Sinopse
Tudo o que Eddie Deacon
queria era um emprego calmo que não desse chatices. Qualquer emprego servia.
Mas ele escolheu o lugar errado e o dia errado.
Um segurança desarmado que
trabalha no turno da noite num centro comercial arrisca tudo para proteger uma
jovem inocente de um gang perigoso
disposto a tudo para a impedir de testemunhar contra o seu chefe sociopata.
Opinião
por Artur Neves
Lembram-se do “Assalto ao Arranha-céus”
de 1988 com Bruce Willis ainda com cabelo, embora com umas grandes entradas que
indiciavam a grande “bola de bilhar” que constitui hoje a sua cabeça?... pois
bem a história que atualmente nos é contada tem muitas semelhanças. A grande
diferença reside na ingenuidade com que a primeira nos foi contada na época, a
lisura escorreita de toda a aventura onde transpirava um espírito naïf de justiça óbvia e sem mácula que
não levantava qualquer dúvida entre os “bons” e os “maus”, nem sobre os seus
métodos.
Nesta história o ambiente é
mais sórdido em que nos é mostrada um noite de horror e de medo num shopping guardado por seguranças
contratados, pessoas normais, donde sobressai o “herói” que vai resolver toda a
situação. Mostra-nos também como vale tudo, como com os conhecimentos certos é
possível fazer bombas com os materiais correntes do quotidiano comum,
recordando-nos a herança deixada pelas atividades terroristas e mostrando-nos
com toda a vida é agora mais perigosa.
António Banderas é o herói
de guerra, desempregado, perturbado pelas vicissitudes da vida mas que vai ser
o obreiro do plano de defesa da jovem testemunha, não tão inocente assim,
contra uma “cavalaria” de vilões que a querem matar, capitaneados pelo inefável
chefe interpretado por “Ben Kingsley” num papel ao seu nível e que lhe assenta
bem, entre o déspota louco e o “Joker” de Batman, sem qualquer piedade nem
contemplações mesmo para os seus próprios acólitos, desde que não cumpram na
perfeição as suas ordens.
Outra mensagem que
transparece é a fragilidade da tecnologia atual, que apesar de estar em
consecutiva evolução não se liberta das suas imperfeições de génese que
permitem a sua fácil inoperacionalidade nas situações em que seria mais
necessária, bem como a vulgaridade com que é utilizada em brinquedos e
dispositivos menores para nos servirem de forma adaptada.
Em toda a história perpassa
um clima de ação, bem desenvolvido e trabalhado por Alain Desrochers, nascido e
criado em França mas revelado nesta profissão nos USA em filmes de ação e
outros, com carreira na televisão e que nos mostra de maneira clara como o
terror pode ter diferentes construções e diferentes agentes desde que bem
guiados por uma história de ficção embora consistente. O filme constitui portanto
um espetáculo de diversão e de emoção que se vê com agrado.
Classificação: 5 numa escala
de 10
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