas para estimular as crianças a darem os primeiros passos no mundo da ciência!

Opinião - O Monte dos Vendavais

Título: O Monte dos Vendavais
Autor: Emily Brontë
Editora: Europa-América

Sinopse:
O Monte dos Vendavais é uma das grandes obras-primas da literatura inglesa. Único romance escrito por Emily Brontë, é a narrativa poderosa e tragicamente bela da paixão de Heathcliff e Catherine Earnshaw, de um amor tempestuoso e quase demoníaco que acabará por afectar as vidas de todos aqueles que os rodeiam como uma maldição. Adoptado em criança pelo patriarca da família Earnshaw, o senhor do Monte dos Vendavais, Heathcliff é ostracizado por Hindley, o filho legítimo, e levado a acreditar que Catherine, a irmã dele, não corresponde à intensidade dos seus sentimentos. Abandona assim o Monte dos Vendavais para regressar anos mais tarde disposto a levar a cabo a mais tenebrosa vingança. Magistral na construção da trama narrativa, na singularidade e força das personagens, na grandeza poética da sua visão, nodoso e agreste como a raiz da urze que cobre as charnecas de Yorkshire, O Monte dos Vendavais reveste-se da intemporalidade inerente à grande literatura.

Opinião por Joana Pereira:
No início do livro, um homem, Mr Lockwood, no ano de 1801, aluga uma rica casa desabitada, excepto por uma governanta, que servia os seus antigos moradores, num local isolado do campo inglês. O seu senhorio, Mr Heathcliff, possuiu uma outra casa, afastada alguns quilómetros, um pouco mais modesta, num lugar designado Monte dos Vendavais, devido às tempestades e ventos fortes que, no Inverno, continuamente o assolam.

Os habitantes do Monte dos Vendavais formam uma família de tal modo bizarra, em que todos parecem odiar-se mutuamente, que Mr Lockwood decide interrogar a sua governanta, Mrs Dean, a propósito da sua história. E a narrativa desta é algo de fantástico.

Mrs Dean começa a contar que, há muitos anos, o patriarca da família do Monte dos Vendavais, Mr Earnshaw, regressou de uma viagem a Liverpool com um pequeno rapaz que lá encontrou perdido e resolveu adoptar, a que chamaram Heathcliff. Este embora idealizado e amado pelo pai e pela irmã, Catherine, é desprezado pelos restantes elementos da casa, em especial por Hindley, o filho legítimo, que constantemente o humilha e lhe promete expulsá-lo da casa assim que o pai morra. Quando isto acontece, Hindley assume o controlo da casa e procura afastar Catherine dele, relegando-o para o lugar de simples empregado agrícola. A sua relação, apesar de intensa, começa a deteriorar-se cada vez mais, até ao dia em que este desaparece. Um dia cada, Heathcliff regressa e as suas intenções, apesar de primeiro parecem muito pouco claras ou até ingénuas, depressa se revelam as piores.

Este foi um livro que me conquistou. Concordo totalmente com a designação de obra-prima. O cenário é maravilhoso. A forma como a história é contada, por quem de perto a viveu e nela interferiu, os seus comentários sobre as personagens, é maravilhosa. O enredo em si é apaixonante. Começou com uma paixão que acabou por interferir na vida de duas famílias, transformando a vida de todos os seus elementos. Trata-se de uma história não só de amor, mas também de muito ódio, sendo que estes dois sentimentos caminham lado a lado ao longo do livro. As personagens são tão complexas quanto apaixonantes e capazes de coisas incríveis, não parando de nos surpreender. Assim como a trama em geral, o final também é inesperado.

Opinião - A Aia da Rainha

Título: A Aia da Rainha
Autor: Barbara Kyle
Editora: Planeta

Sinopse:
Na melhor tradição de Philippa Gregory, chega-nos agora um apaixonante romance histórico situado no tempo de Henrique VIII. Londres, 1527. Casar ou servir: Para Honor Larke, a escolha é clara: Pouco disposta a morrer de tédio como esposa obediente, ela deixa a casa do seu tutor, o brilhante sir Thomas More, e torna-se aia da rainha Catarina de Aragão. Um cargo onde aprenderá muita coisa, dado que terá de conviver com o orgulho, a paixão, a ganância, e ainda a consciência de um rei, que anseia desesperadamente pelo divórcio, a fim de poder casar-se com a ousada Ana Bolena. Honor aia e fiel amiga de Catarina de Aragão não pode compactuar com o ultraje que é feito à rainha e voluntaria-se para ser portadora de cartas desta para os seus aliados. No meio desta intriga palaciana Honor fica subitamente na posse de um segredo que pode destruir um reino e a sua futura rainha…

