6 de outubro de 2016

Opinião – “Mechanic – Assassino Profissional” de Dennis Gansel


Sinopse

Justamente quando Arthur Bishop julgava que os seus dias como assassino eram coisa do passado, é forçado a voltar ao ativo quando Gina, o amor da sua vida, é raptada pelo seu mais perigoso inimigo. Agora Arthur tem de viajar pelo globo para completar três impossíveis assassinatos, onde estão os nomes dos mais perigosos homens do mundo, e ainda fazer com que eles pareçam acidentes.

Opinião por Artur Neves

Jason Statham (Arthur Bishop) na pele de um assassino reformado desde 2011, (data da primeira aparição deste personagem) volta a presentear-nos com uma movimentada história recheada de acção e de lutas com vitórias improváveis, para nos tentar fazer esquecer a realidade dos dias. Para melhor compor o ramalhete apresenta-nos como motivo uma súbita paixão assolapada por Gina (Jessica Alba, linda como sempre) quando esta constituía inicialmente, a segunda contratante, (a primeira, “Mei”, Michelle Yeho, não teve tanta sorte) para os trabalhos que ele não queria realizar para o mau muito mau que o persegue pelo planeta.
O desmanchar da dureza do herói acontece quando ela lhe confessa os seus puéreis desígnios de protecção a órfãos e criancinhas abandonadas numas ilhas esquecidas da Malásia (bem a propósito com o drama dos refugiados às portas da Europa) sendo então que o seu coração de manteiga se desfaz ao sol e ao calor das águas transparentes das ilhas do Caribe.
Eu sei que todos os motivos do “bem” combater o “mal” já foram utilizados repetidamente em múltiplas histórias, milhares delas, cujo core são sempre as boas práticas de sã convivência social, os bons costumes e as melhores intenções, mas uma estrutura de telenovela num filme de acção contra bandidos internacionais, praticado por um designado assassino profissional não me parece de todo adequado. Por favor meus senhores exige-se um pouco mais de imaginação ou os argumentistas de serviço (Philip Shelby e Tony Mosher) não conseguem mais do que reciclar conceitos estafados.
Como distracção o filme está recheado de acção e de efeitos que nos emocionam e interessam, as diferentes histórias prendem a atenção, cada um dos assassinatos são como pequenas aventuras desenvolvidas com imaginação e meios técnicos suficientes que justificaria maior interligação entre si de forma a não parecerem o que realmente são, casos isolados que se desenrolam durante o tempo de duração do filme dando a impressão que o realizador, Dennis Gansel, nascido em 1973 em Hannover na Alemanha, apenas se preocupou com o preenchimento do tempo disponível.
Ainda assim caro leitor se não tiver nada para fazer, aproveite os 98 minutos que o filme lhe oferece para se evadir da realidade, perdoe o “cheiro” a telenovela barata e aprecie as cenas de acção como só Jason Statham nos tem apresentado em várias oportunidades e divirta-se que este filme é para ver e esquecer.


Classificação: 5 numa escala de 10

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