Sinopse
A.X.L. é um cão robótico ultra-secreto criado pelo
exército para ajudar a proteger os soldados do futuro. O nome de código
atribuído pelos cientistas que o criaram significa Ataque, Exploração e
Logística, e representa a mais avançada geração de inteligência artificial.
Depois de uma experiência falhada, A.X.L. é encontrado no deserto por um
viajante chamado Miles (Alex Neustaedter), que cria uma ligação com ele após
ativar a sua tecnologia de emparelhamento. Juntos, criam uma amizade especial.
A.X.L. ajuda Miles a ganhar a confiança que lhe falta e faz tudo para proteger
o seu novo companheiro, enfrentando os cientistas que querem recuperá-lo a todo
o custo. Sabendo o que está em jogo se A.X.L. for capturado, Miles alia-se a
Sara (Becky G) para proteger o seu novo melhor amigo.
Opinião
por Artur Neves
A história até é comum entre
um rapaz que gosta de andar de praticar motocross, a sua potencial namorada num
convencional romance para a vida (todavia sempre dependente da interpretação dos
olhos que o vêm) o rival que também pretende conquistar a menina (nestas
histórias um triangulo fica sempre bem) e o seu cão… fiel… só que aqui é que
muda tudo.
O cão é um dispositivo
robótico munido de inteligência artificial, programado como arma de guerra
letal, mas que por abandono dos seus criadores num cemitério de contentores e de
automóveis, desenvolve “sentimentos” de fidelidade e obediência ao menino que o
encontrou e de alguma maneira o “consertou” com algumas peças da sua mota,
também ela parcialmente destruída por razões que o leitor saberá se tiver paciência
para gastar tempo com filmes destes.
Só me ocorre dizer é que a
Netflix teria feito melhor se fosse dar banho ao cão em vez de nos apresentar
histórias destas que de ficção estão bem... pois isto é ficção pura, científica
nem por isso, porque os “cientistas” que produziram o cão são mais do tipo
rockeiro do que homens de ciência e misturar temas tão díspares como o amor e a
inteligência artificial numa história indigente e forçadamente lamecha não
constitui qualquer serviço de mérito que se preste ao cinema.
Não obstante podem
apreciar-se algumas cenas de motocross de antologia que divertirá os
aficionados, todavia, nada que o YouTube não mostre gratuitamente e durante
mais tempo… mas enfim os adeptos da modalidade vão encontrar aí alguns motivos
de interesse. Em tudo o resto é o vazio completo, sem rasgo, sem imaginação,
sem consistência, sem sequer faltar a submissão da menina ao rival do amor seu
coração, por viver de favor com a mãe na casa deste, numa clara evocação da “coitadinha”
dos tempos coloniais, ou dos tempos de Trumpismo que os USA atravessam, fica à
escolha do leitor.
Só me resta recomendar que vão
todos dar banho ao cão e molhem-se com ele para refrescar as ideias. A
classificação vai para os efeitos especiais que são independentes de quem os
utiliza.
Classificação: 3 numa escala
de 10
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