Mostrar mensagens com a etiqueta Edições Vercial. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Edições Vercial. Mostrar todas as mensagens

4 de dezembro de 2012

Passatempo - O mar de Paula - Vencedores

A D'Magia agradece a todos os participantes, infelizmente só 3 poderiam ser premiados.


E os vencedores são:
Joana Catarina Pereira Mendes 
Dália Maria Barata Antunes 
Maria João Diogo 

Os vencedores serão contactados por email.
Parabéns aos vencedores e os votos de uma boa leitura.

15 de julho de 2012

Passatempo - O mar de Paula

A D'Magia em parceria com a Porto Editora para oferecer três exemplares de "O mar de Paula" de Jorge Tinoco.

Sinopse:
Observo ao longe no horizonte, para lá do papel, as pequenas silhuetas dos barcos que partem e me interpelam dos tantos portos que existem depois do que não podemos ver ou entender perenemente, depois do que não sabemos definir como ausência ou persistência, como voz perceptível de povo indígena ou gente mítica. De forma que experiencio, como que outra vez numa só vez, as mil vezes diferentes em que fui feliz aqui, nesta verdade enredada ou neste enredo da verdade, junto às ondas que nunca se interrogam se são água ou maré ou espuma ou loucura ou invenção...
Que me importa então o que sou, se tenho, ainda que transitória ou volátil, esta ciência sabida de que só a falta de amor e companhia nos assombra e adoece, nos atribula o vazio que em lugar de sentir interroga em demasia a intensidade do abraço? Que me importa, pois, quando por outras palavras o repito que, mesmo que eu fosse ficção, esta experiência da mulher e do afecto me bastaria para justificar a criação da vida? Por isso é apenas novamente o mar de Paula que revejo a esta hora bendita das gaivotas sobre as rochas! E, no outro lado de tudo, na outra metade do nada: o que será Susana, o que serão as miúdas, o que será Paula, o que serei eu, o que serás tu, o que seremos todos no coração dilacerado dos capítulos, no ventre insondável das páginas?

Para te habilitares a ser um dos vencedores envia os teus dados pessoais (incluíndo o nome, morada, e nick de seguidor do blogue), com o assunto "Paula", até ao dia 29 de Julho, para literatura@dmagia.net.

Regras do passatempo:
1) Ser seguidor do blogue.
2) Apenas participantes com moradas de Portugal.
3) Apenas uma participação por cada nome e email.
4) Participações sem menção ao nick de seguidor do blogue não serão validadas. Atenção: o que é pedido é o nick de seguidor do blogue e não do facebook
5) Condições e Termos de Participação estão em www.dmagia.net/faq.html.

11 de março de 2011

Opinião - Memórias das estrelas sem brilho


Título: Memórias das estrelas sem brilho
Autor: José Leon Machado
Editora: Edições Vercial

Sinopse:
Na Memória das Estrelas sem Brilho, conta-se a história de um estudante universitário que é obrigado a interromper o curso para comandar um grupo de expedicionários que o governo português em 1917 enviou para as trincheiras da Flandres. A sua trajectória e a dos homens que comanda, nas pequenas e grandes misérias de que foram vítimas e na ligação ao que deixaram e ao que perderam, resulta num retrato emocionante e autêntico de um dos períodos mais conturbados da sociedade portuguesa.Romance de guerra, mas também romance de amor, Memória das Estrelas sem Brilho relata a tão inútil quanto obstinada busca da paz e da felicidade através de um caminho de escombros e flores cortadas, capacho do tempo e dos seus caprichos.Afirma o crítico Milton Azevedo que, «além de seu valor literário como narrativa de ficção propriamente dita, constatável à primeira leitura, o romance tem grande interesse como retrato da sociedade portuguesa, que forma o background da narrativa. O narrador, homem de seu tempo (ou tempos) e classe social, tem uma visão tão nítida da sua sociedade quanto é possível esperar de alguém que nunca pôde sair dela para observá-la de fora. É, portanto, uma visão naïve, informada apenas por elementos colhidos dentro daquela sociedade. Mas é uma visão arguta, porque o narrador é um indivíduo inteligente e lúcido. E complementada, é claro, pela visão, indirectamente transmitida ao leitor, do Rato, que é um verdadeiro co-protagonista (e não apenas um sidekick) - um pouco, mutatis mudantis, como Sancho Pança, sem o qual o Quixote ficaria impensável.»

