Sinopse
Justamente
quando Arthur Bishop julgava que os seus dias como assassino eram coisa do
passado, é forçado a voltar ao ativo quando Gina, o amor da sua vida, é raptada
pelo seu mais perigoso inimigo. Agora Arthur tem de viajar pelo globo para
completar três impossíveis assassinatos, onde estão os nomes dos mais perigosos
homens do mundo, e ainda fazer com que eles pareçam acidentes.
Opinião
por Artur Neves
Jason Statham (Arthur
Bishop) na pele de um assassino reformado desde 2011, (data da primeira
aparição deste personagem) volta a presentear-nos com uma movimentada história
recheada de acção e de lutas com vitórias improváveis, para nos tentar fazer
esquecer a realidade dos dias. Para melhor compor o ramalhete apresenta-nos
como motivo uma súbita paixão assolapada por Gina (Jessica Alba, linda como
sempre) quando esta constituía inicialmente, a segunda contratante, (a
primeira, “Mei”, Michelle Yeho, não teve tanta sorte) para os trabalhos que ele
não queria realizar para o mau muito mau que o persegue pelo planeta.
O desmanchar da dureza do
herói acontece quando ela lhe confessa os seus puéreis desígnios de protecção a
órfãos e criancinhas abandonadas numas ilhas esquecidas da Malásia (bem a
propósito com o drama dos refugiados às portas da Europa) sendo então que o seu
coração de manteiga se desfaz ao sol e ao calor das águas transparentes das
ilhas do Caribe.
Eu sei que todos os motivos do
“bem” combater o “mal” já foram utilizados repetidamente em múltiplas
histórias, milhares delas, cujo core
são sempre as boas práticas de sã convivência social, os bons costumes e as
melhores intenções, mas uma estrutura de telenovela num filme de acção contra
bandidos internacionais, praticado por um designado assassino profissional não
me parece de todo adequado. Por favor meus senhores exige-se um pouco mais de
imaginação ou os argumentistas de serviço (Philip Shelby e Tony Mosher) não
conseguem mais do que reciclar conceitos estafados.
Como distracção o filme está
recheado de acção e de efeitos que nos emocionam e interessam, as diferentes histórias
prendem a atenção, cada um dos assassinatos são como pequenas aventuras
desenvolvidas com imaginação e meios técnicos suficientes que justificaria
maior interligação entre si de forma a não parecerem o que realmente são, casos
isolados que se desenrolam durante o tempo de duração do filme dando a
impressão que o realizador, Dennis Gansel, nascido em 1973 em Hannover na
Alemanha, apenas se preocupou com o preenchimento do tempo disponível.
Ainda assim caro leitor se
não tiver nada para fazer, aproveite os 98 minutos que o filme lhe oferece para
se evadir da realidade, perdoe o “cheiro” a telenovela barata e aprecie as
cenas de acção como só Jason Statham nos tem apresentado em várias oportunidades
e divirta-se que este filme é para ver e esquecer.
Classificação: 5 numa escala
de 10
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