Sinopse
Os Bad Boys, Mike Lowrey (Will Smith) e Marcus Burnett
(Martin Lawrence) estão de volta para uma última viagem juntos no muito
antecipado “Bad Boys para Sempre”
Opinião
por Artur Neves
Este é o terceiro filme de
uma mini série (mini se ficar por aqui, bem entendido) começada em 1995 com
“Bad Boys” em que a dupla Will Smith e Martin Lawrence assenta arraiais e
prossegue com “Bad Boys II” em 2003 repetindo a dose de aventura, pancadaria e
muitos tiros, no combate aos malfeitores instalados no mundo da droga, ambos
realizados por Michael Bay e produzidos por Jerry Bruckheimer que também produz
os CSI’s, Las Vegas, Miami e outros filmes para televisão que eu caracterizo
como “séries de filmes a metro”.
Desta vez retoma-se o tema
mas com mais distânciamento, a idade já é outra, estão ambos mais próximos da
reforma e embora a ação seja muita e o argumento apresente muitas notas de
comédia e de verdades sobre a vida, sente-se o cansaço dos personagens. É como
uma revisitação a um lugar onde ambos foram felizes, na esperança que esses
momentos então vividos reapareçam, não obstante a predisposição já ser
diferente.
Nesta história Mike Lowrey e
Marcus Burnett estão ensaiando uma corrida em direção ao hospital onde está
prestes a nascer o neto de Marcus, que agora se tornou homem de família ao lado
da sua esposa Therese (Theresa Randle) e da filha Megan Burnett (Bianca Bethune),
quando aparece uma mota em alta velocidade, cujo condutor dispara dois tiros em
pleno peito de Mike que o conduzem ao hospital entre a vida e a morte.
Consternado, Marcus
encomenda o amigo a todos os santos e ao próprio Deus, pedindo pela vida de
Mike, que recupera seis meses depois e nos aparece com a mesma garra e os
mesmos interesses de sempre, desejoso de fazer justiça e de reocupar o seu
posto de polícia no ativo. Só que Marcus não está para aí virado e tenta
convencer Mike a deixar esse trabalho para os atuais especialistas, Rita (Paola
Nuñez) responsável por uma elite de investigadores com outros meios e outras
técnicas diferentes das que eles estavam habituados.
O sempre irritadiço Captain
Howard (Joe Pantoliano), não concorda com a ideia de ter Mike de volta à ação e
só depois de um grande esforço deste, concorda em aceitá-lo mas como
“consultor” e subordinado a Rita, coisa que nós logo compreendemos que não vais
ser assim porque manifestamente não está na natureza de Mike. Entre os dois
ainda surge uma chispa de olhares cúmplices mas cedo se percebe que é uma pista
falsa para aquela história.
A busca pelo responsável do
atentado a Mike começa e ficamos a saber que se chama Armando (Jacob Scipio) é
filho de uma bruxa mexicana, Isabel Aretas (Kate del Castillo) que está
obcecada em matar Mike por razões que constituem o twist principal da história com uma surpresa, que mantém a ação em
bom nível, sempre com uma vertente de comédia que ameniza o ambiente.
Esta sequela é realizada por
dois realizadores, nomeados como "Adil & Bilall", uma dupla de
realizadores Belgas da nova geração que espalham adrenalina e cenas de família numa
história com origem na “fábrica” de Bruckheimer que com certeza não a tinha
pensado assim, mas convenções à parte, acaba por ser a sequela mais conseguida
da mini série e considerando que o epítome “para Sempre” permite intuir um fim,
ou uma constância de continuidade, ficaremos expectantes sobre qual das duas
hipóteses se verificará no futuro.
Classificação: 6 numa escala
de 10
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