Opinião por Joana Pereira:
A sinopse e as primeiras páginas deram-me uma ideia completamente errada do enredo do livro. Pensei que se desenrolaria, essencialmente, em volta da “grande questão” de Henrique VIII: a Rainha Catarina de Aragão, nesta versão, auxiliada pela sua aia, Honor, a tentar impedir o Rei de anular o casamento de ambos; a procurar provas e documentos que sustentassem a sua causa enquanto os homens do rei a isolavam dos seus aliados e rebatiam os seus argumentos, desesperados com a demora do processo, que se arrastava e impedia Henrique de se casar com Ana Bolena.

No entanto, isto é apenas uma pequeníssima parte do enredo. Subitamente, a história teve uma extraordinária mudança de rumo e os caminhos de Honor afastaram-se das intrigas palacianas. Esta, com a ajuda de Thornleigh, dedicou-se a ajudar hereges a sair do país, que a Igreja perseguia e matava, colocando a sua vida e a sua posição em risco.
Os movimentos e ideias protestantes têm um grande destaque ao longo do livro, o que, na minha opinião, é uma grande mais-valia para a narrativa. Apesar de algumas situações serem um pouco previsíveis, de uma maneira geral, a autora consegue manter a emoção até ao fim. Em suma, trata-se de uma mistura de amor, acção, aventura e perseguições religiosas, bastante bem conseguida.

Opinião - Caim

Título: Caim
Autor: José Saramago
Editora: Caminho

Sinopse:
Quem diabo é este Deus que, para enaltecer Abel, despreza Caim?
Se em O Evangelho Segundo Cristo José Saramago nos deu a sua visão do Novo Testamento, em Caim regressa aos primeiros livros da Bíblia. Num itinerário heterodoxo, percorre cidades decadentes e estábulos, palácios de tiranos e campos de batalha pela mão dos principais protagonistas do Antigo Testamento, imprimindo ao texto o humor refinado que caracteriza a sua obra.
Caim revela o que há de moderno e surpreendente na prosa de Saramago: a capacidade de fazer nova uma história que se conhece do princípio ao fim. Um relato irónico e mordaz no qual o leitor assiste a uma guerra secular, e de certa forma, involuntária, entre o criador e a sua criatura.

Opinião por Joana Pereira:
Em mais um brilhante texto, Saramago conta-nos a história da vida de Caim, personagem bíblica amplamente conhecida por ter matado o seu irmão, Abel. Apesar de ser já uma história conhecida, senão por todos, pelo menos por alguns, Saramago consegue recontá-la, inventando diálogos, penetrando nos pensamentos das personagens e ironizando as situações mais dramáticas, daquela forma fantástica que lhe é peculiar e que torna a sua escrita ímpar.
O autor começa por nos apresentar os seus pais, Adão e Eva, e a sua vida no Jardim do Éden, onde estes desfrutam de uma vida simples e fácil, com abundância de água e de alimentos, apesar de não existirem grandes trabalhos a realizar nem grandes distracções, a não ser as esporádicas visitas do Senhor, que aparece normalmente vestido como um rei e ora fazendo-se anunciar com um grande estrondo de trovões ora aparecendo de mansinho.

Uma das poucas ordens que este lhes deu foi que não comessem os frutos da árvore do conhecimento, para que não soubessem o que era o bem e o mal. Contudo, Eva, por sugestão de uma serpente, acaba por colher um dos frutos e prová-lo, convencendo Adão a fazer o mesmo. Quando o Senhor descobriu ficou furioso e expulsou ambos do Jardim, ameaçando-os de que iriam certamente morrer á fome, à sede e ao frio, pois lá fora toda a terra era árida e a água e os abrigos escasseavam.

