Sinopse
Um antigo soldado e marinheiro das forças especiais
dos E.U.A. torna-se em caçador de recompensas como agente externo da CIA, sendo
forçado a ir para Londres numa caça ao homem de um agente da CIA desautorizado,
o que o conduz a uma corrida mortífera com um antigo companheiro militar e o
seu exército privado.
Opinião
por Artur Neves
Este filme é um thriller de acção cheio de tiros e de
lutas, com uma boa história. Só é pena que dentro do género é mais do mesmo. Não
é um mal em si mesmo, pois dentro do mesmo género pode-se inovar e recriar
histórias surpreendentes o que todavia não corresponde ao presente caso. De novidade
apresenta a estreia no papel principal de Milo Gibson, filho de Mel Gibson, que
para uma semelhança de idade com que o pai se notabilizou no cinema, apresenta
recursos físicos mais evidentes.
O filme começa com uma acção
em Marrocos, para apresentar os personagens ao espetador, numa cena de
assassínio de um árabe, que é retido no seu próprio carro por meios electrónicos
que trancam as portas do automóvel transformando uma protecção segura numa
prisão inviolável até que o assassino cumpra a sua missão. Não sabemos quem
são, não sabemos para quem trabalham, nem porque lutam, apenas cumprem uma
missão.
Depois a acção passa para
Londres e somos informados que a próxima missão é a captura de um agente da CIA
traidor, que se pretende apoderar de uma ogiva para fins comerciais de venda a
um grupo terrorista. A missão é ultra secreta e inclui as nuances comuns no género, que se forem descobertos estão por conta
própria porque a CIA não tem nada a ver com isso.
Collins (Milo Gibson)
apresenta-se como um militar veterano de guerra no Afeganistão, apto para
diferentes formas de luta e de sacrifícios para cumprir a sua missão, apesar de
apresentar sequelas de guerra que ele compensa tomando pílulas que o acalmam
nos momentos de maior crise de nervos que lhe instabilizam a postura. A sua
preocupação principal é a família que tem nos USA, mulher e filha que ainda não
conhece. São os “condimentos” humanos da história.
O realizador e argumentista Matthew
Hope, desenvolve assim um thriller de
baixo orçamento, em Londres mas em zonas despovoadas, armazéns vazios, fábricas
abandonadas, docas e becos escuros que descaracterizam os locais da acção podendo
ser em qualquer lugar e não necessariamente em Londres. Todavia apresentam-se
lutas competentes, quer corpo a corpo, quer usando armamento sofisticado e
elevada tecnologia de detecção e rastreamento.
Os diálogos são apenas os
estritamente necessários e a única presença feminina não passa de mais um
militar sem qualquer componente romântica ou sexual, que tem um papel bem definido
inicialmente mas que posteriormente se subverte num twist infantil mas que
contribui para manter o interesse na acção que sem esses imprevistos seria
demasiado previsível e maçudo. Para além disso a linha de coerência narrativa da
história apresenta vários cruzamentos duplos e triplos que mantêm a expectativa
numa história com um grupo de profissionais competentes, mas que sabe a pouco.
Classificação: 5 numa escala
de 10
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