4 de junho de 2018

Opinião – “Táxi 5” de Franck Gastambide


Sinopse

Sylvain Marot (Franck Gastambide), superpolícia parisiense e motorista excecional, é transferido contra a sua vontade para a Polícia Municipal de Marselha.
O ex-comissário Gibert (Bernard Farcy), recém-eleito Presidente da Câmara da cidade, e mal cotado nas sondagens, confia-lhe a missão de parar o temível "Gang dos Italianos ", que roubam joias com o recurso a poderosos Ferraris.
No entanto, para conseguir isso, Marot terá de colaborar com o sobrinho do famoso Daniel, Eddy Maklouf (Malik Bentalha), o pior condutor de Marselha, mas o único a poder recuperar o lendário TAXI branco.

Opinião por Artur Neves

“Taxi 5” constitui a quarta sequela da saga “Taxi”, de origem francesa e sempre com o mesmo tema de diversão e comédia em ambiente descontraído onde campeiam polícias e ladrões, muita pancadaria, muitas corridas alucinantes (em cinema) de automóveis, muitos desastres mirabolantes cujo único objetivo é a pura diversão e o esquecimento das preocupações durante o tempo do visionamento considerando que após isso pouca coisa ficará do que foi visto.
O primeiro “Taxi” apareceu em 1998, ao que se seguiu “Taxi 2” em 2000, “Taxi 3” em 2003, “Táxi 4” em 2007 e quando menos se esperava eis que temos este “Táxi 5” em 2018, realizado por Franck Gastambide, nascido em França em 1978, que acumulou funções com o personagem principal do filme que também interpreta, em mais uma festa para os sentidos que podemos apreciar descansadamente pois nada daquilo é a sério ou nos toca.
Ao longo desta saga registe-se que as histórias têm acompanhado a evolução, tanto tecnológica como social que se verificou durante este tempo, com particular ênfase para a migração dos povos africanos, bem como para o veículo utilizado que embora sendo chamado de “Taxi” apresenta as inerentes atualizações de modelo e de prestações técnicas verificadas entretanto. Tal como nos outros filmes a cidade escolhida é Marselha que decorrente do seu multicuralismo é fácil estabelecer interação entre Árabes, Italianos, Gregos, e outros não europeus, bem como ainda, com os franceses, que se prestam aos mais variados trocadilhos e equívocos de tema e de contexto que justificam alguns bons gags que nos fazem sorrir e rir sem favor.
A história sumarizada na sinopse é o que é e tem como finalidade suportar as “buchas” de diálogo e os espetaculares acidentes, entre automóveis e entre pessoas sem que se torne pesado ou ofensivo sobre qualquer espécie, considerando a forma naïf como nos é contada e nos são apresentadas as cenas sobre o comportamento da Polícia Municipal de Marselha durante a investigação e captura da Máfia “fofinha” que perseguem ao longo de todo o filme.
Assim sendo caro leitor, se procura o alheamento das dificuldades reais do dia-a-dia através do desfrute de pura diversão, deixe-se levar por 102 minutos de uma história que só pretende transmitir-lhe boa disposição e divertimento. Recomendo.

Classificação: 5 numa escala de 10

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