Sinopse
Uma aventura épica passada na Idade do Gelo. ALPHA
conta uma história fascinante e visualmente deslumbrante que ilumina as origens
do melhor amigo do homem. Durante a sua primeira caçada com o grupo de elite da
sua tribo, um jovem é ferido, devendo então aprender a viver sozinho no
deserto. Nesse caminho confronta-se com um lobo solitário abandonado pela sua
alcateia que acaba por tornar-se um aliado improvável. No processo de domação
do lobo pela sua alcateia, o par aprende a confiar um no outro, ultrapassando inúmeros
perigos e adversidades, a fim de encontrar o caminho de volta para casa.
Opinião
por Artur Neves
No alvorecer da humanidade,
na Europa paleolítica, sem nações, á 20 000 anos atrás, isenta da presença
humana em plena Idade do Gelo decorre esta história que nos pretende mostrar o
início da ligação entre homens e cães, através de uma fábula de um rapaz
perdido e ferido e de um lobo abandonado à sua sorte depois de uma tentativa de
ação de caça, da alcateia a que pertencia.
A paisagem é completamente
desolada, terra infinita sem qualquer vestígio de habitação onde os animais
existem no seu estado natural e onde impera a lei do mais forte como única
regra para a necessidade de subsistência. Os elementos naturais do terreno, ora
acidentado, ora plano, o sol e o vento conferem matizes de cor e de formas que
a fotografia artística de Martin Gschlachat potencia em maravilhosas tomadas de
vista de uma Europa que nenhum de nós jamais viu. Mesmo as tempestades, os
mares gelados e os intensos ventos predominantes naqueles tempos, estão bem
retratados na sua violência devastadora que podemos aceitar como válida,
considerando os desmandos climáticos que atualmente conhecemos em todo o mundo.
A história gira em torno de
uma tribo de caçadores, e da família do chefe, Tau (Jóhannes Jóhannesson) que prepara
a emancipação do seu filho Keda (Kodi Smit-McPhee) para a futura liderança da
tribo. Aqui começam para mim os grandes problemas deste filme pois as suas expressões
faciais são compatíveis com as de um barbudo empregado bancário para o Sr. Tau
e de um jovem adolescente prestes a entrar na universidade para Keda. 20 000
anos atrás do nosso tempo corresponde á época do Pleistoceno Superior, no período
Quaternário da escala de tempo geológico. Nesta época dá-se a evolução do Homo
erectus que apareceu no Pleistoceno Médio, para o Homo sapiens Neanderthalensis,
anterior ao período do Holoceno onde está contida toda a história evolutiva do
ser humano moderno referido como Homo Sapiens Sapiens, mas ainda assim, um
primata de feições simiescas e não os rostos “docinhos” de feições corretas como
são apresentados neste filme.
Por outro lado os comportamentos
sociais nesta época deveriam estar ligados ao grande desafio da sobrevivência e
da estrita manutenção das necessidades básicas, muito diferentes das preocupações
que nos são apresentadas para a família nuclear desta história. Este filme
tenta reportar-nos a origem dos animais domésticos na vida dos humanos e seja
qual for a verdade, a fábula que nos é contada pode em alguns pontos tocar
nessa verdade o que já será muito bom, mas por favor contem-nos isso através de
personagens credíveis se faz favor, 51 milhões de dólares mereciam ser gastos
com maior rigor.
Classificação: 5 numa escala
de 10
1 comentário:
Nunca tinha ouvido falar deste filme, mas a premissa da história de como surgiu o cão, o melhor amigo do homem, deu-me curiosidade para ver o filme, mas depois li o resto da sua opinião e já nem sei se vale a pena ver... Também aprecio rigor nos filmes que vejo, caso não se trate de um filme de fantasia é claro.
Mundo da Fantasia
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