Sinopse
“The Grudge: A Maldição” é protagonizado por Andrea
Riseborough Demián Bichir, John Cho, Betty Gilpin, Lin Shaye e Jacki Weaver.
Baseado no filme “Ju-On”, escrito e realizado por Takashi Shimizu, “The Grudge:
A Maldição” é produzido por Sam Raimi, Rob Tapert e Taka Ichise.
Opinião
por Artur Neves
The Grudge, que significa realmente
maldição tornou se um franchise de
terror desde 2002, data em que foi realizado por Takashi Shimizu o primeiro filme
com o nome “Ju-On”. Seguiram-se duas sequelas em 2004 e 2006, realizadas pelo
mesmo autor e com um argumento muito semelhante, considerando que a maldição
desperta em todos os locais onde se consuma um assassinato com raiva e se
manifesta como uma criança demoníaca.
Em 2009 apareceu uma versão
americana da autoria de Toby Wilkim e agora em 2020 (ano de estreia) aparece
esta versão também americana realizada por Nicolas Pesce que está em apreciação
nesta crónica. Adicionalmente, com origem também nos USA, apareceram dois
filmes com o mesmo argumento do “The Grudge”, batizados de “The Ring” (O Anel)
o que significa que esta história tem os seus admiradores fiéis em pessoas que
procuram uma exaltação constante de medo e surpresa.
É o que se passa neste
filme. A história começa pelo anúncio de um crime numa casa também envolvida
num assassinato semelhante anos antes. Esse crime, ainda não resolvido provocou
sequelas psicológicas nos detetives envolvidos na investigação, um dos quais, Officer
Michaels (Bradley Sawatzky) foi apanhado pela maldição, o que lhe causou
perturbações mentais ao ponto de ter sido substituído pela Detective Muldoon (Andrea
Riseborough) uma agente que perdeu o marido recentemente e procura nova vida para
ela e para o filho noutra cidade, um novo recomeço, pensava ela, antes de lhe
entregarem e ao companheiro de equipa, Goodman (Demián Bichir) este caso que lhes
motiva a visita á casa dos mortos com elevada relutância de Goodman.
Muldoon, na tentativa de vencer
este novo desafio posto no seu caminho, voluntaria-se para efetuar a visita à
casa, onde encontra Faith Matheson (Lin Shaye, a veterana atriz da série de
filmes “Insidious”, 1, 2 e 3, que prova que isto anda tudo ligado) e o cadáver
do seu marido já em prolongado estado de decomposição como só o cinema sabe
fantasiar e produzir.
Segue-se a descoberta de um
automóvel batido contra uma árvore à beira da estrada, onde jaz um corpo
indefinível, também em elevado estado de decomposição, bem como, rostos ensanguentados
no escuro, ou através do seu reflexo em espelhos, ou movendo-se na sombra,
criando no espectador estupefação e surpresa por parecerem eventos isolados e
desconexos e são nos realmente, até o realizador porfiadamente os ligar através
de flashbacks que compõem
meticulosamente a linha do tempo e da história que lhe deu origem sem deixar
pontas soltas.
É pois terror de bom nível
ao estilo tradicional, suportado por bons efeitos especiais de caracterização,
bom ritmo de surpresa e capaz de entusiasmar os mais jovens que ainda se
prendem nestas histórias de fantasmas e de mortos que procuram a luz para
cativar os vivos para o seu mundo. Vale enquanto dura e a memória dissipá-lo-á com
a mesma vertigem com que entrou, recordando-se apenas que com aquele fim é mais
do que certo que nova sequela já está em gestação.
Classificação: 4 numa escala
de 10