16 de outubro de 2015

Opinião - Filme "Sem Saída" de John Erick Dowdle



Sinopse: 
Um empresário americano, juntamente com com a sua família, recomeça a vida num país do sudeste asiático. Quando lá chegam, dão por si no centro de uma violenta revolta política, e quando a cidade sofre um impiedoso ataque por parte dos rebeldes, eles são obrigados a encontrar desesperadamente uma forma de fugir em segurança.

Opinião por Maria Ana Jordão:

Como podem os nossos sonhos deixar-nos ‘Sem Saída’? A brutalidade de um Golpe de Estado que surge, como se fosse improvisado, num país asiático é razão para nos prender entre a vontade de realizar os nossos sonhos e a vontade de regressar a casa.

A previsibilidade de Dowdle deixa o espectador totalmente indefeso. Ainda que momentos de sonolência o visitem durante ‘No Escape’, John Dowdle irá pôr os seus nervos à prova com os momentos de tensão que o vão manter acordado durante o filme. Que faça sentido é, o que esperamos de um filme mas arranjar sentido em ‘Sem Saída’ é complicado. Para começar tem um guião com um argumento totalmente inventado, apesar de inspirado em acontecimentos possivelmente reais. 'Sem Saída', narra a história de uma família norte-americana que se vê vítima de um Golpe de Estado, num país asiático qualquer. 

Que pretende Dowdle, ao produzir ‘No Escape’? Relembrar-nos da dicotomia económica Estados-Unidos versus China ou apenas fazer com que passemos um bom momento? 

Sem referências histórias, pode-se dizer que em 'No Escape' Dowdle espera que aproveitemos tranquilamente esta aventura. Tranquilamente é pedir muito, o realizador empenhou-se em apresentar um guião realista com um realismo que se perde no meio da violência que chega no seu estado mais puro.

O que podia ser um alerta político-economico, pode também ser um acto xenófobo, isto porque em ‘No Escape’ a violência é justificada se for contra os rebeldes, independentemente da quantidade de asiáticos que podem morrer no confronto. Qualquer hipótese de caracterizar a história como profunda vê-se abafada, apesar do realizador tentar apresentar um argumento realista, ficamos com um sabor agridoce por não passar disso mesmo, uma tentativa. Dowdle foi inteligente na escolha dos actores mas os secundários, como as filhas de Owen Wilson e Pierce Brosman, destacam-se ao criar uma relação emocional com o público.

Sugerimos que decida por si, se ‘No escape’ se trata de um alerta político-economico, ou de um acto xenófobo ou até mesmo apenas de uma aventura com efeitos especiais questionáveis. O novo filme de John Dowdle é pouco entusiasmante mais pela sua previsibilidade do que pela tentativa de ter um argumento profundo, acabando por ser simplista. 

Cenas que podiam ser estimulantes, transformam-se em cenas completamente irreais, devido à elaboração pouco credível dos efeitos especiais. O amadorismo dos efeitos especiais têm o seu lado positivo, fazem-nos pensar que pelo menos o filme não é em formato 3D. 




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