20 de junho de 2018

Opinião – “Noite de Jogo” de John Francis Daley e Jonathan Goldstein


Sinopse


Max e Annie, vêm a sua noite de jogos semanais entre casais amigos tornar-se mais entusiasmante quando o carismático irmão de Max – de nome Brooks – arranja uma festa com o tema “assassinato mistério”, que inclui ladrões e polícias falsos. Quando Brooks é subitamente raptado, é tudo parte do jogo… certo? Assim que os seis jogadores ultracompetitivos começam a preparar-se para resolver o caso e ganhar, começam a descobrir que nem o “jogo” nem Brooks são o que aparentam. No decurso de uma noite caótica, estes amigos vão encontrar-se a pisar o risco cada vez mais, pois cada nova pista leva-os a uma nova reviravolta inesperada. Sem regras, nem pontuação e sem ideia de quantos são os jogadores na realidade, esta pode ser a noite mais divertida das suas vidas… ou simplesmente o fim.

Opinião por Artur Neves

Quem disse, ou pensou, que a comédia no cinema era uma tema esgotado tem de ver este filme que constitui um “fresco” neste género, por vezes muito mal utilizado em filmes de cariz romântico que se socorrem de alguns gags, por vezes utilizados apenas como “buchas”, para animar as hostes de uma história mais ou menos lamecha. Este porém não é o caso de “Noite de Jogo” que contém todos os ingredientes para nos proporcionar um tempo de genuína diversão.
Suporta-se numa história de equívocos, bem congeminada, com momentos de verdadeiro suspense que em vez de nos assustar, empolgam-nos no sentido de apreciar se a dimensão da surpresa causada no personagem, é maior ou menor da que intuímos ao ver o desenrolar da ação, onde tudo está completamente esclarecido (e bem iluminado) para o espetador.
O enredo acompanha um grupo de amigos, normais frequentadores em conjunto de jogos sociais do tipo; trívias, jogos de tabuleiro e videogames, em que um dos elementos habituais resolve inovar nos temas propondo-lhes um “assassinato mistério”, a que todos aderem. O problema começa quando este jogo coincide com o assalto à casa feito por um grupo de malfeitores reais com a intenção de cobrança de uma dívida a Brooks (Kyle Chandler), que eles assumem por inerência pertencer ao jogo, tentando obter deles indícios e dicas, sobre os passos seguintes.
Os jogadores habituais organizam-se em equipas de pares na tentativa de obterem vantagens mas assumem objetivos ridículos e irreais considerando o absurdo da situação que eles ainda não compreenderam, conduzindo a um conjunto de erros e de surpresas onde assenta a verdadeira piada da história.
É suportado por um excelente e diversificado naipe de atores, já repetentes neste género de filmes, tais como; Max (Jason Bateman) e Annie (Rachel McAdams) como o casal principal, o vizinho Gary (Jesse Plemons) que desempenha um papel sinistro, intenso, despeitado e mal-humorado e muitos outros que compõem a história, produzindo boas cenas de humor sem espalhafato ou demasiada exuberância onde a ação funciona melhor do que as piadas e que se vê com agrado. Constitui 100 minutos de boa disposição, recomendo.

Classificação: 7,5 numa escala de 10

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