Opinião por Rui Sousa:
Memórias das estrelas sem brilho, é um romance de guerra, coisa que normalmente não gosto, devido ao facto do significado da palavra “guerra” ser uma realidade demasiado violenta e sem sentido e por isso, estive indeciso em pegar neste livro.

A história começa quando um estudante universitário é obrigado a interromper o curso para comandar um grupo de expedicionários que o governo português em 1917 decidiu enviar para as trincheiras da Flandres. A sua trajectória e a dos homens que comanda, nas pequenas e grandes misérias de que foram vítimas e na ligação ao que deixaram, bem como o que perderam, resulta num retrato emocionante e autêntico de um dos períodos mais conturbados da sociedade portuguesa.

Para mim, este livro é muito mais do que um romance. Ao mesmo tempo que relata a tão inútil e sempre infindável busca da paz e felicidade, por um caminho completamente destruído, consegue também mostrar um retrato fiel da sociedade portuguesa durante o SEC. XX, salientando principalmente a participação portuguesa na primeira guerra mundial (1914-1918). Nestas ocasiões (quem foi a tropa e teve de dar o seu contributo nas Guerras), encontra-se das maiores amizades que temos na vida e nesta história, Dr. Luís Vasques, encontra uma dessas pessoas com quem, desde aí, conseguiu partilhar uma amizade vitalícia.

Vou ter de admitir que o livro é bom. Com o avançar da narrativa, as personagens vão ganhando forma e não demorou muito até ficar completamente rendido. O protagonista e narrador Luís Vasques conquista facilmente qualquer leitor.

José Leon Machado, está de parabéns por mais uma excelente obra

10 de março de 2011

Opinião - Jardim sem Muro

Título: Jardim sem Muro
Autor: José Leon Machado
Editora: Edições Vercial

Sinopse:
Jardim sem Muro é uma colectânea de dezanove contos. As personagens baseiam-se nalguns dos tipos da sociedade portuguesa actual, aparecendo vendedores de automóveis em segunda mão, comerciantes de tintas e vernizes, empreiteiros, serralheiros, canalizadores, carpinteiros, electricistas, professores do ensino secundário, funcionários das Finanças, estudantes de Psicologia, reformados, emigrantes, agentes de segurança, viciados na Internet, coleccionadores de selos e moedas, especialistas em ciências ocultas, frequentadores de casas de alterne e respectivas funcionárias. Os políticos, por evidente falta de utilidade na sociedade, são das poucas figuras com que o autor não perdeu tempo nem gastou papel. Os contos, escritos num tom divertido, deixam transparecer o sorriso sarcástico de Eça de Queirós e o piscar de olho malandro de David Lodge.

Opinião:
Para quem não sabe, este livro é a terceira colectânea de contos da autoria de José Leon Machado e foi dedicada ao escritor António Lobo Antunes. E foi o primeiro conto que deu título a esta colectânea.
“Jardim sem muro”, foi o primeiro livro que li deste autor e só tenho a dizer que já o devia ter feito há mais tempo, pois gostei bastante. Ao longo dos 19 contos, o autor consegue abordar paixões, amores e outros sentimentos, tão banais como a própria vida que trazemos. Mas o melhor é mesmo o tom irónico com que são contados, muito ao estilo da sátira de Gil Vicente.
Estes contos, encaixam na perfeição na vida de qualquer um de nós, e as personagens são reais e palpáveis porque são das mais variadas profissões do quotidiano nacional, entre elas, vendedores de automóveis, empreiteiros, professores, viciados na Internet e muitos outros.
Na minha opinião, o tom incutido a estes contos dá uma leveza à própria leitura, o que faz com que este livro seja bastante divertido.