2 de outubro de 2018

Opinião – “Venom” de Ruben Fleischer


Sinopse

Um dos personagens mais enigmáticos, complexos e intimidadores da Marvel chega ao cinema protagonizado pelo ator nomeado ao Oscar® Tom Hardy, como Venom, o protetor letal.

Opinião por Artur Neves

Sob a classificação de: acção / terror / ficção-científica a Sony Pictures Entertainment prepara-se para nos apresentar um novo personagem autónomo da Marvel, de características muito particulares de que o primeiro filme estreado entre nós nos mostra as origens.
Inicialmente começou como sendo um poderoso antagonista do Homem-Aranha, tendo feito a sua aparição em “Homem-Aranha 3” de 2007 com o pretexto de revitalizar a sequela. A partir daqui a Sony sempre apoiou vários projectos sobre este personagem mas que só agora vieram a concretizar-se em associação com a Marvel, segundo um argumento escrito em Fevereiro de 2015 por; Scott Rosenberg e Jeff Pinkner, com datas de estreia previstas para 4 e 5 de Outubro 2018, em Portugal e nos USA respectivamente.
A história assenta no trabalho de investigação jornalística de Eddie Brock (Tom Hardy, cuja escolha para o papel foi como “um amor à primeira vista”) sobre o misterioso trabalho de um cientista suspeito de utilizar cobaias humanas em experiencias proibidas. Durante a investigação ele entra em contacto com um ser alienígena utilizado nas experiencias, donde resulta a simbiose com a espécie humana e Eddie torna-se Venom, com poderes físicos extraordinários que nem ele sabe como conter ou controlar.
Sem ser, nem pretender ser, um filme cómico algumas cenas iniciais antes da transformação de Eddie em Venom conseguem provocar alguns sorrisos, mas depressa se entra na parte “séria” da ficção científica em que se concretiza a simbiose de Venom que se apresenta como o ser terrífico capaz das maiores atrocidades mas com uma personalidade mista de “Mr. Hyde and Dr. Jekyll” que lhe confere características de justiceiro e carniceiro em situações alternativas mais sombrias da história.
Num filme desta estirpe são fundamentais os efeitos especiais de acção como de caracterização, apresentando-se estes últimos como soberbos nas múltiplas transformações de Eddie em Venom e vice-versa. Para a acção, sempre muito movimentada e em diferentes ambientes a utilização dos efeitos computorizados é competente e credível não havendo nesta área qualquer evento que defraude o espetador.
Tom Hardy, ator nomeado para 1 Oscar e muitas outras nomeações por todos os festivais mundiais foi uma excelente escolha para este papel, pela sua entrega, dedicação e capacidade de interpretação de um personagem que dá a gora os primeiros passos numa saga que se prevê longa considerando os super-heróis e anti-heróis já conhecidos. Tornou-se notado como estrela de primeira grandeza em “Locke”, 2013, tendo sido nomeado como melhor ator no British Independent Film a partir do qual não mais foi esquecido pelo grande público. Tem agora a oportunidade de criação de um personagem que se lhe “cola à pele”, num filme interessante, sem uma história inédita reconheça-se, mas com largos motivos de interesse e de espectáculo durante os 112 minutos de duração. Recomendo.

Classificação: 7 numa escala de 10

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