Sinopse
O bioquímico Michael Morbius
tenta curar-se de uma rara doença sanguínea com ADN de morcegos mas acaba por
se tornar uma espécie de vampiro vivo. As aventuras de um anti-herói da Marvel.
Opinião
por Artur Neves
“Morbius” é mais um filme de
Super Heróis do reportório de Marvel Comics com o personagem Morbius, transformado
num vampiro vivo decorrente de uma grave deficiência sanguínea. Depois e ter
despachado os anteriores super heróis a Marvel tentou desenvolver a personagem
do Homem Aranha e seus derivados tal como “Venon” e agora este Morbius também
baseado numa personalidade que coabita o Dr. Morbius, como iminente médico
investigador que se deixou arrastar nas suas investigações para uma caraterística
típica dos morcegos que desperta nele a personalidade malévola sedenta de
sangue.
Como sempre nas histórias de
super heróis o enredo é muito simples e neste caso começa pelo princípio com
Morbius (Jaredo Leto) ainda jovem a cargo de uma instituição, onde conhece um
outro garoto, Milo, da sua idade que vai se transformar posteriormente no maior
rival de Morbius, devido a ter uma situação de saúde semelhante. O Dr. Michael
Morbius tenta avisá-lo e promover a sua salvação mas ele, Milo (Matt Smith) só
vê a vantagem que o segredo de Morbius lhe pode trazer e procura por todos os
meios alcança-la, intervindo e atacando em todos os locais onde sente a mais
leve possibilidade. Para contrastar com Morbius é um ser cínico, traiçoeiro com
capacidade de intervenção relevante.
Com esta metodologia em que
Morbius possui o lado do bem e Milo, corporiza os mais falsos objetivos, todo o
filme é um conjunto de perseguições fantásticas com recorrência a efeitos
especiais utilizando as caraterísticas dos morcegos como sejam o ouvido apurado
e o olho que consegue ver mais longe do que aquilo que está à frente dele transformando
o ar num fluido em movimento onde Morbius se desloca a alta velocidade em
acrobacias difíceis de associar a um mortal comum.
Todavia a promessa de bons
momentos de emoção e aventura, mesmo na versão IMAX, não contêm a motivação e a
surpresa da sua ação que nos faça deixar de pensar que o investimento da SONY
na Marvel fica abaixo dos resultados esperados que ambas as empresas nos
habituaram, pois sendo uma estreia de um novo personagem as amostras disponíveis
no You Tube não transmitem algo de novo que desejamos ver. Todavia isso depende
do público que se dispuser a ser surpreendido, aliás como sempre…
O realizador Daniel Spinosa nascido
na Suécia apresenta-se com “Life” de 2017, uma história com um enredo muito
próximo de “Alien o 8º Passageiro” ou “Detenção de Risco” de 2012 que continua
até agora uma boa referência que nos leva a pensar que ele está comprometido
com a qualidade que não aparece neste filme, muito embora seja pior a falta de
motivação do argumento do que o perfecionismo técnico mostrado em todas as
cenas
Tem estreia prevista em sala
dia 31 de Março
Classificação: 4 numa escala
de 10