Uma vez no exterior, Eva e Adão confirmaram que as palavras do Senhor eram verdadeiras, pois embora tivessem encontrado uma caverna onde se abrigaram e um riacho quase seco, não vislumbraram uma única árvore de frutos, nem sequer um animal que pudessem matar e comer ou um terreno que pudessem tentar cultivar. Quando já estavam quase conformados de que iam morrer Eva tem a ideia de voltar ao Jardim e pedir ao querubim que o Senhor tinha colocado na entrada com ordem para os matar se eles tentassem entrar lá outra vez que os ajudasse, permitindo-lhes regressar ou dando-lhes alguns alimentos. Face á recusa pronta de Adão, Eva acabou por ir sozinha e, com muita insistência, conseguiu que o querubim lhes desse alguns alimentos. Compadecendo-se deles ou por outro motivo, mandou que, á noite, acendessem uma fogueira, que seria vista por caravanas que costumavam passar por ali e, certamente, iriam ajudá-los, dando-lhes trabalho e abrigo.

Graças a este querubim, que, como o escritor afirma, foi mais cristão que o seu Deus, puderam recomeçar a sua vida, estabelecendo-se numa aldeia e trabalhando como agricultores. Tiveram três filhos, entre eles Abel e Caim.

Apesar de os irmãos a princípio serem amigos inseparáveis, ao longo da sua juventude, a sua relação deteriorou-se. Quando queimavam animais para os oferecer ao Senhor, o fumo da fogueira de Abel subia direitinho em direcção ao Céu, prova de que Deus aceitava o seu sacrifício, enquanto o fumo da fogueira de Caim se dispersava a poucos metros do solo. Ao invés de consolar o irmão, Abel troçava dele, humilhando-o vezes sem conta, o que levou a que um dia Caim o atraísse para fora da aldeia e aí o matasse. Acto contínuo, o Senhor apareceu e censurou Caim, ameaçando-o de o condenar à morte. Caim acusou o Senhor de também ser culpado da morte de Abel, provocando a sua ira ao não aceitar as suas oferendas e tendo aparecido apenas depois de Abel estar morte, podendo impedir que este morresse se tivesse aparecido um pouco antes. Então, o Senhor condenou Caim a vaguear pelo mundo durante toda a sua vida, mandando-o abandonar a aldeia imediatamente.

Nesta permanente viagem, Caim atravessa não só locais, mas também vários tempos diferentes, peregrinando, de uma forma que escapa à nossa compreensão e à de ele próprio, através do passado e do futuro, ou, já que isto é tecnicamente impossível, através de vários presentes, passados em alturas diferentes. Vive um romance tórrido, quase chega a ser rei de uma pequena mas rica cidade e, sobretudo, espanta-se com as atitudes do senhor Deus, que muitos veneram, mas que Caim sabe ser capaz de uma crueldade quase gratuita, como ter ordenado a um pai que matasse o seu filho ou ter dizimado populações inteiras.

Esta foi uma obra que eu gostei de ler por vários motivos. Antes de mais, permitiu-me conhecer alguns aspectos do Velho Testamento que eu ouvia falar mas que desconhecia quase por completo. Além disso, é sempre um prazer ler Saramago e este livro não foge á regra. A sua linguagem irónica e divertida fez com que o lesse quase todo com um sorriso nos lábios. Por outro lado, a história, propriamente dita, de Caim é muito interessante e tem um final surpreendente, que eu adorei.

Numa perspectiva mais alargada, penso que este livro poderá ser uma alegoria do combate entre os fanáticos religiosos e os que contra as suas injustiças lutam, em que sempre há vítimas de ambas as partes e em que todos acabam por cometer erros que comprometem a vida de inocentes.

