22 de setembro de 2014

Assírio & Alvim - Literatura - Novos livros de Pedro Eiras e Enrique Vila-Matas

Título: Longe de Veracruz
Autor: Enrique Vila-Matas
Tradução: José Agostinho Baptista
N.º de Páginas: 264
PVP: 15,50 €
Coleção: Peninsulares

Romance de uma viagem imóvel numa geografia de sonho, tão verdadeira como fantasmagórica, Longe de Veracruz é um texto inebriante e insone que Enrique Vila-Matas domina com brio e fantasia. Aqui, alguns seres inesperados — uma bela cantora de bolero assassina, um dentista alcoólico, um chulo, um cabeleireiro fascista, o escritor mexicano Sergio Pitol — gravitam à volta de três irmãos rivais no amor, na arte e na vida e que, como Don Juan, ostentam o nome Tenorio. Neste livro, o autor demonstra-nos, mais uma vez, que só transmutado pelas armadilhas da literatura o real se torna suportável.
«Encontram-se aqui muitos dos subtemas preferidos de Enrique Vila-Matas, o contexto familiar, a obsessão pelas viagens, os constantes brindes e alusões ao mundo da literatura contemporânea, os jogos eróticos e sexuais que banalizam as maiores tragédias, o contínuo apelo ao humor, a um sarcasmo que nega a gravidade do que se está a narrar.» ABC Literario
 
Sobre o autor:
Enrique Vila-Matas nasceu em Barcelona, em 1948. Aos vinte anos parte para Paris, auto exilado do governo de Franco e à procura de maior liberdade criativa. O apartamento onde se instalou foi-lhe alugado por Marguerite Duras. Durante esses anos subsistiu realizando pequenos trabalhos como jornalista para a revista Fotogramas e chegou mesmo a participar como figurante num filme de James Bond.
Com a publicação de História Abreviada da Literatura Portátil começou a ser reconhecido e admirado internacionalmente. As suas obras combinam ensaio, crónica jornalística e novela. A sua literatura, fragmentária e irónica, dilui os limites entre a ficção e a realidade.
Possui uma vasta obra narrativa que se inicia em 1973 e se encontra traduzida para 29 línguas. É um dos maiores escritores espanhóis da atualidade e tem conquistado inúmeros prémios, no seu país e no estrangeiro.

Título: Bach
Autor: Pedro Eiras
N.º de Páginas: 160
PVP: 14,40 €
Coleção: A Phala

No dia 26 de setembro é publicado Bach, a estreia de Pedro Eiras no catálogo da Assírio & Alvim. Este é um livro que gravita em torno do genial compositor, assente em catorze tentativas de aproximação à sua música. Tentativas: uma carta de Anna Magdalena, uma cena de montagem de um filme, as conversas de técnicos de som em Nova Iorque, os pensamentos de Etty a caminho do campo de concentração, até ao silêncio. Intérpretes, biógrafos, romancistas, ouvintes – regra geral, nunca se encontraram e apenas a presença da música, em séculos diferentes, os aproxima, e a eles de nós. Mas qual música, qual linguagem, beleza, angústia e desespero – se ela é a pesquisa para o intérprete, pretexto para o guerreiro, última companhia para aqueles que vão morrer?
«Os apartamentos parecem maiores, agora. Os cravos, a espineta, o alaúde já não estão connosco, nem os violinos e as violas da gamba: o meu falecido esposo ofereceu três instrumentos de tecla a Johann Christian, que os levou; quanto aos restantes instrumentos, foram partilhados pelos irmãos, logo depois de se lavrar o inventário. Um dia vieram dois homens buscar a espineta, e na parede onde ela esteve encostada tantos anos ficou uma sombra mais clara, por o sol nunca bater ali, e um risco de tinta vermelha, raspada na parede. Sigo o risco vermelho com os dedos, esforço-me por me lembrar do som.»
 
Sobre o autor:
Pedro Eiras nasceu em 1975. É Professor de Literatura Portuguesa na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Desde 2001, publicou diversas obras de ficção (Os Três Desejos de Octávio C., A Cura, Bach), teatro (Um Forte Cheiro a Maçã, Uma Carta a Cassandra, Um Punhado de Terra, Bela Dona), ensaio (Esquecer Fausto, Tentações, Os Ícones de Andrei, Constelações), crónica (Boomerang, Substâncias Perigosas). Publicou vários livros em França, na Roménia, no
Brasil. As suas peças de teatro têm sido encenadas ou lidas em diversos países.

Sem comentários: