Sinopse
Rachel Chu (Constance Wu) é uma professora de economia
nos EUA e namora com Nick Young (Henry Golding) há algum tempo. Quando Nick
convida Rachel para ir no casamento do melhor amigo, em Singapura, ele esquece
de avisar à namorada que, como herdeiro de uma fortuna, ele é um dos solteiros
mais cobiçados do local, colocando Rachel na mira de outras candidatas e da mãe
de Nick, que desaprova o namoro.
Opinião
por Artur Neves
No tema; comédia, romance,
este é sem dúvida o melhor filme do ano. Porém, não se fica por aqui, pois
apresenta um luxo e uma qualidade visual, quer na panorâmica urbana da cidade
de Singapura, como no guarda-roupa e nos cenários onde decorre a acção que nos
surpreende pela exibição explícita de riqueza neste mundo.
A República de Singapura, é
uma cidade-Estado insular localizada na ponta sul da Península Malaia, no
Sudeste Asiático, O país é o lar do maior número de famílias milionárias em
dólares per capita do planeta. O
Banco Mundial considera a cidade como o melhor lugar no mundo para se fazer negócios.
O país tem o terceiro maior PIB per
capita por paridade do poder de compra do mundo, tornando Singapura um dos
países mais ricos do planeta e sendo seguramente a origem dos visitantes que
mais frequentam as lojas da nossa Avenida da Liberdade, e que animam o comércio
de luxo da cidade de Lisboa.
Quem nos apresenta esta
visão do oriente é um realizador nascido nos USA em 1979, que em 2016 dirigiu; “Mestres
da Ilusão II” e que agora, com uma história muito simples descrita na sinopse,
nos mostra o berço dos ricos, as suas origens, ocupações e objectivos, numa
história que para lá do amor e do romance, nos apresenta as raízes e o
imobilismo cultural de um povo milenar que se prepara para tomar o mundo com ajuda
do dragão Chinês que lentamente desperta da sua secular letargia.
O argumento é inteligente,
conseguindo com uma história fácil mostrar uma cultura atávica, obediente a
preconceitos em muitos sentidos, mas sem ser descortês ou faltar ao respeito
pela sua vetusta idade e consegue isso com uma eficácia difícil de encontrar em
filmes deste género. A história apresenta uma visão americanizada da cultura
oriental, utilizando a crítica social para mostrar as diferenças sociais entre
as culturas em presença, funcionando mais como homenagem ao passado histórico
desta cultura milenar e constituindo uma referência formativa da maneira de
estar deste povo.
O filme apresenta-nos festas
luxuosas em ambientes incríveis em diferentes locais onde a loucura toma conta
dos convidados num desatino de comida, bebida e de música. Todavia, constitui-se
como um espectáculo agradável à vista e uma comédia divertida representante da
cultura oriental mostrando ao longo dos seus 120 minutos, que com um elenco de atores
Asiáticos, tem a presença de espírito e a lucidez necessária para nos mostrar
como o oriente está a mudar mantendo a sua matriz cultural, adaptando-a aos
novos tempos sem contudo a desvirtuar. Muito interessante, recomendo.
Classificação: 7 numa escala
de 10
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