Sinopse
Baseado na
história real que originou a “Síndrome de Estocolmo” em 1973. Um dos assaltos
mais famosos de todos os tempos.
Como será
ser mantido refém de um assalto a um banco durante 6 dias e criar laços
afectivos com o assaltante e sequestrador? Foi o que aconteceu em 1973 num
banco em Estocolmo.
Lars
Nystrom, um ex-condenado, mantém reféns os funcionários de um banco de
Estocolmo enquanto negocia com a polícia – além do dinheiro, o assaltante exige
a libertação de um companheiro de crime.
Este filme é baseado numa história verdadeira: o
assalto de seis dias ao banco sueco Kreditbanken. Ocorrido em 1973, tornou-se
um dos mais falados de sempre e deu origem ao termo “Síndrome de Estocolmo”, o
qual define o estado psicológico de alguém, submetido a um tempo prolongado de
intimidação que passa a ter simpatia pelo agressor.
Opinião
por Artur Neves
Tal como descrito na sinopse
sobre o significado da “Síndrome de Estocolmo” este filme conta como correu o
assalto ao Kreditbanken em Estocolmo
em 1973 realizado por um cidadão que se barricou no cofre-forte do banco
durante quatro dias, sequestrando três funcionários e requisitando a ajuda de
um outro malfeitor seu amigo de infância, que na altura cumpria pena numa
prisão Sueca.
O assalto, o sequestro, a
atitude da polícia e do governo Sueco, cujo primeiro-ministro era o famigerado
Olof Palme, posteriormente assassinado num segundo mandato, foi completamente
errática e absurda de ambos os lados, tendo-se praticado erros gritantes tanto
pelo assaltante que se apresenta disfarçado de um famoso assaltante de bancos,
Jan-Erik Olsson, como da polícia e de toda a organização de segurança que nunca
foram capazes de apresentar uma estratégia credível para conter os danos ou
neutralizar o assaltante.
É pois neste ambiente
caótico, em que Lars Nystrom (Ethan Hawke) igualmente sem qualquer plano ou
estratégia para perpetrar o assalto, demonstra mais cuidados e atenções para os
três sequestrados, comparativamente com a atitude da polícia donde só vêm
atitudes avulsas de consumo de tempo, em colaboração com o governo que não privilegia
a segurança dos sequestrados, que se acende a centelha do amor entre Lars e
Bianca (Noomi Rapace) uma das sequestradas, mãe de dois filhos que verifica sentir
mais confiança com o seu captor do com as atitudes irracionais da polícia que
não hesita em procurar soluções que só complicam a situação dos sequestrados.
Na realidade a história é de
tal modo confusa e surreal, que não pode ser levada a sério nem pelos seus próprios
intervenientes dando lugar ao desenvolvimento de outros sentimentos por parte
dos sequestrados, não só com artifício psicológico para criar uma ilusão de
segurança que apazigue a sua ansiedade intrínseca, como pela constatação que a gentileza
dos sequestradores é mais atenciosa e amistosa do que a total inépcia da polícia.
Deste modo, todas as
tentativas de libertação são interpretadas como ameaça, considerando que no
ambiente do banco não se vive drama, violência ou tensão, excetuando a profunda
atrapalhação de Lars que não sabe mais como sair daquela situação.
O cinema já tem abordado
esta temática por outro prisma onde se torna menos aceitável a manifestação
desta síndrome, mas aqui, no evento onde surgiu o conceito, a sua ocorrência parece-me
linear e óbvia numa história que se vê com agrado, tem graça pelo absurdo e que
acaba com os sequestrados a protegerem com o seu corpo, o sequestrador, dos
atiradores da polícia. Interessante e divertido.
Classificação: 7 numa escala
de 10
2 comentários:
O que gostei mais neste filme foi da interpretação do Ethan Hawke. A reconstituição da época também me pareceu interessante, é um filme simpático mas podia ter sido melhor. Desconhecia que tinha sido este o assalto que deu origem ao sindroma de Estocolmo. A história é realmente absurda e o filme acaba por ser difícil de catalogar pois não é bem uma comédia mas também não chega a ser um verdadeiro drama!
Oi!
Fui ver este filme com a minha filhota e gostámos, apesar de não ser nada de extraordinário. Concordo com a pontuação que lhe dás.
Um beijinho
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