Sinopse
Na sequela plena de ação desta saga de grande sucesso,
Ray Breslin (Sylvester Stallone) e Trent DeRosa (Dave Bautista) juntam-se a
Hush (Curtis “50 Cent” Jackson), para resgatar um dos membros da sua equipa foi
feito refém numa prisão conhecida como Estação do Diabo, local de onde ninguém
consegue escapar…
Opinião
por Artur Neves
Voltamos a uma nova sequela
de “Plano de Fuga” de 2013, desta vez a terceira, pois em 2018 tivemos a
segunda, bem pior do que esta, valha-nos isso, mas ainda assim insuficiente do
ponto de vista conceptual da história.
Esta sequela pelo menos tem
história, porque as duas anteriores eram meros exercícios de exibição
tecnológica de um especialista em fugas, Ray Breslin (Sylvester Stallone) que
se divertia a aceitar desafios para escapar de prisões de alta segurança, com a
ajuda de um companheiro do mesmo calibre.
Desta vez o homem lá arranja
uma história de um rapto em Chicago, da filha de um magnata de Hong Kong e
envolve a sua namorada no lote para despertar mais emoção. Ele até nem queria
que ela se envolvesse no salvamento da chinesa, mas a coitadinha insistiu e ele
condescendeu que ela integrasse a equipa. Teve azar!… foi apanhada pelo vilão
que por vingança cortou-lhe o pescoço. Mas é tudo uma sensaboria, um déjà vue, uma sucessiva criação de
situações para permitir a exibição de artes marciais, que se torna
confrangedor.
Para que não se estranhe, os
chineses são apresentados como elegantes, afinadinhos, dedicados, deslocando-se
em jato particular enquanto que Ray Breslin e os seus colegas funcionam numa
cave húmida, num escritório com aspeto apocalítico, trajando fatos de couro
sujos e gastos, embora exibam equipamento de localização de ultima geração e um
canhão portátil entregue a Trent (Dave Bautista), deixando todavia a parte de
leão da interpretação a Shen (Jin Zhang) e Bao (Harry Shum Jr.) respetivamente o
anterior e o atual guarda-costas de Daya Zhang (Melise) quando esta foi raptada,
para as cenas de maior exibição de luta.
John Herzfeld que realiza e
é coautor do argumento já nos deu melhores provas de qualidade, como em; “15
minutos” de 2001, tenta introduzir uns floreios visuais nos decors da prisão para onde o vilão levou
a sequestrada, mas nada que perturbe a monotonia pois este é uma filme para os
fans de “porrada” e é desse assunto que temos de tratar, deixando para o final
o derradeiro ajuste de contas entre Stallone e Sawa (Daniel Bernhardt), o
grande vilão, numa cena em que se notam as dificuldades físicas de Stallone,
para quem os tempos de Rambo já passaram á muito.
Fica-nos a música de fundo
que pretende acentuar o suspense,
embora sem o conseguir, pois, onde fica o suspense
de uma história previsível desde a primeira imagem. Enfim nada de novo de uma
obra que não teve (ainda, digo eu) estreia nos cinemas dos USA e foi enviada
para a Europa, porque da terra do “Tio Sam” vem muita coisa como esta.
Classificação: 3 numa escala
de 10
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