16 de maio de 2015

Opinião - The Color Purple - Alice Walker


Título: The Color Purple
Autora: Alice Walker
Editora: Orion Publishing

Sinopse:
The Color Purple is a 1982 epistolary novel by American author Alice Walker which won the 1983 Pulitzer Prize for Fiction and the National Book Award for Fiction. It was later adapted into a film and musical of the same name.
Taking place mostly in rural Georgia, the story focuses on the life of women of color in the southern United States in the 1930s, addressing numerous issues including their exceedingly low position in American social culture. The novel has been the frequent target of censors and appears on the American Library Association list of the 100 Most Frequently Challenged Books of 2000-2009 at number seventeen because of the sometimes explicit content, particularly in terms of violence.

Opinião por Filipa Monteiro:
Seguimos o sofrimento de uma rapariga que desde tenra idade não teve opções de escolha.
Teve filhos com o pai. É obrigada a casar com alguém que o pai escolhe para ela. É afastada da irmã. É afastada de tudo, esperando que assim vá para uma vida melhor.
Célie é das pesonagens mais fortes e corajosas que se podem ler nos livros. Apesar de tudo por que passou e ainda passa, não perde a esperança e não perde a força e a vontade de viver. Gostei muito desta personagem que me pareceu tanto uma pessoa da vida real.
Nettie. A irmã de Célie, foi outra personagem que gostei e que ainda me consegui identificar mais do que com Célie. Também ela sofre e é obrigada a sair do seu próprio país e mesmo assim vai lutar por aquilo em que acredita, pelo direito à educação e aos cuidados médicos para todos.
Todo o livro está escrito em cartas. As cartas são os capítulos. Ao início Célie escreve para Deus a contar como a sua vida está. Mais tarde vai escrever para Nettie...
Também Nettie irá escrever para Célie...
Se eu gostei destas duas personagens. Adorei Sophie. Uma mulher que não se dobra por nada. Uma mulher que não aceita que o marido lhe bata quando quer/precisa de alguma coisa. Saiu duma casa em que o pai bate na mãe e nos filhos. Saiu e não quer isso para si. Sabe-o e sabe-o com determinação.
Tanto que, este seu feitio tão à frente para a sua época lhe vai trazer o maior dos dissabores...
Adorei a personagem e estou desejosa de ver o filme para ver como a conseguiram adaptar para o grande ecrãn...
Shugg. A personagem da reviravolta. Extravagante. Extrovertida. "Diferente". Onde ela está e quando ela chega, tudo gira à sua volta e tudo muda. Toda a gente lhe quer agradar. É uma cantora.
Conhece Célie e... muda a vida desta. O desenvolvimento de Célie ao longo de toda a história é notável. Nunca deixou de ser a Célie que nos foi apresentada mas ao mesmo tempo deixou de a ser. Ensina-nos serenidade e perdão. Ensina-nos perseverança e coragem. Ensina-nos felicidade e tristeza.
O título que dá nome ao livro, para mim, tanto pode ser pelas descrições dos campos púrpura ou, pela quantidade de pancada suportada por negros, exibindo essa mesma cor na cara... O título continua a ser um mistério para mim...
Um ponto forte que vou referir. A escrita. Como toda a história se passa no sul dos Estados Unidos, a autora escreveu mesmo assim, então encontramos expressões como: "Ast" em vez de "Ask", "kilt" em vez de "killed", etc. Ao início dificultou-me um pouco a leitura mas depois, tornou-se um dos meus aspectos favoritos ou não fosse eu uma amante de maneirismos e sotaques nas pessoas. Uma amante do que torna uma pessoa única.
Se já leram "As serviçais", vão encontrar algumas semelhanças nas descrições de como tratavam os negros naquela época. De como era a sua vida. (E é mais provável terem lido este livro primeiro do que "As serviçais" pois este último é um livro mais recente).

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