15 de outubro de 2015

Opinião - Filme "O Rio Perdido" de Ryan Gosling



Sinopse:
Quando a cidade em que mora está prestes a desaparecer, Billy (Christina Hendricks), mãe de dois filhos, envolve-se em um submundo fantástico e macabro, enquanto seu filho adolescente descobre uma estrada secreta que leva a uma cidade subaquática. Tanto Billy quanto seu filho devem mergulhar neste mistério, se quiserem sobreviver.

Opinião por Maria Ana Jordão

Inspirado em acontecimentos reais, segundo Ryan Gosling. O actor avança e ignora a pressão Hollywoodiana estreando-se como realizador. Enquanto se tenta sobreviver há que quebrar a causa de todas as coisas, a maldição, entretanto o amor acontece nesta cidade destruída com um cenários macabros. O que nos impulsiona a começar de novo?

O universo de Gosling em ‘O rio perdido’ é uma atmosfera surrealista, sobretudo visual, inspirada em David Lynch, Nicolas Windinig Refn entre outros...
O realizador presenteia-nos com o excelente trabalho do fotógrafo Benôit Debie. O estilo surrealista do realizador é representado por imagens paradoxais, onde a intensidade da luz varia consoante a altura do dia em que estamos, de dia cortes mais naturais e claras, de noite cenários fantasmagóricos, iluminados a néon. A potência visual faz com que tenhamos a impressão de que o ritmo não é assim tão entediante.

Há talento no filme de Gosling. Apostou em actores como, Matt Smith, Ben Mandelsohn e Eva Mendes, que captaram a realidade de vítimas de medidas, tanto políticas como económicas. Vítimas que procuram sobreviver com o pouco que têm, num ambiente caótico. E no guião surgem as falhas, os diálogos com consciência social são ‘fogo de vista’. Bons actores precisam de um bom guião, um guião fundamentado o que não aconteceu. ‘Lost River’ tem muito estilo, pouco conteúdo mas uma boa mensagem, (apesar do cliché), para quê evitar o fim? Se cada fim é um recomeço, venham as maldições que vierem...

Podemos dizer que, ‘Lost River’ vê-se perdido entre o talento e o desastre...
A questão que se coloca é a seguinte: pode ter sido a falta de identidade a afectar as falhas na imaginação?
A falta de identidade é justificada pela pouca, ou nenhuma, experiência já a pouca imaginação não. Gosling terá de se apoiar menos nos grandes mestres e, encontrar o que o define como realizador.

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