30 de março de 2022

Opinião – “Morbius” de Daniel Espinosa

Sinopse

O bioquímico Michael Morbius tenta curar-se de uma rara doença sanguínea com ADN de morcegos mas acaba por se tornar uma espécie de vampiro vivo. As aventuras de um anti-herói da Marvel.

Opinião por Artur Neves

“Morbius” é mais um filme de Super Heróis do reportório de Marvel Comics com o personagem Morbius, transformado num vampiro vivo decorrente de uma grave deficiência sanguínea. Depois e ter despachado os anteriores super heróis a Marvel tentou desenvolver a personagem do Homem Aranha e seus derivados tal como “Venon” e agora este Morbius também baseado numa personalidade que coabita o Dr. Morbius, como iminente médico investigador que se deixou arrastar nas suas investigações para uma caraterística típica dos morcegos que desperta nele a personalidade malévola sedenta de sangue.

Como sempre nas histórias de super heróis o enredo é muito simples e neste caso começa pelo princípio com Morbius (Jaredo Leto) ainda jovem a cargo de uma instituição, onde conhece um outro garoto, Milo, da sua idade que vai se transformar posteriormente no maior rival de Morbius, devido a ter uma situação de saúde semelhante. O Dr. Michael Morbius tenta avisá-lo e promover a sua salvação mas ele, Milo (Matt Smith) só vê a vantagem que o segredo de Morbius lhe pode trazer e procura por todos os meios alcança-la, intervindo e atacando em todos os locais onde sente a mais leve possibilidade. Para contrastar com Morbius é um ser cínico, traiçoeiro com capacidade de intervenção relevante.

Com esta metodologia em que Morbius possui o lado do bem e Milo, corporiza os mais falsos objetivos, todo o filme é um conjunto de perseguições fantásticas com recorrência a efeitos especiais utilizando as caraterísticas dos morcegos como sejam o ouvido apurado e o olho que consegue ver mais longe do que aquilo que está à frente dele transformando o ar num fluido em movimento onde Morbius se desloca a alta velocidade em acrobacias difíceis de associar a um mortal comum.

Todavia a promessa de bons momentos de emoção e aventura, mesmo na versão IMAX, não contêm a motivação e a surpresa da sua ação que nos faça deixar de pensar que o investimento da SONY na Marvel fica abaixo dos resultados esperados que ambas as empresas nos habituaram, pois sendo uma estreia de um novo personagem as amostras disponíveis no You Tube não transmitem algo de novo que desejamos ver. Todavia isso depende do público que se dispuser a ser surpreendido, aliás como sempre…

O realizador Daniel Spinosa nascido na Suécia apresenta-se com “Life” de 2017, uma história com um enredo muito próximo de “Alien o 8º Passageiro” ou “Detenção de Risco” de 2012 que continua até agora uma boa referência que nos leva a pensar que ele está comprometido com a qualidade que não aparece neste filme, muito embora seja pior a falta de motivação do argumento do que o perfecionismo técnico mostrado em todas as cenas

Tem estreia prevista em sala dia 31 de Março

Classificação: 4 numa escala de 10

 

Sem comentários: