Sinopse
Numa pequena cidade do estado de Massachusetts, USA,
quatro raparigas do ensino secundário decidem fazer um ritual na tentativa de
desmascarar o mito de Slender Man.
No meio do ritual, uma das raparigas perde-se
misteriosamente, fazendo com que as colegas acreditem que esta foi, de facto, a
última vítima de Slender Man.
Opinião
por Artur Neves
De todas as assombrações que
pululam na sociedade dos Estados Unidos da América (a presidência de Donald Trump
é apenas a mais recente embora noutro contexto) o mito do “The Tall Man” já deu
origem a várias realizações em cinema, sendo a última de 2012, rebatizada em
Português com o nome; “O Homem das Sombras” mas corporizando a mesma história
de um ser longilíneo, com movimentos lentos, misto de humano e vegetal que
encanta crianças e jovens para posteriormente os abduzir, do meio a que
pertencem.
Desta vez, que em Portugal foi
adotado o nome original do filme; “Slender Man” (Homem Alto, no sentido de bem
proporcionado, esbelto) conta-se a mesma história, modernizando-a com as novas
tecnologias, tais como, um vídeo através do qual se faz a cativação das jovens,
troca mensagens de telemóvel entre as jovens e uma conta desconhecida mas
conotada como o “Slender Man”, uma bateria de vídeos descoberta na internet que
documentam anteriores abduções, no sentido de criar o ambiente propício para a
evocação do mal e das suas consequências.
A banda sonora, elemento
fundamental na criação do ambiente conduz-nos igualmente à atmosfera de terror
que se pretende criar, só que, tomando como seus todos os truques e twists de argumento estafados noutras
apresentações, que normalmente têm conduzido à inquietação e suspense do espetador, transmite-nos aqui
uma sensação de déjà vu, em vez de
inquietação. Os efeitos especiais utilizados também já os vimos noutros
contextos e noutras histórias não acrescentando por aí qualquer valor a uma
história que se fundamenta num mito sem qualquer explicação, nem que seja esotérica,
e que se afirma apenas porque sim, na cabeça das púberes meninas do secundário
que por não serem convidadas para a festa dos rapazes da sua preferência, reúnem-se
na casa de uma delas e entretêm-se com a evocação desta entidade mítica.
É com esta história simples
que Sylvain White, nascido e criado em Paris, formado na Sorbonne (quem
diria!...) e posteriormente graduado em produção de cinema em Los Angels, autor
de alguns filmes interessantes, tais como; “La Marque des Anges Miserere”, em
2013 e “The Americans”, 2017-18, mini serie de 2 episódios para a televisão não
estreada em Portugal, nos apresenta a sua versão deste mito urbano que
acrescenta muito pouco ao cinema de supense
e de terror que tem os seus pergaminhos para manter os aficionados do género. É
uma estória, com pouca história, para fazer história, veja se quiser, está por
sua conta.
Classificação: 4 numa escala
de 10
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