Sinopse
Um dos personagens mais enigmáticos, complexos e
intimidadores da Marvel chega ao cinema protagonizado pelo ator nomeado ao
Oscar® Tom Hardy, como Venom, o protetor letal.
Opinião
por Artur Neves
Sob a classificação de:
acção / terror / ficção-científica a Sony
Pictures Entertainment prepara-se para nos apresentar um novo personagem autónomo
da Marvel, de características muito particulares de que o primeiro filme
estreado entre nós nos mostra as origens.
Inicialmente começou como
sendo um poderoso antagonista do Homem-Aranha, tendo feito a sua aparição em
“Homem-Aranha 3” de 2007 com o pretexto de revitalizar a sequela. A partir
daqui a Sony sempre apoiou vários projectos sobre este personagem mas que só agora
vieram a concretizar-se em associação com a Marvel, segundo um argumento
escrito em Fevereiro de 2015 por; Scott Rosenberg e Jeff Pinkner, com datas de
estreia previstas para 4 e 5 de Outubro 2018, em Portugal e nos USA
respectivamente.
A história assenta no
trabalho de investigação jornalística de Eddie Brock (Tom Hardy, cuja escolha
para o papel foi como “um amor à primeira vista”) sobre o misterioso trabalho
de um cientista suspeito de utilizar cobaias humanas em experiencias proibidas.
Durante a investigação ele entra em contacto com um ser alienígena utilizado
nas experiencias, donde resulta a simbiose com a espécie humana e Eddie
torna-se Venom, com poderes físicos extraordinários que nem ele sabe como
conter ou controlar.
Sem ser, nem pretender ser,
um filme cómico algumas cenas iniciais antes da transformação de Eddie em Venom
conseguem provocar alguns sorrisos, mas depressa se entra na parte “séria” da
ficção científica em que se concretiza a simbiose de Venom que se apresenta como
o ser terrífico capaz das maiores atrocidades mas com uma personalidade mista
de “Mr. Hyde and Dr. Jekyll” que lhe
confere características de justiceiro e carniceiro em situações alternativas
mais sombrias da história.
Num filme desta estirpe são
fundamentais os efeitos especiais de acção como de caracterização,
apresentando-se estes últimos como soberbos nas múltiplas transformações de
Eddie em Venom e vice-versa. Para a acção, sempre muito movimentada e em
diferentes ambientes a utilização dos efeitos computorizados é competente e
credível não havendo nesta área qualquer evento que defraude o espetador.
Tom Hardy, ator nomeado para
1 Oscar e muitas outras nomeações por todos os festivais mundiais foi uma
excelente escolha para este papel, pela sua entrega, dedicação e capacidade de
interpretação de um personagem que dá a gora os primeiros passos numa saga que
se prevê longa considerando os super-heróis e anti-heróis já conhecidos.
Tornou-se notado como estrela de primeira grandeza em “Locke”, 2013, tendo sido
nomeado como melhor ator no British
Independent Film a partir do qual não mais foi esquecido pelo grande
público. Tem agora a oportunidade de criação de um personagem que se lhe “cola
à pele”, num filme interessante, sem uma história inédita reconheça-se, mas com
largos motivos de interesse e de espectáculo durante os 112 minutos de duração.
Recomendo.
Classificação: 7 numa escala
de 10
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