31 de agosto de 2017

Opinião – “O Guarda-costas e o Assassino” de Patrick Hughes


Sinopse

O maior assassino profissional do mundo decidiu sair da sombra e testemunhar contra o seu antigo patrão no Tribunal Internacional de Justiça em Haia. No entanto, este não foi um patrão qualquer, mas sim um corrupto e mortífero ex-Presidente de um país de Leste, que tem ao seu dispor um enorme exército de mercenários capazes de tudo para impedir que a testemunha apareça no julgamento. Para se defender, este ex-assassino contrata o mais famoso guarda-costas do mundo, e juntos terão de pôr de lado as suas diferenças e cooperar para conseguirem chegar a tempo ao julgamento.

Opinião por Artur Neves

Eis aqui um verdadeiro filme de verão com aventura, ação, comédia e claro está; amor de uma forma muito especial, tanto da parte do “assassino” como do “guarda-costas”, este mais tímido e contido em todas as suas titubeantes declarações ou em manifestações de carinho com a sua colega, por quem nutre uma saudável competição dos tempos em que ambos pertenciam ao mesmo departamento. Todavia ela não o esqueceu e é por sua intervenção que ele tem o ensejo de redenção e readmissão na organização de que tinha sido expulso.
A ação desenrola-se através das cidades europeias na viagem que o assassino tem de fazer entre Londres e Haia, para estar presente como testemunha de acusação de Vladislav Dukhovic (Gary Oldman) o tirano déspota que pretende dominar o mundo começando pelo seu país. As cenas de ação são muito bem conseguidas e variadas, tanto de automóvel, como de barco, mota e até a pé pelas ruas estreitas de Amsterdão velha onde nada pára no mesmo lugar depois da sua passagem.
Durante todo este caminho aparecem as oportunidades para a comédia em diálogos bem conseguidos de filosofia barata e de conselhos de amor entre o amante experiente (Samuel L. Jackson) e o jovem apaixonado (Ryan Reynolds) que não sabe como lidar com os seus sentimentos, criando-se cenas bem caricatas entre duas pessoas que não sabiam estar tão ligados entre si em anteriores eventos das suas vidas.
O verdadeiro amor canalha e apaixonado é demonstrado na relação entre Kincaid (Samuel L. Jackson) e Sónia Kincaid (Salma Hayek) cubana quente e apaixonada à primeira vista pelos dotes lutadores de Kincaid que a seduz para a vida ao primeiro encontro num bar repleto de perigos e de álcool. As suas manifestações de amor, mesmo separados pelas respetivas prisões onde se encontram, não são obstáculo suficiente para suspiros inflamados e manifestações de amor eterno.
Toda esta multifacetada história desenvolve-se numa dinâmica estonteante que nos arrasta em tempo de férias para a fantasia e o abandono das preocupações do tempo de trabalho. A história está bem estruturada, impossível qb, sem tempos mortos, com animação e intriga suficientes para podermos apreciar a dupla ligação perpetrada pelo Joaquim de Almeida, agente da CIA e colaborante dos vilões. Bom filme, distração garantida, recomendo.

Classificação: 6 numa escala de 10

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