24 de novembro de 2017

Opinião – “A Estrela de Natal” de Timothy Reckart

Sinopse

Neste filme da Sony Animation Studios, um pequeno mas valente burro, chamado Bo, sonha com uma vida para além da existência corriqueira na sua aldeia.
Um dia ganha coragem para se libertar e inicia a aventura dos seus sonhos. Na sua viagem junta-se a Ruth, uma adorável ovelha que se perdeu do rebanho e a Dave, um pombo com grandes ambições.
Juntamente com três camelos sábios e outros tantos excêntricos animais do estábulo, Bo e os seus novos amigos seguem a Estrela e tornam-se os improváveis heróis na maior história alguma vez contada – o primeiro Natal.

Opinião por Artur Neves

De responsável pela animação de “Anomalisa” o excelente filme de animação sobre egoísmo e solidão premiado nos Óscares de 2015, Timothy Reckart assume-se agora como realizador de nova animação, dedicada à quadra natalícia de 2017, onde conta de maneira renovada a história conhecida pela generalidade dos católicos referente ao nascimento de Jesus Cristo e bem assim, ao milagre de Natal celebrado em todo o mundo católico em 25 de dezembro.
Como á fácil de intuir a história é tudo menos nova, já vai com 2017 anos, (e recomenda-se) dedicada fundamentalmente ao público infantil ainda com o encantamento da ignorância ingénua, considerando a forma linear e superficial da narrativa.
Para animar a “festa”, porque o tema central só por si não seria capaz de encher o tempo de filme, Reckart socorre-se da presença criativa dos animais que vão compor o presépio final, o burro e a vaca, acompanhados de outros parceiros de peripécias várias e aventuras de percurso, todas ingénuas e muito simples, que compõem a viagem de Maria e José até Belém da Samaria, e finalmente ao estábulo, onde tradicionalmente se atribui o nascimento de Jesus. (Não o Jorge, esse nasceu na Amadora).
O filme começa pela Anunciação do Espírito Santo a Maria, de ter sido a escolhida por Deus para mãe do seu filho homem, o que esta aceita embevecida com a notícia, sete meses antes de se casar com José, carpinteiro de profissão, ao qual só é revelada a paternidade antecipada, depois do casamento, durante a noite de núpcias em que Maria se assume como virgem grávida de Jesus e José aceita como uma dádiva de amor divino… Confuso?... Nada disso caro leitor, com certeza que já deve ter havido um tempo em que lhe contaram esta história, só que agora mostram-lha de forma animada e colorida.
“A Estrela de Natal” é assim um filme para toda a família, particularmente para os mais pequeninos, que vão delirar, com o protagonismo do burro Bo, o pombo Dave, a ovelha Ruth, três camelos e dois cães muito maus que no fim se convertem à bondade extrema. Desta forma os anjos estarão na plateia muito sossegadinhos, de olhos esbugalhados, fixos em tanta beleza ingénua durante 86 minutos em que o caro leitor poderá respirar descansado. Recomendo para esta quadra festiva.

Classificação: 5 numa escala de 10

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