Sinopse
Matt Damon regressa ao seu papel mais icónico em
“JASON BOURNE”. Paul Greengrass, o realizador de “Supremacia” e “Ultimato”,
volta a juntar-se a Matt Damon neste novo capítulo do franchise Bourne, da
Universal Pictures, em que o ex-agente mais letal da CIA sai da sombra.
Opinião por
Artur Neves
Jason Bourne é o 5º filme de uma série iniciada em
2002 com “Identidade Desconhecida”, de Doug Liman, tendo-se seguido: “Supremacia”
(2004), “Ultimato” (2007) e o “Legado de Bourne” (2012) escrito e realizado por
Tony Gilroy que pretendia ser o epílogo desta saga com uma história totalmente assente
na perseguição do protagonista, (Jeremy Renner) por falta de acordo com Matt
Damon por se ter mostrado indisponível para suportar um desfecho algo
dissonante dos capítulos anteriores. Eis então que Paulo Greengrass pega de
novo no tema, mas desta vez seguindo o enredo inicial do combate à operação
Treadstone, embora enfrentado novos personagens do lado da CIA, mas ainda assim
numa história ligada aos anteriores eventos e convincente do ponto de vista formal.
É pois no ambiente tenso da espionagem que se
desenvolve esta história, de segredos, apoios, amizades e desejo de vingança
mortal personificados por um agente inimigo recuperado do filme anterior, magistralmente
interpretado por Vincent Cassel que lhe confere espessura, densidade dramática
e autenticidade como só o cinema Europeu e quem nele trabalha pode acrescentar
ao cinema do outro lado do Atlântico.
Não quero com isto dizer que Tommy Lee Jones (que está
soberbo, como sempre aliás) ou Alicia Vikander (actual menina bonita de Hollywood,
vencedora de um Oscar em 2015 no filme “A Rapariga Dinamarquesa”) não confiram
aos seus papéis o mesmo grau de autenticidade que nos fazem quase acreditar na
acção, mas o cinema Europeu possui uma natureza mais dramática e mais detalhada
nos pormenores que tornam o personagem interpretado por Vincent Cassel, o vilão
de eleição, com todos os predicados inerentes.
A história possui ainda um enredo cheio de intriga e
de mentira, sabiamente explorados até à última imagem do filme que potencia um
novo futuro através de uma mulher que embora caracterizada através de um comportamento
neutro e discreto (que todavia não lhe apaga a beleza e o interesse) a
transforma numa página em branco onde pode ser escrita a continuação desta
história que por ter regressado às origens e não ter explicitado um conclusão definitiva
está preparada para novas reviravoltas. onde a personagem de Vikander pode
assumir uma importante aliada do nosso herói ou a maior vilã que ele terá de enfrentar
no futuro.
Se bem entendo, esta personagem é o elemento mais
relevante que o filme nos trás, considerando que acção, perseguições e
destruição de veículos já estavam bem patentes nos filmes anteriores e nesse
aspecto, neste, vemos mais do mesmo. Estamos em presença de uma história
interessante, num filme de belo efeito, que recomendo como sendo uma boa oportunidade
de diversão e entretenimento.
Classificação: 7 numa escala de 10
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