16 de outubro de 2015

Opinião - Duas Mulheres, Um Duque - Eloisa James


Título: Duas Irmãs, Um Duque
Autora: Eloisa James
Editora: Quinta Essência

Sinopse:
Ele é um duque em busca da noiva perfeita.
Ela é uma senhora… mas está longe de ser perfeita.
Tarquin, o poderoso duque de Sconce, sabe perfeitamente que a decorosa e elegantemente esguia Georgiana Lytton dará uma duquesa adequada. Então, porque não consegue parar de pensar na sua irmã gémea, a curvilínea, obstinada e nada convencional Olivia?
Não só Olivia está prometida em casamento a outro homem, como o flirt impróprio, embora inebriante, entre ambos torna a inadequação dela ainda mais clara. Decidido a encontrar a noiva perfeita, ele afasta metodicamente Olivia dos seus pensamentos, permitindo que a lógica e o dever triunfem sobre a paixão... Até que, na sua hora mais sombria, Quin começa a questionar-se se a perfeição tem alguma coisa a ver com amor.
Para ganhar a mão de Olivia ele teria de desistir de todas as suas crenças e entregar o coração, corpo e alma...
A menos que já seja demasiado tarde.

Opinião por Vania Neves:
Este é um romance histórico com uma dose dupla de triângulos amorosos.
Olivia e Georgiana foram educadas para poderem assumir posições como Duquesas, mas enquanto Georgiana ser um modelo de comportamento, Olivia não se encaixa no papel.
Olivia está prometida a Rupert, um jovem Marquês que devido a problemas no parto tem um comportamento infantilizado.
Georgiana está comprometida com um verdadeiro “partido”, o viúvo Duque Tarquin, que acaba por se interessar por Olivia.
Neste conjunto de ligações onde Olivia e Tarquin são sempre parte da equação, há complicações adicionais, como a decisão de Rupert partir para a Guerra. Mas é no tempo em que Olivia e Tarquin passam juntos enquanto a irmã dela é testada pela futura sogra que o romance realmente se foca e se destaca. O jogo entre os dois personagens é sempre muito bem escrito, com os diálogos a conseguirem deixar-nos com um sorriso pendurado nos lábios. Olivia é uma heroína imperfeita e, por isso, muito atraente para as leitoras. Ela é mais inteligente do que se esperava das mulheres naquela altura mas também é um pouco desajeitada o que a torna uma personagem a merecer toda a nossa simpatia.
Outro traço importante que ela tem é que mostra um enorme sentido de bondade pública, mesmo se em privado não é tanto assim.
Isto é importante, porque os desabafos dela acerca do seu casamento arranjado com Rupert parecem um pouco maldosos, mas sempre que são outras pessoas a fazer pouco do jovem, ela defende-o aguerridamente.
Vê-se que a autora teve cuidado em desenvolver uma personagem com mais do que uma dimensão e deixá-la mostrar as falhas que a tornam humana.
Claro que à sua volta os antagonistas são como vilões saídos dos contos de fadas, mas isso é normal visto que estamos numa reinvenção d’A Princesa e a Ervilha.

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