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21 de maio de 2016

Novidade Coolbooks | De Repente, Nunca Mais - Marta Neves


Sinopse:
Esta é a história de uma amizade que não conhece limites, arrastando para o precipício todos que nela querem entrar. Marta, Diogo e Alexandre são três amigos que cresceram juntos. Tomé é um detetive de homicídios que vive e respira o seu trabalho. Quando o cadáver de Alexandre aparece numa praia fluvial do rio Douro, os caminhos destes três amigos de infância tornam a cruzar-se de forma trágica.
Anacronicamente, cada personagem vai contando ao leitor a história de como tudo se passou, mostrando como a realidade muda conforme os olhos de quem a vê. Neste processo, todas as personagens são simultaneamente vítimas e culpadas de algum crime.

16 de abril de 2016

Novidade Coolbooks | Onório, o Poeta Bêbado - Fernando P. Fernandes


Sinopse:
A vida poderia ter sorrido a Onório, nascido numa aldeia do Minho e neto do mais respeitado lavrador de Rubiães. No entanto, quis o destino que a sua vida fosse carregada de mal-entendidos e atribulações – desde logo a que roubou o “H” ao seu nome.
Este é o retrato de um quase-pícaro a quem tudo corre mal. Como não parece haver remédio para emendar a sua vida, o protagonista transforma-se, desde muito cedo, num poeta satírico. Como um repórter do absurdo, Onório ilustra com rudimentares, mas divertidas, quadras as peripécias em que se envolve.
Com uma narrativa dinâmica e bem-humorada, esta obra promete arrancar muitos sorrisos aos leitores e proporcionar uma divertida viagem até a um Minho imaginado, com um sotaque tipicamente nortenho.

24 de março de 2016

Novidade Coolboks | O Longo Caminho de Regresso - António Bizarro


Sinopse:
São onze contos passados numa cidade em que cabem milhões de histórias. Construída às margens do rio Árion, Saint Paul é uma urbe negra que surge da fusão entre São Paulo, Barreiro e Lisboa.
Em O longo caminho de regresso, neste cenário cinzento e industrial, o leitor encontra contos inspirados por eventos reais – por exemplo, Johanna e os Demónios, baseado numa situação ocorrida em Portugal, no ano de 1933, numa aldeia que ficou conhecida pelo epónimo sinistro de Mataqueima – ou a presença de personagens recorrentes, como Tony Dornbusch, um escritor em busca de respostas e a projeção autobiográfica quase caricatural do autor.
Dominada pela sombra do Instituto MacLaren, que parece insinuar uma nefasta influência nos incidentes misteriosos que acontecem por toda a obra, Saint Paul será palco de homícidios, exorcismos e confrontos pelo futuro da Humanidade.

6 de outubro de 2015

Coolbooks - Sobreviver a um amor perfeito

Título: Pelas ruas de uma cidade sem nome
Autor: Carla Ramalho
Formato: e-wook
N.º páginas (estimado): 132
PVP: 4,99 €

Uma prostituta que encontra na escrita um refúgio para a dura vida e um escritor perseguido pelos seus fantasmas dão o mote para o romance de estreia de Carla Ramalho, Pelas ruas de uma cidade sem nome, já disponível em coolbooks.pt e na livraria virtual wook.pt.

Pelas ruas de uma cidade sem nome é o primeiro título da rentrée a ser publicado pela chancela digital da Porto Editora, consolidando a aposta em novos autores. Madalena, prostituta, de noite suporta o peso dos homens que a procuram, e de dia vagueia entre a solidão sufocante e o preconceito dos conservadores vizinhos. E é quando pensa que a vida já não a poderia surpreender que conhece João, um escritor que liberta os seus demónios no papel. As palavras que trocam e o combate aos pesadelos que os atormentam acabam por os levar numa sedutora mas perigosa descoberta. Quanto vale um amor verdadeiro? Quanto vale uma história com princípio, meio e fim?

Sobre o autor:
Carla Ramalho nasceu em Évora, em 1976. Acredita que foi por ter nascido alentejana que lhe veio o gosto pela escrita – a prosa das gentes e a poesia da planície tinham de extravasar. Licenciou-se em Sociologia e trabalha há vários anos na área social. A investigação, a formação profissional e os projetos de desenvolvimento local já a fizeram viajar um pouco pelo país e pela Europa. Mas é sempre à escrita que regressa.
Nunca deixou de escrever. Para ela, acima de tudo. E para os mais chegados que, simpaticamente e sem pensarem muito nas consequências, lhe elogiaram continuamente o jeito. Este é o primeiro romance que publica.

