9 de junho de 2017

Opinião – “Rei Macaco” de Tian Xiao Peng


Sinopse

O Rei Macaco é baseado num dos principais personagens da mitologia chinesa, Sun Wukong, um macaco que mesmo após de ter sido coroado rei, aspirava ser igual aos deuses e tornar-se imortal. Como não lhe concederam esse desejo ele revoltou-se, e o resultado foi ser condenado pelos deuses a permanecer enterrado na Montanha dos Cinco Elementos. Ficou lá durante 500 anos até ser acidentalmente libertado por Liuer, um jovem órfão.
Liuer, fugia da sua aldeia que fora assaltada por Ogres das Montanhas em busca de crianças para oferendar ao Senhor do Mal, levava consigo uma menina pequenina que salvara das garras dos ogres. Liuer, que se tinha perdido, pede ao Rei Macaco que o ajude a encontrar o caminho para casa. O Rei Macaco, agora em liberdade, hesita se deve ou não ajudar Liuer. A persistência deste acaba por convencê-lo e acompanhados de um Porco multifacetado e cómico, partem numa aventura para vencer os Ogres e o Senhor do Mal.
Um filme que é uma aventura e a descoberta do herói que existe em cada criança.
Sun Wukong é o personagem inspirador da série japonesa Dragon Ball, sendo nome do personagem principal da série (Son Goku) que corresponde à tradução de Sun Wukong em japonês.

Opinião por Artur Neves

Esta incursão na mitologia chinesa, estranha na nossa sociedade, mas suficientemente descrita na sinopse que acompanha este filme, leva-nos ao mundo da fantasia para nos certificar que seja qual for o povo, credo ou nação, a coragem, a determinação e o coração limpo das boas ações são sempre elegíveis e impulsionadas para a glória dos seres humanos que as defendem.
Os deuses estarão sempre do lado dos bons e são estes os preferidos para sempre. Com uma imagem clara, luminosa mesmo, suportada pelos grandes meios tecnológicos de animação este filme envolve-nos no prazer de ver a evolução dos heróis e dos tiranos (sem os segundos não existiriam os primeiros) partilhando connosco as suas aventuras, os sucessos dos primeiros e o castigo dos segundos em atribulados movimentos nos espaços em que se move a ação.
Longe vai o tempo da banda desenhada, animada em 2D, com fundo parado, cor única ou até sem cor, e movimento à vez dos personagens, que nos fazia sonhar com uma boa história e a virtude dos personagens. A computorização veio conferir uma vida reforçada a este meio de comunicação para o qual tudo é possível oferecendo-nos o prazer de ver eventos e ações inimagináveis ou nem sequer provavelmente abordados pelos nossos pensamentos, portanto caro espectador este é um filme de família dedicado à fruição da magia e do puro espetáculo, para além de contar uma história que se insere na mitologia chinesa, que provavelmente não conhecia. Recomendo.

Classificação: 6 numa escala de 10

Sem comentários: