20 de abril de 2022

Opinião – “O Homem do Norte” de Robert Eggers

Sinopse

Baseado na obra de Shakespeare, Hamelt e a lenda viking de Amelth, O Homem do Norte segue uma história de vingança e loucura de um príncipe. Se passando no ápice da Landnámsöld, no ano de 914, o príncipe Amleth (Alexander Skarsgård) está prestes atingir maioridade e ocupar o espaço de seu pai, o rei Horvendill (Ethan Hawke), que acaba sendo brutalmente assassinado. Amelth acaba descobrindo que seu tio é o culpado, mas sem sequestrar a mãe de Amleth primeiro. O menino então jura que um dia voltaria para vingar seu pai e matar seu tio. Vinte anos depois, agora Amleth, um homem viking que sobrevive ao saquear aldeias eslavas, conhece uma vidente. Ela por sua vez o lembra que chegou a hora de cumprir a promessa que fez há muito tempo atrás: salvar sua mãe, matar o tio e vingar o pai. O Ex Príncipe então parte para uma odisseia em busca do tio.

Opinião por Artur Neves

Este diretor americano, Robert Eggers, quase especializado em shortes e filmes de curtas dimensão apesar de bem qualificados no assunto e na baixa preço, teve aqui com este “O Homem do Norte” o privilégio de nos oferecer a visão dele de 140 minutos sobre o conto das Valquírias e dos corvos de Odin da lenda viking de Amelth escrita por Shakespeare em sequência ao que melhor já fez em “The Witch” de 2015 e “O Farol” de 2019. Com este conto recheados de coragem passados no ano de 895 DC, bem no advento do homem em busca da sua própria criação e da sua própria evolução, seus outros anteriores filmes já referidos com histórias algo estranhas, este aqui surge-nos como mais previsíveis e diretos como a sinopse pode ajudar-nos na sua na sua direta observação sobre a história.

A história procura o advento escandinavo com este “Homem do Norte” partilhado por Eggers e Shakespeare contada em forma de lenda formatando-os mais como cavaleiros das trevas, descrito pelo poeta islandês Sjón e composto por Eggers, que abraçado ao seu objetivo de constituir um filme quanto absurdo e densamente pesado, compelidos por magias que nos são comunicadas pelos piores personagens de todos eles. No fundo, esta história é de crianças, que não tendo um ensinamento escorreito da verdade que os cerca, constroem para si, á custa dos seus medos, a verdade em que os persegue e conta os inimigos quem têm de lutar. Para disseminar a sua reação ao longo do tempo a história é contada por capítulos que vai distribuir os eventos com que eles têm de lutar.

A história começa no ano 895 DC em que o rei Aurvandil (Ethan Hawke) é assassinado numa luta com o seu próprio irmão Fjölnir (Claes Bang) vindo a saber-se que eles não são irmãos reais. Amleth (Oscar Novak), ainda numa fase de crescimento e cujo prescrição de transcrição de crescimento irá transformar-se no guerreiro com a alma negra por vingança em Amleth (Alexander Skarsgård) transformando-se num ser de coração de ferro na terra de Rus. As crenças dele acordam no sonho com associações tais como; “Vou vingar o meu pai”, “Eu vou salvar a minha mãe” “Eu vou vingar Fjölnir” que para ele ocupa o pior que ele pode conceber, sem todavia saber que a verdade está longe do que ele construiu na vida que viveu até ali. Na mente dele, em que os muitos embates são recriados, os personagens de seus rivais são identificados por faltas de pares do seu rosto, enquanto as chaves esvoaçam ao fundo e saboreiam as sua vitórias ao sabor do sua vitória no solo lamacento e sujo.

Todo o sonho e o plano e Amleth para a sua vingança que ele não sabe definir porquê baseia-se sempre nas suas ideias que ele não sabe contar a si próprio. O encontro com Olga da Floresta de Bétulas (Anya Taylor Joy) na altura em que ambos estão presos e ele pretende vence-los no consumar a sua vingança, Olga sente que ele é o preferido dela sem saber no fundo a sua história. Afinal sem surpresa e para ela até se sente estranhamente familiar. Toda a história parece recompor-se pelo desejo de Olga que vê naquela união a sua vingança e recomeço e uma vida.

Todo o filme é levado com um poder de história que não estamos habituados a conceber, tem interesse, está bem feito e exige de nós alguma paciência para o ver. Não é um flime para todas as idades, mas vê-lo e interessante.

Tem estreia prevista em sala dia 21 de Abril

Classificação: 7 numa escala de 10

 

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