4 de setembro de 2015

Coolbooks - Uma viagem pelo sudeste asiático

Título: Direções
Autor: Tiago Rendeiro de Matos
Formato: e-wook
N.º páginas (estimado): 160
PVP: 4,99 €

O primeiro livro de viagens publicado pela Coolbooks está disponível a partir de hoje em coolbooks.pt e na livraria virtual wook.pt. Direções, da autoria de Tiago Rendeiro de Matos, é o relato de uma extraordinária viagem por seis países no sudeste asiático.
Com o “gene do viajante” presente desde que se lembra, Tiago Rendeiro de Matos sempre sentiu a atração pela aventura de descobrir mundos desconhecidos. Direções, ilustrado com fotografias tiradas pelo autor, transmite paisagens deslumbrantes, tradições inspiradoras, peripécias resultantes do choque de culturas e, sobretudo, lições aprendidas com as pessoas, simples e gentis, que o levam a questionar uma forma de encarar o mundo tantas vezes sentida como a única via certa.
O maior desejo do autor é que «este livro sirva tanto para saciar a curiosidade das mentes mais inquietas, como para estimular a vontade de sair à descoberta deste nosso mundo, cheio de locais mágicos e únicos como os que se encontram nestas páginas, em busca de direções».

Sobre o autor:
Tiago Rendeiro de Matos nasceu numa sexta-feira de 1986 e da última vez que consultou o horóscopo era Sagitário.
Cresceu em Viana do Castelo antes de se mudar para o Porto, cidade que o adotou desde 2004 e onde se formou em Direito. Em 2013, depois de terminar o estágio de advocacia, decidiu aventurar-se e experimentou um novo desafio profissional em Macau. No mesmo ano, realizou a viagem que o levou a escrever este livro. Atualmente, reside em Lisboa, mas pondera declarar-se nómada no próximo recenseamento por convicção e para deixar de receber publicidade não endereçada no correio.

30 de julho de 2015

Coolbooks - Um excelente "thriller"

Coolbooks publica Um anjo pela metade, de Humberto Duarte
Já está disponível em coolbooks.pt e na livraria virtual wook.pt o livro Um anjo pela metade, um excelente thriller do estreante Humberto Duarte, que conduz o leitor pelo labirinto de memórias e ausências de um homem atormentado.

A Coolbooks tem vindo a apostar em thrillers e em romances policiais, subgéneros que têm vindo a reconquistar leitores em Portugal. Em Um anjo pela metade, o protagonista, Tomé, é um ex-estudante português de História da Arte a viver em Paris as remanescências de um sonho desfeito. Longe das suas raízes e de referências afetivas, dá por si encarcerado nos meandros obscuros do álcool, da amnésia e da solidão, e a levar uma existência dupla, repartida entre a crítica musical para um jornal francês e o envolvimento numa estranha organização de assassinos contratados. Confrontado com uma sequência de eventos inesperados, vê-se arrastado na demanda do seu passado esquecido, de um amor improvável, da redenção, mas sobretudo de si próprio.

O AUTOR
Nasceu numa aldeia perto de Abrantes, mas até à aventura universitária viveu em Ponte de Sor, onde criou as suas raízes. Licenciou-se em Geologia pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, cidade onde viveu cerca de dez agitados anos. Foi autor e locutor de programas de rádio durante mais de uma década e partilha de forma quase febril o gosto pelos livros, pela música e pelo cinema. 

Apesar de gostar de escrever desde os primeiros anos de plena consciência, só nos últimos tempos se aventurou na escrita de forma mais efetiva, inicialmente com pequenos contos “caseiros”, que ainda não saíram das profundezas do disco rígido do computador, e só depois a primeira experiência no formato romance. Atualmente é professor do ensino básico e secundário, tem dois filhos e vive em Santarém.

