Sinopse
Tom Hardy regressa ao grande
ecrã no papel do protetor letal Venom, um dos maiores e mais complexos
personagens do universo MARVEL. Realizado por Andy Serkis, este filme tem
também a interpretação de Michelle Williams, Naomie Harris e Woody Harrelson,
no papel do vilão Cletus Kasady/Carnificina.
Opinião
por Artur Neves
Venom é mais um personagem
da Marvel Comics que foi explorado inicialmente na banda desenhada, em 1933 e
na série de animação do Homem-Aranha em 1994, tendo merecido destaque com a coleção
“The Venom Saga” em 1996. Nunca teve uma grande espetacularidade nem foi
particularmente popular, até que em 2018 a Marvel decidiu transpô-lo para o
grande ecrã, provavelmente já influenciada pelos ventos de reforma dos heróis tradicionais
que vieram a “falecer”, todos de uma assentada em “Avengers: Endgame” de 2019.
Assim, em “Venom” de 2018 temos
o aparecimento do jornalista falhado Eddie Brok (Tom Hardy) que se regenera
após a coabitação com uma entidade alienígena, um simbionte do espaço exterior
que gosta da terra e passa a habitar o corpo de Eddie constituindo uma parceria
contra o crime e a maldade na cidade de Nova Iorque. No final deste filme, foi
logo indiciada uma sequela através do breve aparecimento do serial killer; Cletus Kasady (Woody Harrelson)
que vem a tornar-se figura grada no presente filme depois de escapar à prisão,
após ter dado guarida a Carnage, (Carnificina)
um extra terrestre da família de Venom mas muito mais violento e caótico em
todas as suas atitudes.
A história passa-se uma ano
depois dos acontecimentos narrados no primeiro filme e começa com o jovem Cletus
assistindo impotente à transferência da sua amada Frances Barrison (Naomie
Harris) do Lar St. Estes para Crianças Indesejadas, para o Instituto Ravencroft
para ser sujeita a experiencias médicas de investigação do seu poder de grito
com altas frequências sónicas que ela usa como defesa e agressão. Enquanto isto,
Brok tenta adaptar-se à vida de hospedeiro de Venom, que possui opções
divergentes da sua, como modo vida. Ele tenta recuperar a sua profissão de
jornalista através da entrevista a Cletus que está preso no corredor da morte
esperando a data da sua execução, mas escapa através de ter incorporado o simbionte
Carnage, que em princípio é mais poderoso do que Venom. Como Cletus é um
assassino a sangue frio, o exuberante “Carnificina” é mais cruel, reforçado
ainda por habitar um serial killer psicopata, sem limites ou barreiras de
contensão aos desmandos que deliberadamente pode provocar.
Com esta perspetiva pode
imaginar-se que este filme seja dedicado a um público jovem, órfão dos super-heróis
tradicionais, cuja primeira versão, granjeou mundialmente mais de 800 milhões
de dólares em volume de bilheteira, o que trás esperanças acrescida para esta
sequela que só no primeiro fim-de-semana de estreia nos USA arrecadou mais de
90 milhões, e que seguramente não vai ficar por aqui, considerando a cena apresentada
a seguir aos créditos finais. É assim um filme para ver, em tamanho quanto
maior, melhor, pelo que se recomenda a assistência à versão IMAX, com som Dolby
Atmos que possibilitam maior imersividade na ação e nas complicadas lutas entre titãs.
Depois da privação das salas
de cinema por causa da pandemia, este mês de Outubro está recheado de filmes
que podem assinalar uma amostra do que será o futuro do cinema em sala, com
James Bond em 30 de Setembro, este Venom em 14 de Outubro e o esperado “Dune”
para 21, podem dar uma noção muito concreta da disponibilidade do público em se
deslocar a uma sala de cinema para ver um filme. Até agora, com “James Bond:
Sem Tempo para Morrer” a resposta parece já ser afirmativa.
Tem estreia prevista em sala
para dia 14 de Outubro
Classificação: 4 numa escala
de 10
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