Sinopse
“O Grande Showman” é um
musical ousado que celebra o nascimento do show
business e a sensação maravilhosa que sentimos quando os sonhos ganham vida.
Inspirado pela ambição e imaginação de P. T. Barnum, “O Grande Showman” conta a
história de um visionário que surgiu do nada para criar um espetáculo
fascinante que se tornou uma sensação mundial. “O Grande Showman” foi realizado
pelo estreante Michael Gracey, com músicas dos vencedores de um Óscar, Benj Pasek
e Justin Paul no filme “La La Land”. Protagonizado por Hugh Jackman e
acompanhado pela candidata ao Óscar; Michelle Williams e também por; Zendaya,
Zac Efron e Rebecca Ferguson.
Opinião
por Artur Neves
O género musical em cinema
ocupou desde o seu início uma categoria particular, tendo servido para divulgar
arte e espetáculo maioritariamente só acessíveis em teatros e casas de
representação. Nesta evocação de Phineas Taylor Barnum nascido em 5 de julho de
1810 nos Estados Unidos e apontado como talvez o primeiro empresário “a sério”
do Show Business, só podia ter sido feita através de um filme musical com as
características e esplendor de “O Grande Showman” realizado por um homem que
tem nesta obra a sua primeira realização.
Tal como em todos os filmes musicais
é através das canções que os personagens dos atores exprimem os seus
sentimentos e emoções do papel que lhes é atribuído e que no caso, bem
defendidos por extraordinárias interpretações acima mencionadas. Através das canções
especialmente desenvolvidas para o argumento, exprime-se a dor através de
canções ligeiras, ou a alegria através de canções calmas num ambiente
exuberante, de circo, no início circo de horrores com a exibição de deformações
humanas condenadas na época e de animais estranhos, como era tradição no início
do século XIX na Inglaterra da rainha Victória.
Sempre ao sabor da música
são mostradas as diferenças sociais impostas por uma sociedade burguesa,
recentemente saída do regime esclavagista, que privava os palácios da corte e denegria
o povo, inculto, trabalhador indiferenciado, ser humano sem estatuto e até
condenado sem culpa formada, que o génio empreendedor de P. T. Barnum aglutina em
torno das artes performativas diversificadas, do seu museu inicial que evoluiu posteriormente
para a atividade circense, quase como a conhecemos hoje.
O ponto alto da vida de
Barnum, bem documentado no filme, centra-se na promoção da tournée pelos USA da cantora Sueca Jenny Lind (Rebecca Ferguson)
por quem Barnum se encantou ao ouvi-la cantar pela primeira vez e com ela
ganhou milhares de dólares e perdeu a sua casa e também quase a sua família,
subjugado ao efeito de uma voz denominada na época pelo “Rouxinol Sueco” mas
que significou para ele o primeiro grande revés como empresário artístico.
É pois toda esta ação,
declamada em forma de canção, dançada, representada em cenários modestos ou
riquíssimos que se conta esta história, de seres humanos, com todas as suas
misérias e grandezas da alma humana e que nos transportam durante 105 minutos
através da fantasia, do luxo e da habilidade de um espetáculo que ainda hoje
permanece com aceitação geral.
Classificação: 7,5 numa
escala de 10
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