Sinopse
Esta é a história de uma das personagens mais amadas
dos X-Men, Jean Grey, enquanto esta evolui para a icónica Fénix Negra. Durante
uma arriscada missão de resgate no espaço, Jean é atingida por uma força
cósmica que a transforma no mais poderoso mutante de todos. Enquanto tenta
contar a instabilidade desse poder, e também lidar com os seus próprios
demónios, Jean perde o controlo, quebrando os laços da família X-Men e
ameaçando destruir o próprio planeta. É o culminar de vinte anos de filmes de
X-Men, em que a família de mutantes que conhecemos e amamos vai enfrentar o seu
mais devastador inimigo – um dos seus.
Opinião
por Artur Neves
X-Men é uma série de
super-heróis (seja lá o que isso for) da Marvel que inicialmente apareceu em
quadradinhos de banda desenhada mas que a 20th Century Fox passou para o grande
ecrã em 2000, subindo gradualmente a fasquia até ao 3D e IMAX-3D em que
actualmente se encontra, com uma sequência de 12 filmes que seria fastidioso
enumerar. A história anda sempre à volta de mutantes que desenvolveram
características especiais de superioridade física ou mental que colocam ao
serviço do bem e da justiça, como convém, já que para malandros existem muitos
outros e estamos fartos deles.
Desta vez e tal como a
sinopse descreve, a missão de resgate efetuada pelos X-Men foi para salvar os
tripulantes do shuttle Endeavour,
cujo lançamento correu mal devido a uma explosão solar, a que a nave dos X-Men
é imune e resiste ao calor e ao que mais se verá. A pergunta óbvia é; então se
a nave dos X-Men se desloca pelo espaço como cão por vinha vindimada, porque é
que andamos ainda com a treta dos shuttles
para vencer a força da gravidade terrestre para colocar objetos em órbita?...
Mais elementar ainda é
perguntar porque é que o filme se chama “Fénix Negra” se a actriz que a
interpreta é particularmente branca!... e como a acompanhamos desde a infância
sabemos ainda que em pequena era ruiva e sardenta!... Fénix Negra, porquê?...
Como o leitor pode inferir
não sou capaz de dar estas respostas e depois de muito pensar durante o
visionamento até fiquei cansado, pois isto de ver tanta energia a sair pelos
olhos, pelas mãos, a elevar-se para o espaço, a descer vertiginosamente para o
solo, a amachucar comboios e a lutar, cansa o mais forte e as largas dezenas de
duplos utilizados nas filmagens, tal como nomeados nos créditos finais do
filme.
O que temos aqui é assim uma
história de cordel mal-amanhada, que envolve mentiras piedosas, remorsos e
traumas de infância, recheada de bons atores (a Marvel e a Fox não deixam os
seus créditos por mãos alheias) tais como; James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer
Lawrence e outros de reconhecida competência em Holywood cujas imagens são
entregues aos desenvolvedores de efeitos especiais e de caracterização e os
transformam neste arrazoado de luz, som, riscos e cores, potenciados pelo IMAX
e pelo 3D, complementados pela música de Hanz Zimmer, aqui irreconhecível se a
compararmos com a banda sonora de “O Gladiador (2000)”, ou de “A Origem (2010)”.
Em todas as cenas tenta-se atingir o clímax do poder em abstracto, tanto quanto
o mal ou o bem estão em alta, como tal a música envolvente é sempre apoteótica,
evocativa, que somente serve o momento.
Todavia este cinema tem os
seus seguidores e os seus amantes para os quais já só esperam que o próximo
filme que lhes traga esta branca Fénix Negra novamente em ação e o
correspondente sucesso de bilheteira para a distribuidora. Para mim nem tanto,
como tal, dispenso-me de o classificar.
Classificação: _ numa escala
de 10
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