Sinopse
Quando
um furacão de grande magnitude ameaça Porto Rico, um polícia (Emile Hirsch)
tentando recuperar de uma tragédia em Nova Iorque, entra em serviço de
evacuação com uma nova parceira (Stephanie Cayo).
A dupla chega a um complexo
de apartamentos, quando um criminoso chamado John the Baptist (David Zayas)
entra numa senda assassina para chegar a um tesouro de arte de valor
inestimável. Mas quando um ex-polícia (o vencedor do Óscar, Mel Gibson) e a sua
filha (Kate Bosworth) entram relutantemente em cena, a Polícia terá de subir
aos andares mais altos para se manter à tona, numa armadilha mortal de cimento.
À medida que as águas das cheias sobem, só a ferocidade e o poder de fogo podem
domar esta Força da Natureza.
Opinião
por Artur Neves
Depois de em 2018 nos ter
deliciado com um thriler de mão
cheia; “Na sombra da Lei” eis que Mel Gibson nos brinda com este série “B” onde
desempenha o personagem de um polícia doente, velho e birrento em busca de um aparelho
de hemodiálise que ele se recusa a utilizar no hospital mais próximo.
A sua filha médica Dra. Troy
(Kate Bosworth), é quem o assiste em casa, tentando convencê-lo a abandonar o
domicílio, decorrente da aproximação de uma tempestade grau 5 que porá em risco
a manutenção da alimentação eléctrica ao edifício de apartamento, ou mesmo a
toda a cidade de Porto Rico, inviabilizando o tratamento que Ray (Mel Gibson)
que recusa a aceitar num hospital.
Todavia, outros condóminos
do mesmo edifício igualmente se recusam a abandoná-lo embora por outros motivos,
pelo que a dupla de polícias Cardillo (Emile Hirsch), longe dos dias de glória
de “O Lado Selvagem” de 2007) e Jess Peña (Stephanie Cayo), uma polícia latina
para facilitar a comunicação em espanhol, são encarregues de concluírem a
evacuação do edifício.
Não contam é com a ideia
peregrina de João Batista (David Zayas) em invadir o mesmo edifício durante o
furacão para recuperar uma fortuna em arte na posse de Bergkamp (Jorge Luis
Ramos), um ex-oficial alemão pertencente ao exército nazi, refugiado em Porto
Rico que guardava aquela fortuna até ela lhe poder ser útil depois de uma transacção
que preparava há muitos anos.
É este o argumento de “Força
da Natureza” que saiu da pena de Cory Miller, um argumentista com experiência
de investigação no departamento de Assuntos Internos da NYPD, cujos casos
usados em cinema já nos deram boas histórias, embora a milhas desta, que apesar
de tudo provocou algum furor durante as filmagens mas cujo produto final se
perfila como um lamentável e confuso flop,
com criminosos especialistas em arte e outros personagens com diferentes histórias
de bastidores que se tentam colar numa estória coerente.
Para complicar, ainda inclui
um animal selvagem, apenas visto de relance num salto, do qual não se conhecem
as consequências diretas, apenas se podendo inferir que terá neutralizado João Batista
e que este, ou o seu capanga armado, o matou com vários tiros. Contudo também
ficamos na ignorância de qual terá sido o destino deste.
Toda a intriga aparece
forçada, arrastada, pouco verosímil, nem sequer sugerindo que o realizador Michael
Polish estivesse verdadeiramente interessado com o realismo da história, desenvolvida
por personagens que não mostram grande talento para o suspense, incluindo Mel Gibson que nos tem apresentado coias muitos
boas e muito mazinhas como esta.
É assim um série “B” de acção
violenta para desviar a atenção do enredo frágil, que se distingue pela criação
de ambientes particulares e especificamente coloridos em cada um dos
apartamentos envolvidos, todavia isso é pouco como história e como
entretenimento.
Este filme tem estreia prevista
para 20 de Agosto nos cinemas NOS.
Classificação: 4 numa escala
de 10
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