Sinopse
Um thriller de enorme tensão
que nos traz o famoso Jackie Chan como um homem bom e humilde, dono de um
restaurante na Chinatown de Londres, numa missão para encontrar os terroristas
responsáveis pelo atentado que provocou a morte da sua amada e única filha.
Para descobrir a verdade,
Quan (Jackie Chan) entra num jogo político de gato e rato com Hennessy (Pierce
Brosnan), um responsável do governo com uma história sombria.
Enquanto Quan avança na
identificação dos assassinos, cada um deles terá que enfrentar o seu passado.
Opinião
por Artur Neves
Martin Campbell, realizador
Neozelandês, com vários filme de ação no curruculun, tais como; 007 “Casino
Royale” e “GoldenEye” e outros de idêntica nomeada, apresenta-nos aqui uma
história de terrorismo fora de tempo, porque baseada no romance “The Chinaman”
de Stephen Leather, editado em 1992, numa época muito anterior à primavera
árabe que está na base do terrorismo atual tal como o conhecemos, todavia tão
violento e mortífero como foram os ataques perpetrados pelo IRA e pelo seu
braço armado Siin Féin, fundado em
1905 e destinado a unir grupos Irlandeses nacionalistas contra o domínio britânico.
Apesar de fora de tempo esta
história consegue mostrar-nos um filme de ação, bem estruturado, com um final
previsível, muito embora com bons elementos de surpresa e enredo bem
entretecido que nos mantém presos ao desenvolvimento de toda a história. Quan,
o estrangeiro do título, interpretado por um Jackie Chan sem a desenvoltura de
outrora, mas em quantidade suficiente para nos entusiasmar em segui-lo na sua
busca pelos assassinos da sua filha. Com a idade perdeu a dinâmica de “loucura”
que caraterizava os personagens anteriormente interpretados e isso é uma
vantagem neste filme.
Por seu lado Pierce Brosnan,
que ultimamente nos tem habituado ao desempenho de personagens pacatos e mais
ou menos românticos mostra-nos aqui uma faceta mais séria, dúbia e política no
pior sentido, que concentra todo o segredo da história num desempenho
convincente envolvido em todo o desenvolvimento político da ação no que
concerne ao governo Inglês colocado em cheque pelos dramáticos eventos que vão
ocorrendo em Londres.
A história, com um início
imprevisto, está bem urdida e mostra-nos com pormenor a dor de um pai e de tudo
o que ele está disposto a fazer para conseguir a justiça que o governo Inglês,
em colaboração com as autoridades Irlandesas estavam dispostos a mascarar em
benefício do acordo alcançado para o desmantelamento do IRA, desqualificando a
sua ala mais radical que nas suas intenções mais profundas nunca desarmou os
seus verdadeiros objetivos. Com todos os ingredientes do thriller político e policial, temos aqui uma história escorreita
que se vê com agrado e interesse durante quase duas horas. Recomendo.
Classificação: 6 numa escala
de 10
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