Sinopse
Lara, uma
adolescente, e Cooper (Ben Kingsley), um homem de meia-idade, formam uma equipa
improvável, dando caça a predadores sexuais. Lara é o isco, Cooper atua depois.
Contudo,
quando um dos predadores os engana e consegue raptar Lara, Cooper é obrigado a
incluir o Detetive Walter Marshall (Henry Cavill) e os recursos da polícia na
caça ao homem. Com esta ajuda, eles conseguem localizá-la e prender o raptor
louco, Simon, que insiste que tudo aquilo é um “jogo” que estão todos a jogar.
Quando desaparecem mais duas raparigas e Simon
consegue fugir da esquadra, Marshall e Cooper terão de se unir numa luta contra
o tempo para encontrar as vítimas e tentar descobrir a verdade escondida…
verdade essa que esteve sempre diante dos seus olhos.
Opinião
por Artur Neves
“Nomis” também designado na
origem por; “Night Hunter” e que pode ser traduzido por; “Caçador da Noite” é
um thriller psicológico que junta na
sua história diversos aspectos já abordados individualmente no cinema em diferentes filmes, como o recente “Glass” de 2019 de M. Night Shyamalan, que é em si mesmo
uma sequela de; “Fragmentado” de 2016, em conjunto com “O Protegido” de 2000
também de M. Night Shyamalan. Não é que isso tenha algum mal, os bons temas
devem ser recriados, se isso for possível, acrescentando-lhes outros elementos
que valorizem a história inicial no aspeto da manutenção do interesse do
espectador e dentro de certos limites este filme consegue isso embora com
algumas fragilidades.
A história centra-se me
torno dos predadores sexuais, das suas taras, dos seus métodos de atuação, das
suas motivações imediatas e remotas que os levam aos comportamentos desviantes
que constituem o desenvolvimento da acção. Este filme não foge à regra do suspense, do condicionamento
psicológico, da acção policial na perseguição dos suspeitos, só que adiciona
elementos novos na constituição do principal suspeito que introduz alguma
renovação ao tema.
Todavia, por falta de
orçamento ou de rasgo por parte do realizador as cenas mais empolgantes são
criadas sem que para isso sejamos avisados da totalidade da acção e
encontramo-nos a pensar “como teria sido possível, isto ou aquilo”…
Então na cena final, para
que a morte dos culpados possa assumir-se como castigo divino dos elementos
naturais, considerando que até eles estão contra os criminosos, os heróis têm
de assumir uma completa inépcia na ação que antes não foi evidenciada aquando da
perseguição e caça dos suspeitos. As provas que conduzem aos responsáveis são sempre
obtidas em última instancia, de modo absolutamente fortuito e casual, pese
embora a parafernália informática ao dispor dos investigadores que só encontram
a solução quando uma inspiração, vinda não se sabem bem de onde, lhes ilumina a
mente.
David Raymond é um
realizador inglês nascido em 1979, em Londres, mas com pouca experiência no
meio a julgar pelos filmes que lhe são atribuídos no seu curriculum, a maior
parte deles como autor do argumento e menos como realizador, consegue todavia
nesta obra, contar uma história coerente, com diversos twists mal suportados mas que ainda assim mantêm uma trama
interessante e o interesse do espectador durante todo o visionamento. Vê-se com
agrado sem se tornar cansativo.
Classificação: 6 numa escala
de 10
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