Sinopse
Dos confins do espaço às ruas das pequenas cidades dos
subúrbios, a caça chega em pleno na explosiva reinvenção de Shane Black. Agora
os caçadores mais letais do universo estão mais fortes, mais inteligentes e
mortais que nunca, aperfeiçoados geneticamente com o DNA de outras espécies.
Quando um rapaz acidentalmente desencadeia o seu regresso à terra, apenas uma
tripulação disfuncional de ex-soldados e um professor de ciências descontente
pode impedir o fim da raça humana.
Opinião
por Artur Neves
Podemos considerar esta
sequela como “O Predador 4” reportando-nos ao inicio da série como “Predador”
de 1987, seguido de “Predador 2” em 1990 e “Predadores” em 2010, excluindo dois
filmes que combinam predadores com aliens usando o franchising dos dois modelos existentes para criar um filme de
acção. No conceito inicial, “Predador” corporiza uma entidade vinda do espaço
exterior, chegando à terra por engano ou deficiência da máquina que o
transporta, tendo de lutar pela sua sobrevivência num mundo que lhe é estranho
e hostil. Apresenta espectaculares características de combate, mas apesar disso
sucumbe no confronto com os terrestres que o combatem.
Nesta sequela, embora
mantendo o seu poder destruidor, o primeiro Predador que chaga à terra vem
avisar-nos do perigo que corremos com a chegada dos “Predadores maus muito
maus” e deixar-nos uma arma (que cai nas mãos de uma criança que a toma como um
jogo de computador de ultima geração) para ajudar a nossa defesa, pois com os
nossos recursos no tempo presente ainda não somos suficientemente capazes para
lutar de igual para igual com a superior tecnologia que eles possuem.
Para coordenar o combate ao
alienígena constitui-se uma equipa militar de marados, cada um mais marado do
que o outro, uma equipa de cientistas que não se compreende de que lado estão,
se do lado da ciência ou do lado de ???... e uma investigadora em biologia que
se sai melhor como lutadora de wrestling,
do que como a pretendida bióloga especialista, convidada pelos cientistas para
analisar o primeiro Predador capturado.
É assim que neste argumento
bagunçado, complicado sem explicação e caótico que personagens sem expressão de
combatentes, mas apenas lutadores entre si e por inerência, “carne para canhão”
do Predador, vociferam altercações mútuas para nos fazer rir, enquanto combatem
os Predadores e os seus animais de estimação, da mesma estirpe dos predadores
dos quais nunca se saberá a sua origem, procedência ou género.
A história defende o
conceito de família, fazendo o rapaz que possui o equipamento especial, filho
do líder da equipa militar, que luta também para o proteger e à mãe de quem
está separado. Nenhuma das personagens possui espessura suficiente para se
tornar credível, nem toma decisões coerentes, andam todos envolvidos numa
enérgica confusão de lutas com meios tecnologicamente sofisticados, numa
corrida frenética para justificar acção e ocupar os muitos duplos contratados.
No fim lamenta-se que a mística do “Predador” de 1987 tenha irremediavelmente
sucumbido a um guião constituído por personagens estranhas e tolas, sem
qualquer honra ou glória, e que nos deixa um sentimento de deceção. Salvam-se
os efeitos especiais e para eles a classificação atribuída.
Classificação: 4 numa escala
de 10
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