Sinopse
Mara (Sarah Hyland)
é uma jovem despreocupada de 27 anos, com a aspiração de ser fotógrafa.
Após conhecer Jake (Tyler James Williams) no Tinder, uma relação inesperada
começa a formar-se. Tudo corre bem até que os convites de casamento começam a
chegar. Um pesadelo para Mara, mas Jake está empolgado. Os namorados decidem a
quais casamentos assistir e embarcam numa aventura de um ano juntos. Com o
avançar da temporada, Mara encontra inspiração para as suas fotos. Sete
casamentos depois, e aprofundada a relação, Jake pede-a em casamento mas Mara
acaba a relação. Enquanto Jake constrói uma nova vida, Mara transforma
finalmente a sua paixão pela fotografia numa carreira, mas sem esquecer Jake.
Opinião
por Artur Neves
Mais uma vez temos aqui uma
comédia romântica que não constituirá referência no mundo da sétima arte, mas
poderá ser interessante quando daqui a uns tempos passar numa sessão vespertina
de cinema em televisão. Com dois anos de projeção em sala, ou menos, as
distribuidoras tentam rentabilizar o investimento dessa maneira e aí poderá ser
visto com alguma nostalgia, sonho e talvez, até interesse.
Mara, é uma jovem auto
realizada que não teve no relacionamento dos seus pais um exemplo de sucesso, é
uma moça extrovertida que tenta gozar a vida sem grandes preocupações nem
compromissos, encontra Jake numa plataforma de encontros, com o objetivo deste
lhe pagar um jantar que ela goste.
Porém, durante a conversa estabelecida
entre ambos nesse encontro reconhecem pontos comuns nas suas visões sobre a
vida, o futuro, os objetivos que perseguem e resolvem prolongar o seu conhecimento
em dimensões mais íntimas, usufruindo os benefícios mútuos da relação mas sem estabelecerem
quaisquer compromissos que os vinculem, situação que Mara encara como uma piada
de mau gosto considerando o passado dos seus pais.
Jake, por seu lado, não tem
nada a contrapor e deixa-se ir, vivendo despreocupadamente os dias até que Mara
o convida para a acompanhar e uma série de casamentos de suas amigas que se
realizarão sequencialmente nos meses seguintes. Aqui o filme ganha alguma dinâmica
com a multiplicidade de situações criadas pelas pessoas e pelas suas escolhas,
mas nada que empolgue o espectador, exceto, que a tão esperada “chispa do amor”
finalmente salte entre ambos como que induzida pelas sucessivas experiências a
que assistimos.
Creio eu que Robert Luketic,
realizador Australiano, apenas pretendia com este filme uma história de entretenimento
generosa, de humor fino, fluindo em bom ritmo em várias sub-histórias semelhantes
às apresentadas até aqui na sua carreira, exceto em “21 – A Ultima Cartada” de
2008 com um cariz mais sério num ambiente de casino e jogos de azar mas
igualmente com o mesmo espírito inocente dos ideais românticos.
Dito isto, não se pense que
a nostalgia de um sentimento passado seja o único motivo para assistir a este
filme, pois Mara apresenta-se como uma mulher decidida e madura, que sabe o que
quer, rejeita liminarmente o pedido de casamento de Jake mas… depois, na
solidão do seu espírito e fazendo o balanço de tudo o que lhe aconteceu e experienciou,
ela procura uma razão para sabotar a apetência do seu relacionamento com Jake,
mas sucumbe, aceitando o clichê do seu melhor amigo, gay, Alex (Matt Shively)
que assume um casamento feliz.
No seu todo é um filme
modesto, tem momentos cómicos, graça e encanto pelos personagens criados. Tem momentos
emocionantes que parecem genuínos e conta uma história de vida que não
constitui qualquer surpresa.
Classificação: 5 numa escala
de 10
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