16 de março de 2018

Opinião – “Gringo” de Nash Edgerton


Sinopse

Harold Soyinka (David Oyelowo) trabalha para a Cannabax Technologies Inc, uma empresa que desenvolveu o "Weed Pill", a maconha medicinal que foi simplificada em uma pílula. Harold conhece o rumor de que a empresa vai avançar com uma fusão, mas é negada por seu chefe, que também é seu amigo. Os chefes de Harold, Elaine Markinson (Charlize Theron) e Richard Rusk, (Joel Edgerton) viajam com ele para o México para lidar com a fabricação do produto. Ele também sabe que sua esposa o deixou enquanto está tendo um caso com Richard. Enquanto está bêbado, Harold acaba sendo sequestrado pelo cartel, que mantém reserva contra os patrões de Harold e sua empresa, por esta os eliminar dos seus planos na criação da pílula de erva daninha. Richard contrata seu irmão Mitch, (Sharlto Copley) que é um ex-mercenário, para resgatar Harold de maneira a que ambos acabem por sobreviver a uma situação ultrajante para todos inclusive para a própria empresa nos USA.

Opinião por Artur Neves

Pela leitura da anterior sinopse pode inferir-se que “Gringo” não é um filme sem surpresa, ação, história dinâmica recheada de twists no argumento, com todos os ingredientes portanto, para constituir um agradável espetáculo de fim de dia em que se precise de descansar e esquecer a pressão do trabalho. Nash Edgerton, Australiano de nascimento e irmão de um dos atores desta história constrói neste filme um enredo multifacetado, bem concebido, recheado de ação que se aceita sem esforço e com um desenlace que aponta para um romance improvável mas sincero, como que prometendo-nos que a vida real não é tão catastrófica como ele a pinta nesta aventura alucinante de 112 minutos.
Joel Edgerton, irmão do realizador, já nos ofereceu bons desempenhos noutras obras para o qual já tem uma nomeação para um Oscar, apresenta-se nesta história como o cabecilha da trama que pretende trapacear a empresa á custa no nosso herói, Harold Soyinka, trabalhador pacato, de boas maneiras e bom trato que não imagina o que se está a formar nas suas costas e à sua custa para benefício exclusivo de terceiros que só pretendem tirar disso vantagens.
A história não é previsível e mantém o espetador interessado durante todo o visionamento mantendo a expectativa em todas as situações mesmo em cenas em que se pode julgar ser o fim das surpresas mas que novo twist no argumento reacende o interesse e a expectativa para uma solução final que não se vislumbra.
A ação é suficiente, bem desempenhada sem ser demasiada ou demasiado forçada aceitando-se sem muita resistência como razoavelmente plausível. O argumento não deixa “pontas soltas” numa história sequencial que se vê com agrado e em que Charlize Theron está igual a si própria. Recomendo, como sendo quase duas horas de bom divertimento.

Classificação: 7 numa escala de 10

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