Opinião - Levantado do Chão

Título: Levantado do Chão
Autor: José Saramago
Editora: Caminho

Sinopse:
"«A transformação social. A contestação. Personagens em diálogos. As cruentas desigualdades sociais. Surgem as perguntas proibidas. Vai-se adquirindo consciência e espaço, para que tudo se levante do chão. Um livro composto por 34 capítulos. No 17.º está a tortura e a morte de Germano Santos Vidigal. Germano, o nome que significa irmão, o homem da lança. Apesar de vencido, o sacrifício da sua vida indica o caminho. ""Já o encontraram. Levam-no dois guardas, para onde quer que nos voltemos não se vê outra coisa, levam-no da praça, à saída da porta do sector seis juntam-se mais dois, e agora parece mesmo de propósito, é tudo a subir, como se estivéssemos a ver uma fita sobre a vida de Cristo, lá em cima é o calvário, estes são os centuriões de bota rija e guerreiro suor, levam as lanças engatilhadas, está um calor de sufocar, alto. ""As mulheres são também chamadas à primeira linha das decisões neste belo romance de Saramago. O diálogo monossilábico entre marido e mulher da família Mau-Tempo vai-se alterando. Interessante observar uma narrativa que vai da submissão ao sentido de libertação, através de gerações.» (Diário de Notícias, 9 de Outubro de 1998)".

Opinião por Joana Pereira:
Como meio de espelhar a realidade do Alentejo no tempo narrado, o autor conta-nos a história da família Mau Tempo ao longo de três gerações, desde o avô Mau Tempo, mau marido e mau trabalhador até ao neto, passando pelo filho, João Mau Tempo, que tem mais destaque ao longo do texto devido ás suas actividades políticas, estes últimos mais dedicados ao trabalho, mas nem por isso conseguindo escapar à miséria que atravessa a classe camponesa alentejana.

Ao longo da leitura, o autor vai-nos expondo a miséria reinante nos latifúndios da região, derivada dos baixos salários e do desemprego, que contrastam com a abundância em que vivem os latifundiários e os membros do clero.

Estes extremos são-nos apresentados ao mais alto nível de Saramago, com um estilo brilhantemente irónico e mordaz, recorrendo a personagens tipo para caracterizar a insensibilidade e desumanidade da classe privilegiada, apoiada pela guarda nacional. Esta cooperação entre as partes, no sentido de acumular privilégios e dominar o povo remete-nos para a trilogia Estado, Igreja e Latifúndio, apelidada de Santíssima Trindade Terrena.

Na minha opinião, é um livro genial, que vale a pena ler e reler pela eximidade da escrita de Saramago, a interacção entre o narrador e o leitor, a crítica social fulminante, revestidas da mais sublime ironia, cujo enredo nos prende e recheado de surpresas de linguagem. Em poucas palavras, este livro deixou-me com dois pensamentos: “como é que Saramago consegue fazer isto com as palavras?” e “como é que é possível haver situações tão injustas?”.

Numa perspectiva mais alargada, a obra levanta questões que ultrapassam os limites do Alentejo. Percebemos claramente que uma situação tão sustentada pelas instituições nacionais tem que se verificar também nas outras regiões do país e interrogamo-nos durante quanto tempo terá ocorrido, sendo certo que, de uma forma mais leve e menos evidente, se verifica ainda nos nossos dias.

Opinião - A Herança Bolena

Título: A Herança Bolena
Autor: Philippa Gregory
Editora: Civilização

Sinopse:
Uma maravilhosa evocação da corte de Henrique VIII e da mulher que destruiu duas das suas rainhas. Estamos no ano de 1539 e a corte de Henrique VIII teme cada vez mais as mudanças de humor do rei envelhecido e doente.
Com apenas um bebé de berço como herdeiro, Henrique tem de encontrar outra esposa e o perigoso prémio da coroa da Inglaterra é ganho por Ana de Clèves. Ela tem as suas razões para aceitar casar-se com um homem com idade para ser seu pai, num país onde tanto a língua como os costumes lhe são estranhos. Apesar de deslumbrada por tudo o que a rodeia, sente que uma armadilha está a ser montada à sua volta. Catarina tem a certeza de que conseguirá seguir os passos da sua prima Ana Bolena até ao trono mas a sua cunhada Jane Bolena, assombrada pelo passado, sabe que o caminho de Ana levou ao Relvado da Torres e a uma morte como adúltera.

