Sinopse
Enquanto
tenta garantir que o dia do casamento de sua irmã corra bem, Jack (Sam Claflin)
encontra-se a fazer malabarismos de socialização com uma ex-namorada zangada,
um convidado não convidado que aparece com um segredo explosivo, um sedativo
fora do destinatário do sono e a garota que perdeu, devido à sua primeira
declaração falhada de amor.
À medida que se desenrolam
versões alternativas do mesmo casamento, Jack procura o seu próprio final feliz
com o acaso ditando seu futuro e o de todos os presentes.
Opinião
por Artur Neves
“Amor, Casamento, Repete”,
numa tradução à letra do título original, é um filme que utiliza o artifício de
voltar atrás no tempo para nos mostrar uma segunda versão da história
inicialmente contada. Tem sido utilizado em vários filmes e do meu ponto de
vista não acrescenta valor nem qualidade significativa à história, correspondendo
a uma fantasia improvável, muitas vezes destinada somente a adicionar tempo à
duração do filme.
O casamento em questão no
filme é o de uma noiva inglesa; Hayley (Eleanor Tomlinson) irmã de Jack,
com Roberto (Tiziano Caputo) italiano pertencente a uma família tradicional que
à partida não vê com muito bons olhos aquele enlace, pelo que é importante que
Hayley se afirme sem mácula naquele dia, para o qual ela pede ao irmão para
zelar para que tudo corra o melhor possível.
Claro que tudo pode correr
mal porque Marc (Jack Farthing), um ex namorado de Hayley, viciado em cocaína,
está presente sem ser convidado, na tentativa de a reconquistar estando
disposto a destruir toda a cerimónia com todos os meios ao seu alcance, para lá
de um segredo que ameaça revelar. É para tentar neutralizá-lo que Jack mistura
um soporífero forte ao champanhe de Marc, que por acidente vai ser bebido por
Bryan (Joel Fry) a relutante “dama de honor” de Hayley que terá de fazer o
discurso de casamento.
Para compor a cena temos
ainda a ex namorada de Jack; Amanda (Freida Pinto) descontente com o seu novo e
inseguro namorado Chaz (Allan Mustafa), a querer reconquistar Jack que desta
vez não quer perder a oportunidade de revelar o seu amor a Dina (Olivia Munn) antes
que seja tarde demais.
Nas situações mais decisivas
surge a voz de um Oráculo a falar-nos em off
sobre o amor, o acaso e a incerteza das decisões humanas, dependente por
exemplo da troca dos nomes nos lugares das mesas, pelos miúdos traquinas que
acompanham os pais naquela festa e nos faz reviver o mesmo dia do casamento com
a mesa organizada de maneira diferente para conduzir a um resultado diferente sendo
aqui que a repetição tem lugar.
Dean Craig que já nos
mostrou o seu talento de argumentista em; “Morte num Funeral” de 2007 e no remake americano de 2010, tenta aqui uma
variação esdrúxula da sua história de sempre não completamente conseguida,
embora os assuntos desempenhados por personagens acessórios causem situações
divertidas e peculiares em incidentes estudados para prenderem a nossa atenção
em todo o filme que não passa de uma mediania vulgar.
Todavia, temos também de
reconhecer que nestes dias sombrios não é má ideia fornecer-nos motivos de
descontração e de brincadeiras alegres que nos façam esquecer, ainda que por
breves momentos a monotonia dos dias mais iguais que outros anteriormente
vividos. Esta comédia de constrangimento social pretende ser engraçada o
suficiente, na sua simplicidade de tema, sobre um casamento complicado,
realizado num pitoresco cenário italiano, acompanhado por peças operísticas de divulgação
generalizada e piadas irónicas de diferentes géneros. Disponível na Netflix
desde 10 de Abril.
Classificação: 5,5 numa
escala de 10
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