22 de julho de 2015

Coolbooks - Sexo, o último tabu

Coolbooks dá início à publicação de várias obras eróticas do jornalista Carlos Soares

A Menina é o primeiro de vários livros que a Coolbooks publicará do jornalista Carlos Soares. Esta obra, já disponível em coolbooks.pt e na livraria virtual wook.pt, constitui um olhar desassombrado sobre um dos últimos tabus da nossa sociedade: o sexo.

A protagonista desta obra, Alaíde, vive, desde muito cedo, de corpo e alma para o prazer. Desde tão cedo que muitos se sentirão desarmados – e chocados – pelas suas paixões. Contudo, Alaíde não é uma menina como as outras. De ar inocente, mas dotada de uma língua afiada e de aguçada perspicácia, confessa-se e envolve o leitor no erotismo e na controvérsia inerentes à sua história de vida.

Polémico e desarmante, A menina faz parte de uma trilogia que explora as fantasias ocultas na nossa sociedade, rompendo os preconceitos. Carlos Soares faleceu em 2011 e trabalhou, entre outros, nos jornais O Século e Expresso, na RTP e na produtora televisiva de Manolo Bello, a Comunicasom. Segundo Mário Zambujal, «dispunha da arte de bem escrever». As obras a publicar pela Coolbooks provam-no inteiramente.

O AUTOR
Carlos Soares dedicou toda a sua vida ao jornalismo, tendo trabalhado, entre outros, no jornal O Século, na RTP e na produtora televisiva de Manolo Bello. Nas palavras da família, uma vida plena e marcada pela generosidade. Um AVC quando o autor tinha 45 anos foi ensejo para afadigado escrever-escrever visando a recuperação possível. Bem mais recentemente, a ficção e uma opção por este género. Carlos Soares faleceu em 2011, deixando um precioso e controverso legado agora publicado pela Coolbooks.

27 de maio de 2015

Manual de Sobrevivência em Português


Título: Manual de sobrevivência
em português
Autor: H. M. S. Pereira
Formato: e-wook
N.º estimado de páginas: 94
PVP: 4,99 €

Está disponível em coolbooks.pt e na livraria virtual wook.pt, Manual de sobrevivência em português, um conjunto de textos que resultam da solidão própria das cidades sem cor, do jovem e estreante autor H. M. S. Pereira.
Esta obra segue, na primeira pessoa, vários episódios dos pensamentos e ações da personagem principal, enquanto esta vai falhando na concretização dos seus desejos, muitos genuínos, outros emprestados, assim como nas relações humanas – desde a mais pequena vontade do quotidiano aos projetos maiores para a vida, desde recordações vívidas do passado ao momento presente.
O tom autobiográfico e cru, e uma correspondência entre o tempo da ação e o tempo da narração, resultam num striptease da realidade quotidiana de um homem que, como muitos, ainda ontem era um miúdo e se vê agora atirado para a arena de uma cidade chamada Lisboa, num país chamado Portugal.

Sobre o autor:
H. M. S. Pereira nasceu e cresceu na Beira Baixa, junto à Serra da Estrela. Tem 31 anos. Tentou vários trabalhos e cidades, sempre sem permanência. Passa longos períodos sem ler ou escrever. Gosta de caminhar e de comer. Escreveu, entre 2007 e 2009, um romance rejeitado: Operador de Call Center. Mora agora no Porto e concluiu recentemente uma formação de Vigilante de Segurança Privada. Manual de Sobrevivência em Português é um conjunto de textos escritos entre 2009 e 2012, entre uma casa alugada na Alfama de Lisboa e a casa onde nasceu na Covilhã.

1 de março de 2015

Coolbooks - Romance histórico

Título: No Trilho dos Sonhos
Autor:
 Bernarda de Souza
Formato: e-wook
N.º estimado de páginas: 366
PVP: 8,99 €

No trilho dos sonhos transporta-nos até ao século XIII, onde na Península Ibérica ainda há muçulmanos e as cortes recebem os trovadores com entusiasmo. Aqui conhecemos o príncipe D. Dinis, futuro rei de Portugal, que cedo se inicia nos caminhos da poesia, ficando conhecido na História como o Rei Trovador.
Ao acompanhar a vida de D. Dinis e dos que lhe são mais próximos, percebemos como, na verdade, tanto a nobreza como o povo têm os seus destinos traçados, não tendo o poder de mudar as suas vidas conforme desejariam.
D. Dinis é um rei em formação, que não esquece também a idade que tem e vive os amores e desamores da juventude. A relação com Zaida, uma moçárabe que o encantou, quase o faz perder a vontade de viver. Enquanto rei, as suas maiores decisões são tomadas em Conselhos. E foi num Conselho que se escolheu Isabel de Aragão, a Rainha Santa, para sua esposa, tal como se decidiu que o português passaria a ser a língua oficial em Portugal, em substituição do latim.
Mas poderá desta decisão estratégica nascer um amor? Ou tudo não passará de um sonho?