Opinião por Joana Pereira:
A acção decorre na Inglaterra do século XVI, na corte do Rei Henrique VIII, tal como as duas obras anteriores da Saga Tudors (Catarina de Aragão – a Princesa Determinada e Duas Irmãs, Um Rei). Após a morte da sua terceira esposa, o rei decide casar-se com Ana, duquesa de Clèves. Nesta altura do seu reinado, Henrique detém o poder absoluto sobre tudo e todos em Inglaterra, tendo já condenado centenas de pessoas à morte, entre as quais a sua segunda mulher – Ana Bolena, e levado a cabo uma reforma religiosa que lhe permitiu romper com a Igreja de Roma, tornar-se chefe da Igreja Inglesa e detentor de toda a riqueza da mesma, tendo nomeadamente transformado dezenas de abadias e mosteiros em residências da Coroa. Não obstante, apenas tem um herdeiro do sexo masculino e tenta desesperadamente conceber mais um, receando pela continuação da sua dinastia. Vive rodeado por uma corte de nobres e servos, que permanentemente o adulam na esperança de arrecadar riqueza para si próprios e em que os homens mais poderosos do reino constantemente conspiram.
A história é-nos narrada a três vozes, por Ana de Clèves, Jane Bolena e Catarina Howard. Ana queria desesperadamente ser escolhida para noiva de Henrique, não se importando de casar com homem com idade para ser seu pai, não por ser o rei de Inglaterra mas por materializar a sua hipótese de sair da sua casa. Embora tenha detestado o rei assim que o viu (velho, gordo, doente) entusiasmou-se com as multidões de populares e nobres que vieram ao seu encontro para a saudar, com a riqueza do país. Revelou-se uma mulher bastante inteligente e pouco manipulável, ao contrário do que a sua timidez e o seu aspecto saloio (que chocava com as roupas extravagantes das suas damas) previam, aprendendo rapidamente a falar inglês e apercebendo-se do poder absoluto do rei sobre as suas rainhas – ainda nenhuma tinha saído com vida de um casamento com Henrique. Esta terrível constatação levou-a a colocar de lado o seu propósito de influenciar a Reforma da Igreja e concentrar-se apenas em não desagradar ao Rei. É uma personagem muito interessante, pois é bastante mais humana do que outras de livros da série anterior. Por exemplo, não possui a determinação inquebrantável de Catarina de Aragão, que daria a vida pelo trono de Inglaterra, nem a “indignidade” de Ana Bolena.
Jane Bolena é a cunhada de Ana Bolena e esposa do seu irmão Jorge. No livro anterior testemunhou contra Ana e Jorge, acusando-os falsamente de traição ao rei, o que lhe permitiu salvar a sua vida e a herança da família, que curiosamente acabou por ficar integralmente com a irmã de Ana. Após um período de afastamento foi colocada na corte pelo seu tio, o Duque de Norfolk, para servir a rainha e, claro, descobrir e transmitir ao duque todas as informações sobre a mesma. É interessante o facto de no livro anterior termos conhecido Jane apenas pela perspectiva de Jorge, Ana e Maria Bolena, que a desprezavam, e agora conhecermos as suas próprias impressões sobre si própria, a sua relação com os Bolena e os motivos que a levaram a traí-los. Claro que a mensagem é totalmente diferente e chegamos a ter dúvidas sobre quem estaria “mais correcto”.
Catarina Howard é mais uma das sobrinhas do duque de Norfolk que parecem nunca se esgotar e que ele introduz na corte para tentarem atraírem o rei e, assim, a riqueza. È, sem dúvida, a narradora mais irritante. Tem apenas quinze anos e é completamente idiota. É mesmo aquela mulher que só pensa em vestidos, completamente ignorante e sem nenhuma de vontade de aprender alguma coisa relevante. Para ela a corte é só festa e nem lhe passa pela linda cabecinha que existem conspirações perigosas e que nem todos os que parecem apoiá-la se podem tornar inimigos de um dia para o outro. O exemplo da tia Ana Bolena impressiona-a mas não lhe provoca o “clique” que deveria. Contudo, ao longo do livro fui-me afeiçoando a ela.
A minha primeira impressão (depois de ler quase metade) foi que o livro, apesar de os capítulos curtos e o avançar acelerado da acção me levarem a uma leitura compulsiva, não acrescentava muito aos anteriores: continuava interessante mas parecia que só mudava o nome da rainha, todas as conspirações e a vontade do rei em livrar-se de mais uma mulher eram mais do mesmo. Contudo, há medida que fui avançando o meu interesse aumentou e a história tornou-se terrivelmente interessante.
Apesar de ter adorado o livro fiquei com a sensação que se baseava na repetição de uma fórmula (ou que algo que eu li antes era repetição da fórmula deste, já que a ordem cronológica não corresponde à ordem por que a autora os escreveu). O final do livro leva-me a pensar que o seguinte da saga já vai ser mais radicalmente diferente, o que só me dá vontade de o ler o mais rapidamente possível.
Philippa Gregory é uma grande escritora de ficção histórica. Introduz nos seus livros importantes acontecimentos históricos sem os tornar maçudos. Estes acontecimentos estão de tal forma interligados com a vida das personagens que os lemos mais como fazendo parte da acção e não como uma adição de informação que torne o livro mais intelectual, ao contrário de outros em que a acção pára para dar lugar á informação histórica. Outra coisa interessantíssima nos seus livros é o modo como são narrados e as pessoas que põe a “falar-nos”.
Escusado será dizer que vou ler os restantes livros da série, e muito brevemente.

