Sinopse
Depois de ser auxiliado por uma unidade de comando
tático ultrassecreta, um agente da CIA (Mark Wahlberg) tem que transportar um
informador Indonésio do centro da cidade para refúgio num aeroporto a 22 milhas
de distância, para que ele lhe forneça informações vitais para a segurança
mundial.
Opinião
por Artur Neves
Tal como pode ler-se na
sinopse anterior esta história é muito linear, o seu interesse resume-se fundamentalmente
na forma como está contada e na profusão de cenas de ação e de lutas
corpo-a-corpo onde são exibidas artes marciais, resultante da associação entre
a produção americana (Peter Berg e Mark Wahlberg) e a WME Global, uma empresa
de consultoria multidisciplinar com sede na Ásia que decidiu investir neste
projeto. A ideia atual de Berg e Wahlberg é fazer de “Mile 22” uma trilogia, da
qual este será o primeiro filme da série.
A equipa de forças especiais
em que James Silva (Mark Wahlberg) é o líder, conseguiu vencer as 22 milhas de distância
e chegar ao aeroporto a tempo de obter a desejada informação de segurança a
troco de fazer o embarque a salvo para os USA de Li Noor (Iko Uwais) informador
confidencial da combativa agente especial Alice Kerr (Lauren Cohan) e único
conhecedor da localização de várias porções de cloreto de Césio-137, substancia
com a aparência inócua de pó branco semelhante ao sal moído, mas responsável
pela contaminação radioativa de todas as pessoas que inadvertidamente tenham
tido contato com ele, podendo servir assim a causa do terrorismo.
Só que nem sempre o sucesso
de uma operação corresponde ao sucesso do motivo que a justifica e assim temos
James Silva, a declarar a uma comissão de inquérito governamental todos os
pormenores e justificações de todos os passos dados, que nos são apresentados em
sucessivas cenas deste eletrizante thriller
de ação e aventura, recheado de combates entre fações diferentes, tiroteios
massivos, perseguições automóveis em cidade e guerra eletrónica com drones.
A história está bem
conseguida e contém todos os necessários twists
que mantêm o interesse do espetador ao longo do visionamento, embora a profusão
com que as informações justificativas são proferidas, muitas delas em simultâneo
com a ação a decorrer, possam significar uma dificuldade acrescida na
identificação dos objetivos parciais a perseguir, donde, a descrição adicional
do enredo que eu incluí nesta crítica.
Durante o seu depoimento,
James Silva, teoriza o porquê da guerra e filosofa sobre as lutas de poder que
ocorrem um pouco por todo o lado, particularmente no que concerne à atual administração
americana, o que no meu entender valoriza o aspeto interventivo deste filme no
panorama atual que vivemos, embora com algum exagero caricatural… penso eu.
Peter Berg, ator, escritor,
argumentista, realizador e produtor americano, nascido em Nova Iorque em 1964, (demasiadas
atividades para um homem só) já nos deu anteriormente, com Mark Wahlberg um bom
trabalho desta dupla; “O Sobrevivente” em 2013, com uma temática diferente mas
igualmente bem estruturado na sequência de eventos. O problema neste filme é a
catadupa sequencial da ação, deixando pouco espaço para a reflexão sobre as ocorrências
mas ainda assim merece ser visto e constitui um bom espetáculo de ação.
Classificação: 7 numa escala
de 10