Sobre a autora:
Bernarda de Souza nasceu em 1958 no Minho, no seio de uma família tradicional cristã. Filha mais nova de entre nove irmãos, cedo aprendeu com eles as primeiras letras, tendo sido encaminhada, aos onze anos, para fazer os seus estudos em Braga. Terminou o ensino secundário em Lisboa e concluiu aí, em 1982, a sua licenciatura na Faculdade de Letras de Lisboa. Escreveu alguns contos, já depois de ter começado a exercer a profissão de professora de Inglês e Português. O seu romance No trilho dos sonhos surgiu a partir de uma pequena narrativa sobre D. Dinis de Portugal.

27 de janeiro de 2015

Coolbooks - "Regresso à lagoa", novo policial de José Filipe


Título: Regresso à lagoa
Autor: José Filipe
Formato: e-wook
N.º estimado de páginas: 247
PVP: 6,99 €

Regresso à lagoa, o novo policial de José Filipe, protagonizado pelo investigador António Palma, está disponível a partir de hoje, em coolbooks.pt e na livraria virtual wook.pt.
Depois de, em O Cliente de Cascais (publicado em maio de 2014),
António Palma, ex-investigador da Polícia Judiciária, se ter visto a braços
com um caso de ajuste de contas com o passado, em Regresso à lagoa,
investiga um estranho acidente que vitimou um administrador de
empresas e antigo político.
José Filipe é uma aposta da Coolbooks para a área da ficção policial.

Sinopse:
Neste novo livro de José Filipe, voltamos a encontrar António Palma, antigo inspetor da Polícia Judiciária, que regressa à Lagoa de Óbidos para investigar um estranho acidente que causou a morte a um administrador de empresas públicas e antigo político. A filha da vítima contrata Palma para encetar uma investigação sobre a abrupta aposentação do pai e a sua mudança para a calma vila da Foz do Arelho, no sentido de averiguar se existirá alguma relação entre estes factos e a sua morte. Quando Palma descobre no passado longínquo do administrador um mistério nunca desvendado, o seu principal objetivo passa a ser perceber se há relação entre esse passado e os acontecimentos recentes.
Regresso à Lagoa mostra-nos como um ato fortuito, num passado distante e num outro país, definiu de forma dramática a vida de várias pessoas até aos dias de hoje.

Sobre o autor:
José Filipe nasceu em 1953, numa aldeia a poucos quilómetros das Caldas da Rainha. Cresceu com a guerra colonial no horizonte e frequentou o ensino técnico de um país pobre, com um sistema educativo elitista.
Resolvida a questão da guerra colonial com o início de um ciclo político que está agora a findar, aos vinte anos era para ele tempo de «acreditar» que poderia escrever o grande romance português do século XX. Cedo entendeu que o que fazia sentido era a vida real, por isso abandonou a ideia de escrever ficção. Mais de trinta anos depois, decidiu responder ao apelo da escrita.
Com o peso da realidade a colocar em causa o papel da sua geração, e com a sobrevivência de muitos dos que partilharam esses tempos em causa, não tem remorsos das decisões que tomou.
Hoje vive na Parede, concelho de Cascais, perto do mar que revisita todos os dias, fundamental para o seu próprio equilíbrio.

5 de dezembro de 2014

Coolbooks aposta no fantástico

P.V.P.: 8,99 € 
Data de Edição: 2014
Nº de Páginas: 378
Editora: Coolbooks 
 
Sobre a obra: 
Lilly Ashton não podia imaginar vida mais perfeita que a sua, até à terrível noite em que tudo mudou.
A única maneira que encontra para sobreviver à tragédia é fazer o que sempre desejou: ser impulsiva.
Afasta-se de tudo e todos quando se muda para Jillian e decide estudar Folclore e Mitologia, mas depressa se encontra numa corrida para salvar a própria vida, ao descobrir que os monstros que se escondem debaixo da cama existem mesmo. 
Para garantir a sua sobrevivência, junta-se a Diabolus Venator, a organização de caçadores de demónios daquela pequena cidade, onde conhece Liam, o misterioso jovem que a enfurece e surpreende todos os dias. Mas nem todos os que lutam com ela têm o mesmo objetivo, e o perigo que enfrenta pode ser maior junto dos que a rodeiam do que na batalha contra os demónios. Num mundo onde as lendas são reais, em quem poderá Lilly confiar?
 
Sobre autor: 
Patrícia Morais é uma estudante de tradução na London Metropolitan University. Mesmo enquanto mudava constantemente a sua mente acerca do que seria a sua futura profissão – alternando entre professora, nadadora salva-vidas e até mesmo veterinária –, algo que sempre teve a certeza foi que um dia viria a crescer para ser escritora. 
E porque acredita que ainda não passa demasiado tempo à frente de um computador a escrever, ainda regista no seu blog, trishmorais.blogspot.pt, as suas experiências de escrita e traduz os conselhos de outros autores de língua inglesa.

12 de novembro de 2014

Opinião - A Chama ao Vento

Título: A Chama ao Vento
Autor: Carla M. Soares
Editora: Coolbooks

Sinopse:
Um corpo anónimo é lançado à água num misterioso voo noturno sobre o Atlântico…
Vivem-se os anos mais negros da Segunda Guerra Mundial, e a vida brilha com a força e a fragilidade de uma chama ao vento. Na Lisboa de espiões e fugitivos dos anos 40, João Lopes apresenta à sua amiga Carmo um estrangeiro mais velho, homem de segredos e intenções obscuras que depressa a seduz, atraindo os dois jovens para uma teia de mistérios e paixões de consequências imprevistas.
Anos volvidos, Francisco, jornalista, homem inquieto, pouco sabe de si próprio e menos ainda de Carmo, a avó silenciosa que o criou, chama apagada de outros tempos. É João Lopes quem promete trazer-lhe a sua história inesperada, história da família e dos passados perdidos nos tempos revoltos da Segunda Grande Guerra e da Revolução de Abril. Para João, é uma história há muito devida. Para Francisco, o derrubar dos muros que ergueu em torno da memória e da própria vida.
Um retrato íntimo de Portugal em três gerações, pela talentosa escritora de Alma Rebelde.

