Sinopse
O Banco da Espanha não se
compara a nenhum outro. Um banco absolutamente impenetrável; que nunca ninguém
conseguiu assaltar. Não há projetos, nem há mapas. Não há dados sobre o engenho
do cofre. É um mistério total. Além disso, o chefe de segurança guarda o banco
ferozmente, como se a sua vida dependesse disso. Este emocionante desafio
desperta a curiosidade de Thom (Freddie Highmore), um génio decidido a conhecer
os segredos do cofre e chegar às profundezas do banco.
O alvo é um tesouro há muito
perdido que só ficará guardado no banco por apenas dez dias. Liderada por
Walter (Liam Cunningham), o carismático especialista em arte, a equipa tem
apenas dez dias para preparar o assalto e realizar uma fuga nunca vista. Dez
dias para planear, mas apenas noventa minutos para cumprir o plano: os noventa
minutos da final da Taça do Mundo que atrairá para a porta do Banco da Espanha
centenas de milhar de pessoas. Começou a contagem decrescente!
Opinião
por Artur Neves
Só comparável aos filmes da
“Missão Impossível” de outros tempos ou à saga “Oceans”, esta história
constitui um excelente thriller que
se prepara para ter continuação considerando o seu fim que aponta já na próxima
direção.
Trata-se da preparação de um
assalto ao banco presumivelmente mas seguro do mundo em que uma equipa de
especialistas em várias modalidades precisa da contratação de um “cérebro” para
resolver os problemas mais simples, mas nem por isso menos importantes e
fundamentais, para a realização do assalto. Eles possuem a tecnologia mais
sofisticada, a experiencia, o planeamento, a capacidade de realização e a
audácia, que esbarra num mecanismo de proteção desconhecido que só uma
inteligência humana descomprometida pode combater e anular.
“O assalto à Casa Forte”
desenvolve o princípio de que tudo o que é seguro pode ser violado, desde que
haja vontade, empenhamento e a conjugação sincronizada de esforços no sentido
da operação. Temos a sensação de já ter presenciado cenas e cenários
semelhantes, mas o filme desenvolve-se com suficiente agilidade e eficiência
que nos envolve nas suas premissas tornando agradáveis e emocionantes todos os
118 minutos de duração.
A equipa de Walter (Liam
Cunningham) que detém a ideia e os motivos para roubar os dados que ele
encontrou no fundo do Mediterrâneo, no interior do galeão afundado é composta
por James (Sam Riley), o mergulhador temerário que arranca o segredo do fundo
do mar, a mestre dos disfarces com nervos de aço Lorraine (Astrid
Berges-Frisbey), protegida de Walter, Simon (Luis Tosar), um veterano de feitio
agradável, sentimental e confiável, o mestre dos hackers de computador, tipicamente alemão Klaus (Axel Stein) e o
elemento extra tão fundamental como todos os outros Thom Laybrick (Freddie
Highmore), de tendência rebelde, recentemente formado em engenharia que rejeita
contratos de trabalhos com seis dígitos de remuneração, apenas porque não sabe
se se sentirá bem na função oferecida, ou porque simplesmente não está para ali
virado, mas aceita o desafio de um desconhecido que o convida a mudar a sua
vida para sempre sem lhe revelar como, e que o cativa com o envio de um
misterioso texto de aliciamento em que omite a possibilidade de fortuna segura
ou prisão para sempre.
Constituída a equipa
segue-se a preparação minuciosa do assalto que revela contratempos inesperados,
só ultrapassáveis com a drástica limitação do tempo disponível para a ação,
aproveitando o jogo da final do campeonato do mundo entre a Espanha e a Holanda
que provocará a polarização da atenção de todas pessoas no jogo em progresso.
Para amenizar a história
esboça-se um romance entre Thom e Lorraine que promete, mas a cena é de
aventura, filmada elegantemente em widescreen
por Daniel Aranyo que lembra as movimentações internacionais das histórias dos “Oceans”,
bem como a sua estimulante banda sonora potenciando a intensidade do suspense. Como nada é perfeito temos
ainda a traição de um dos membros do grupo, que toma em suas mãos um destino
próprio e terá repercussões nos próximos capítulos. Para já constitui uma boa
aventura de verão, com perigos vários e o espírito de camaradagem necessário
para nos animar em mais este ano de chumbo em que as preocupações ainda não
terminaram. Muito interessante proporcionando bons momentos de diversão.
Tem estreia prevista nas
salas em 12 de Agosto, é de aproveitar.
Classificação: 7 numa escala
de 10
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