19 de dezembro de 2017

Opinião – “Jumanji – Bem-vindos à Selva” de Jake Kasdan

Sinopse

Quatro estudantes da escola secundária descobrem uma antiga consola de jogos de vídeo, da qual nunca tinham ouvido falar – Jumanji – e são de imediato transportados para o ambiente de selva do jogo, transformando-se, literalmente, nos seus próprios avatares.
Spencer, um viciado em gaming, transforma-se num aventureiro cerebral (Dwayne Johnson) a estrela do futebol, Fridge, perde (e são estas as suas palavras) “o primeiro meio metro do seu corpo”, transformando-se em Einstein (Kevin Hart); Bethany, uma das miúdas populares, transforma-se num professor de meia-idade (Jack Black); e a tímida Martha transforma-se numa guerreira destemida (Karen Gillian). O que eles descobrem é que não se podem limitar a jogar Jumanji – eles têm de sobreviver ao jogo… e para sobreviver e regressara ao mundo real terão de passar pela mais perigosa aventura das suas vidas, descobrir o que Alan Parrish deixou há 20 anose mudar a sua visão deles próprios – ou ficarão presos para sempre no jogo…

Opinião por Artur Neves

O que se nos apresenta hoje nesta história é um remake, tecnologicamente actualizado, dum filme de aventura e fantasia realizado em 1995, com o mesmo nome, baseado no livro infantil de histórias fantásticas escrito em 1981 por; Chris Van Allsburg e que muito embora não tenha tido uma crítica muito favorável, constituiu um sucesso de bilheteira no ano de estreia e que com mais propriedade se persegue nesta versão em 3D que nos transporta para o ambiente de selva em que decorre o jogo “inserindo-nos” completamente nas dificuldades e condições do jogo fazendo de nós mais um jogador da equipa.
Pessoalmente não sou adepto de jogos de computador porque acho que uma máquina tão poderosa como esta terá certamente melhor utilização do que o seguimento condicionado de acções e respostas programadas, impostas por qualquer jogo de computador que no limite, têm o poder de alienar os seus praticantes da realidade que os cerca. Por outro lado, do ponto de vista dos adeptos desta modalidade, através desta máquina têm a possibilidade de viver aventuras impossíveis, conhecer mundos fantásticos e sentir o poder do heroísmo virtual que o programador lhes confere através dos códigos utilizados no software produzido.
Se o leitor se insere nesta segunda categoria então este filme é lhe dedicado e pode usufruir de toda a magia implícita à tecnologia de criação do espaço tridimensional que acolhe toda a acção. Não pode ser um membro da equipa, é certo, mas pode vivenciar toda a emoção das fugas e perseguições no solo, da arrepiante viagem de helicóptero, da fuga aos rinocerontes albinos e de todos os eventos inimagináveis somente possíveis através da magia do cinema magistralmente mantida durante 119 minutos em que certamente não se aborrecerá.
Jake Kasdan realiza este filme depois de vários créditos firmados nesta industria e de muitos filmes no âmbito da comédia, emprestando ao presente argumento uma graça e uma ligeireza que se adaptam á época que atravessamos podendo constituir o complemento adequado á diversão do Natal em família pelo que o recomendo para todas as assistências.

Classificação: 6 numa escala de 10

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