Opinião por Bárbara Moura:
Tal como o passado de Francisco o encontrou, sinto que foi este livro que me encontrou a mim, e não o contrário. Por um lado, é uma obra que reúne muitas das características que prezo nos livros. Por outro, A Chama Ao Vento foi-nos gentilmente cedido pela sua autora, e decidi entregar-me à sua leitura sem ler sequer a sinopse – o que, incidentalmente, é algo que tenho de começar a fazer mais vezes, quando me recomendam bons livros que não conheço, pois a partida ao desconhecido num livro é deliciosa.
Foi precisamente o que senti ao ler as primeiras páginas. A introdução atinge-nos com um baque, sendo no entanto deixada em suspenso, e deixando o leitor imediatamente intrigado. Avançamos então para a viagem que despoleta uma crise na vida de Francisco, o nosso narrador. Descobrimos ao mesmo tempo que ele aquilo que ignorava há demasiado tempo, e subitamente a introdução já não tem assim tanta importância.
Francisco consegue ser por vezes exasperante, especialmente pelas suas acções, mas evoca empatia em quem acompanha o que lhe vai na alma. Foi-me impossível ignorar o aperto atrás do esterno e, por vezes, conter as lágrimas, quando recordava os dramas do seu passado vistos pelas lentes turvadas de inocência da infância. O leitor é levado, quase sem se aperceber, na viagem pelo passado e simultaneamente pelo interior do narrador – que é também apanhado de surpresa.
João Lopes é também uma personagem deveras interessante. Aquele que podia ser apenas um espectador na história principal, personagem secundária e mero veículo de informação, torna-se num dos principais intervenientes do que tem para contar a Francisco – não fossemos todos protagonistas da nossa própria história. João é-nos apresentado como alguém corajoso, sensato (para a sua idade), altruista e, sobretudo, íntegro. A parte mais céptica de mim por vezes questionava esta integridade – o que Francisco vocalizava com bastante mais à vontade que eu – mas se há algo que prezo é que a existência de pessoas verdadeiramente incorruptíveis não é um mito, e que, consequentemente, cada um de nós o pode ambicionar.
Carmo é difícil de perceber, ao início. Tive sentimentos contraditórios quanto a ela. Desde a incompreensão da sua frieza à ternura da sua inocência, temos de ler nas entrelinhas da história de João e de Francisco aquilo por que esta mulher passou, até se tornar a imagem do estoicismo que dá a conhecer. Gosto muito da reflexão que se faz sobre a transformação da Carmo, menina, em Carmo, mãe e avó, uma sombra daquilo que era ou que sonhou ser. Levou-me verdadeiramente a pensar nas histórias e aventuras guardadas nas personagens secundárias da nossa vida, que tanto prezamos, mas a quem por vezes não prestamos a atenção devida.
A acrescentar a um belo leque de personagens, a autora faz uma descrição muito clara da época, dos lugares e costumes, e consegue transmitir-nos alguma da inquietude disfarçada que pairava no ar. Desconhecia que Lisboa tivesse sido refúgio de tantas vítimas da Segunda Guerra Mundial – reconheço que História nunca foi a minha melhor disciplina –, mas consola-me em certa medida saber que possa ter sido um ponto de partida para uma nova vida, mesmo que marcada pelas atrocidades vividas. Todos os relatos desse tempo me fazem lembrar do sofrimento dessas pessoas, tão reais como eu me sinto, o que me impele a tentar fazer do mundo (o que eu alcanço, pelo menos), um lugar melhor.
(Por muito que se Francisco se queixasse, não me importei minimamente com a tendência do Sr. Lopes para fugir da narrativa para a lição de História!)
A componente de mistério é também muito importante na obra, e a autora consegue manter o leitor interessado (apesar de considerar que, para o leitor perspicaz, um dos mistérios é deduzível).
Um factor que me agrada sobejamente, e que não está presente na maior parte das obras que leio, por muito que goste delas, é o facto de as personagens falarem e pensarem como eu falo e penso. Por vezes dou por mim a ler edições portuguesas de livros de autores estrangeiros e a retraduzi-los mentalmente – para citar Manuela Azevedo, A língua inglesa fica sempre bem / E nunca atraiçoa ninguém. Esta obra serviu para me lembrar do prazer de ler na minha língua.
Como aspecto meno positivo, devo dizer que houve uma parte da história que senti ter ficado inacabada. Não o considero um defeito do livro ou da história per se, acredito que a autora tenha deixado a história exactamente onde queria e o final apraz-me; no entanto, gostaria de ter acompanhado Francisco na (re)descoberta de outras personagens específicas da sua história.
Para finalizar, é uma obra muito bonita, uma reflexão sobre a passagem do tempo e de várias gerações por este, e um testemunho sobre o quanto o nosso comportamento é moldado tanto pela nossa chama intrínseca, como pelos ventos que por ela passam e que a podem apagar, ou atiçar.

11 de novembro de 2014

Coolbooks - "Estrada de Macadame", de Paulo M. Morais

Título: Estrada de Macadame
Autor: 
Paulo M. Morais
Formato: e-wook
PVP: 6,99 €

Paulo M. Morais é um talentoso escritor, já com obra editada pela Porto Editora (Revolução Paraíso, 2013), cuja «escrita singular» foi destacada pela revista Visão e também por Mário de Carvalho, que a considera «longe da narração explicadinha ou do vislumbre rapidinho». Estrada de Macadame, o primeiro romance escrito por Paulo M. Morais, permanecia inédito e é publicado agora pela Coolbooks – está disponível, a partir de hoje, em coolbooks.pt e na livraria virtual wook.pt. Estrada de Macadame oferece um olhar comovente sobre a  dor da perda e a coragem de enfrentar os demónios do passado.
A Coolbooks é uma chancela do Grupo Porto Editora, que tem como objetivo dar a conhecer novos autores de língua portuguesa, editando – em exclusivo – em suporte digital.

