23 de janeiro de 2018

Opinião – “Maze Runner – A Cura Mortal” de Wes Ball

Sinopse

Em “Maze Runner: A Cura Mortal”, Thomas lidera o seu grupo de Clareirenses na sua última e mais perigosa missão. Para salvar os seus amigos, eles devem invadir a lendária Última Cidade, um labirinto controlado pela CRUEL que pode vir a ser o labirinto mais mortal de todos. Qualquer um que consiga sair de lá com vida, receberá respostas às perguntas que os Clareirenses têm feito desde que chegaram ao labirinto.

Opinião por Artur Neves

Na sequência de “Maze Runner – Correr ou Morrer” em 2014 e “Provas de Fogo” em 2015, surge agora mais este filme em 2018 que embora sem dar declaradamente continuidade às histórias anteriores cumpre o conteúdo do 3º livro desta saga de: James Dashner, escritor de histórias de ficção especulativa, histórias infantis e de fantasia para crianças e adultos.
Deste modo, este 3º filme repleto de aventura e de efeitos especiais, recheado de ação e conduzido pela mão de Wes Ball, também realizador dos dois filmes anteriores, inclui sequências de perder o fôlego quer pela sua ousadia de representação como pela impossibilidade de ocorrência real. Como o fim último é o entretenimento e a fruição de uma aventura improvável num mundo distópico, tudo é permitido e o espetador deve saber ao que vem e intuir o que o espera.
De livro para livro as histórias não apresentam propriamente uma sequência de eventos nem um fio condutor, mas são desempenhados pelos mesmos personagens que nos filmes, Wes Ball conseguiu que fossem sendo interpretados pelo mesmo lote de atores que decorrente do seu crescimento como pessoas, implica diferentes relações entre si nas ações em que estão envolvidos.
A história é muito simples, como convém em filmes que privilegiam a componente visual da ação e da aventura que neste filme toma grande dimensão potenciado pela sua realização em 3D. Trata-se de combater a instituição CRUEL, que escraviza humanos saudáveis para servirem de cobaias nos testes de desenvolvimento de uma vacina e de um antídoto para combater um vírus que transforma os humanos em zombies, mas não a disponibilizando universalmente para assim conseguir um controlo seletivo de raça e de espécie, de acordo com as suas necessidades de domínio hegemónico, efetuando uma segregação discricionária e injusta.
Tenho recebido vários comentários de pessoas que não são sensíveis às imagens estereoscópicas produzidas em filmes com tecnologia 3D e lamento que assim seja porque esta técnica está particularmente adequada a filmes de ação como este em que metade do seu interesse reside precisamente no reconhecimento da tridimensionalidade dos objetos que inserem o espetador na história, tornando o espetáculo mais imersivo do ponto de vista visual. Para além disto, o que fica é realmente muito pouco, uma história poucochinha de um amor atraiçoado, uma aliança entre machos que se entreajudam e emocionantes aventuras e batalhas que devem parte do seu fulgor à tecnologia 3D, sem a qual parecerão banais.

Classificação: 4 numa escala de 10

1 comentário:

Clayci disse...

eu não consegui me prender na franquia.
Não li os livros, mas lembro que me decepcionei quando vi o primeiro filme. Me disseram para dar uma chance para a leitura e pretendo fazer isso um dia <3

Beijos