28 de abril de 2011

Opinião - A Rainha Branca

Título: A Rainha Branca
Autor: Philippa Gregory
Editora: Civilização

Sinopse:
A história do primeiro volume de uma nova trilogia notável desenrola-se em plena Guerra das Rosas, agitada por tumultos e intrigas. A Rainha Branca é a história de uma plebeia que ascende à realeza servindo-se da sua beleza, uma mulher que revela estar à altura das exigências da sua posição social e que luta tenazmente pelo sucesso da sua família, uma mulher cujos dois filhos estarão no centro de um mistério que há séculos intriga os historiadores: o desaparecimento dos dois príncipes, filhos de Eduardo IV, na Torre.

Opinião por Joana Pereira:
Neste livro, Philippa Gregory conta-nos a vida de Isabel Woodville, a primeira rainha da casa real de Iorque e uma das mais belas e polémicas rainhas da Inglaterra. Esta era uma plebeia, viúva e com dois filhos, que casou com o rei da Inglaterra, inesperadamente, após lhe pedir auxílio numa questão de disputa de propriedades. Apesar de se ter apaixonado perdidamente pelo rei (nada indica que tenha sido apenas interesse) a sua própria filha diz que a mãe “nunca se apaixonaria por alguém que não fosse rico ou importante”. De facto, ao longo de todo o livro está bem patente a enorme ambição de Isabel, mas também o seu amor pelo marido e pela família. Gostei sobretudo da relação que Isabel mantém com a sua mãe e com os seus filhos, amando-os verdadeiramente e não os considerando apenas como herdeiros e meios para atingir a grandeza.

Gostei bastante da presença da magia, dos feitiços e das pragas que Isabel lançava contra os seus inimigos, e da lenda de Melusina, a deusa da água, de que a sua família acreditava que descendia.
As conspirações e batalhas estão descritas de uma forma que as torna empolgantes e o facto de os seus resultados alterarem completamente a vida das personagens levou a que ainda as seguisse com mais interesse.
O final é totalmente aberto, o que aguça a vontade de ler o segundo volume da trilogia – A Rainha Vermelha.
Por fim, a autora incluiu no livro uma nota histórica muito útil, onde nos diz claramente o que é verdade e o que foi ficcionado.

Em suma, adorei este livro, tal como todos os outros que já li de Philippa Gregory.

Feira do Livro de Lisboa - Sessões de Autógrafos da Ésquilo - Stand B50

Sessões de Autógrafos

30 de Abril | Sábado

Deana Barroqueiro – Autora da obra «O Espião de D. João II» e «Romance da Bíblia» entre outros.
Maria Lucília Meleiro – Autora da obra «Iraque – O Pranto de Ishtar»

1 de Maio | Domingo

Paulo Loução – Autor da tetralogia «Portugal Esotérico» e «Grandes Enigmas da História de Portugal» entre outros.
Joaquim Nunes – Autor da obra «O Mestre Templário na Fundação de Portugal»

7 de Maio | Sábado

Deana Barroqueiro – Autora da obra «O Espião de D. João II» e «Romance da Bíblia» entre outros.
Paulo Loução – Autor da tetralogia «Portugal Esotérico» e «Grandes Enigmas da História de Portugal» entre outros.
José Carlos Fernández – Autor da obra «Florbela Espanca - Poetisa del Amor»

8 de Maio | Domingo

António de Macedo – Autor da obra «Cristianismo iniciático» entre outros.
Nuno Villamariz – Autor da obra «Castelos Templários em Portugal»
Fina D'Armada - Autora da obra «As Mulheres na Implantação da República» e «O Segredo da Rainha Velha» entre outros.