Sinopse:
Estrada de Macadame é a história do encontro improvável de quatro personagens com percursos de vida bastante distintos. A uni-los, a dificuldade de ultrapassar a dor provocada pela morte de alguém amado. Gina e Daniel separam-se quando percebem que procuram formas diferentes de superar a perda da filha: Daniel decide viajar para a Índia à procura do sentido da vida, Gina decide ficar e refugiar-se na rotina do quotidiano conhecido. Adolfo, um sexagenário aprendiz de impressor numa gráfica que se tornou perito em afogar a memória da falecida esposa em copos de uísque, é um dos alunos do projeto de alfabetização de adultos em que Gina é professora. Apesar da diferença de idades, os ecos de vida semelhantes levam Gina e Adolfo a envolverem-se. E quando Daniel, obrigado a regressar da Índia, procura recuperar o seu casamento, Gina mostra-se confusa e dividida.
A morte de um dos clientes habituais da tasca frequentada por Adolfo marcará o início de uma viagem catártica. Gina propõe-se conduzir o seu aluno até ao funeral, juntamente com Luís, um jovem que se tornou confidente de Adolfo. Ao pedir a Daniel que também a acompanhe na expedição até uma distante aldeia alentejana, uma mulher une de forma inesperada os destinos de três homens de diferentes gerações.

Sobre o autor:
Paulo M. Morais nasceu em fevereiro de 1972 e cresceu nos arredores de Lisboa entre futebóis de rua, livros de aventuras e matinés de filmes clássicos. Licenciado em Comunicação Social, trabalhou como  jornalista em imprensa e multimédia. Cumpriu um sonho de jovem ao fazer crítica de cinema no portal Terravista. Em 2005, pôs uma mochila aos ombros e partiu para dar a volta ao mundo. Oito meses depois, ao regressar, especializou-se nos temas de gastronomia e viagens. Quando finalmente se aventurou na escrita de romances, descobriu uma nova paixão. E nunca mais conseguiu deixar de inventar personagens e ficcionar histórias.
Em abril de 2013, publica Revolução Paraíso, pela Porto Editora. Em novembro de 2014 chega a vez de Estrada de Macadame, o seu primeiro romance inédito, ser lançado pela Coolbooks. Atualmente, entre outros projetos como o Colectivo NAU – Novos Autores Unidos, está a escrever um Romance Passageiro nas redes sociais, obra de ficção interativa sem rumo ou final pré-definidos.

5 de outubro de 2014

Coolbooks - "Eu, do Nada", de Isabel Tallysha-Soares

Docente no ensino superior, Isabel Tallysha-Soares encontrou numa crónica de Miguel Esteves Cardoso o ponto de partida para um romance cuja escrita foi incentivada pelo jornalista Pedro Rolo Duarte. O resultado é este Eu, do Nada, uma belíssima obra de estreia, disponível a partir de hoje em em coolbooks.pt e na livraria virtual wook.pt.
Saga familiar com laivos de realismo mágico, Eu, do Nada remete o leitor para um universo que encontra paralelo nas primeiras obras de Isabel Allende, nomeadamente em Retrato a Sépia e A Casa dos Espíritos.
Partilha com elas a abordagem das raízes familiares e ainda uma plasticidade discursiva que não deixará os leitores indiferentes.
Esta é a vigésima obra publicada pela Coolbooks, a chancela do Grupo Porto Editora que tem como objetivo dar a conhecer novos autores de língua portuguesa, editando – em exclusivo – em suporte digital. O
catálogo da Coolbooks é generalista e tem sido construído a partir de um trabalho cuidado de seleção e edição.

Sinopse:
Esta é a história de um local que resistiu às eras sendo Nada, uma quinta onde, na peculiaridade do nome, sempre se negociou vida e transcendência com a naturalidade do dessassombro. É a história de Luísa, feita varão do Nada, nascida Matilde em 1911. É a história de um país interseccionando-se no quotidiano rural de uma Casa grande de vinho e pão, sobrevivendo às Invasões Francesas, a ciclones, ditaduras, fantasmas e outros bichos, sobrevivendo à dor e à perda da sucessão de tempo atrás de tempo. Sobreviverá o Nada a Luísa? Ou tornar-se-á Luísa uma réplica de Máxima, a Senhora que vive na distância altaneira do segundo andar da Casa do Nada?
Baseado em factos reais.