14 de Maio | Sábado

António Balcão Vicente – Autor da obra «O Templário d’El Rei»
Isabel Wolmar – Figura principal da obra «A Vida com um Sorriso»

15 de Maio | Domingo

Deana Barroqueiro – Autora da obra «O Espião de D. João II» e «Romance da Bíblia» entre outros.
António Cândido Franco – Autor da obra «Os pecados da Rainha Santa Isabel» entre outros.

Opinião - A rainha vermelha

Título: A rainha vermelha
Autor: Philippa Gregory
Editora: Civilização

Sinopse:
Herdeira da rosa vermelha de Lancaster, Margarida vê as suas ambições frustradas quando descobre que a mãe a quer enviar para um casamento sem amor no País de Gales. Casada com um homem que tem o dobro da sua idade, depressa enviúva, sendo mãe aos catorze anos. Margarida está determinada em fazer com que o seu filho suba ao trono da Inglaterra, sem olhar aos problemas que isso lhe possa trazer, a si, à Inglaterra e ao jovem rapaz. Ignorando herdeiros rivais e o poder desmedido da dinastia de York, dá ao filho o nome Henrique, como o rei, envia-o para o exílio, e propõe o seu casamento com a filha da sua inimiga, Isabel de York.
Acompanhando as alterações das correntes políticas, Margarida traça o seu próprio caminho com outro casamento sem amor, com alianças traiçoeiras e planos secretos. Viúva pela segunda vez, Margarida casa com o impiedoso e desleal Lorde Stanley. Acreditando que ele a vai apoiar, torna-se o cérebro de uma das maiores revoltas da época, sabendo sempre que o filho, já crescido, recrutou um exército e espera agora pela oportunidade de conquistar o prémio maior

Opinião por Sandra Nunes:
A Rainha Vermelha é o segundo livro desta série, e conta-nos a história de Margarida Beaufort, herdeira da rosa vermelha, da casa de Lancastre. A história acompanha a vida de Margarida desde criança, passando por três casamentos sem amor e pela luta incasável que trava com toda a Inglaterra essencialmente, para concretizar o que acredita ser a vontade de Deus, colocar o seu único filho e herdeiro no trono de Inglaterra. Durante toda a história somos mergulhados num mar de intrigas, conflitos e traições. Onde as alianças são forjadas com secretismos e são quebradas com grande facilidade, desde que seja para concretizar os desejos obscuros de cada personagem. A ambição de Margarida não tem limites e é mascarada pela sua profunda convicção que é especial, escolhida por Deus para cumprir a sua vontade na terra. Nada do que faz é pecado ou errado, é um mero veículo nos desígnios de Deus. Todos os outros é que são pecadores, cegos, ambiciosos e vão perecer sobre a raiva de Deus. A perspectiva de Margarida sobre os acontecimentos está de tal forma desenvolvida, que a dos outros personagens acaba por ser abafada e secundária. Passei o livro todo, numa espécie de ambivalência perante a personagem de Margarida, entre pena e raiva, de certeza que não deixará ninguém indiferente. Um dos pontos a favor deste livro é uma fundamentada base histórica, apesar do conteúdo ficcional. Philippa Gregory, manteve uma das características que a distingue dos demais, a profunda investigação com que premeia cada livro que escreve, com a profundidade adequada sem cair em exageros e sem desmotivar a leitura. As batalhas travadas são relatadas de uma forma que nos transporta para o meio da luta, sem serem demasiado descritivas. Toda a história decorre em diferentes partes de Inglaterra, em diferentes estações do ano e em várias décadas, é notória a forma como a autora vai descrevendo os cenários e o passar do tempo. Por diversas alturas senti que estava verdadeiramente, nos vales, planícies e palácios descritos. Por fim, não é um livro que fomente uma leitura compulsiva, pelo contrário, é daqueles livros para ir lendo com tempo, sem pressa. Tem uma narrativa dinâmica, fluida e realista, conservando um fio condutor ao longo de toda a história, que mantém o leitor interessado.