Sinopse
BONS RAPAZES decorre na Los Angeles de 1970, onde o
azarado e pouco competente detetive particular Holland March (Ryan Gosling) é
obrigado a trabalhar com Jackson Healy (Russel Crowe), um rufia a contrato que
resolve os seus trabalhos à força, na resolução do caso de uma rapariga
desaparecida e da morte aparentemente não relacionada de uma estrela porno. Só que
durante a investigação eles acabam por descobrir uma conspiração que atinge os
mais altos círculos do poder. Escrito e realizado por Shane Black, BONS RAPAZES
é uma comédia de ação que, para além da dupla improvável Gosling/Crowe, conta
ainda no elenco com Kim Bassinger, Matt Bomer, Angourie Rice e Keith David.
Opinião
por Artur Neves
O género de comédia, quando contém
elementos para tornarem a história com sentido constitui sempre sucesso
garantido. Se além disso se considerarem dois actores que ficam bem a trabalhar
juntos pela complementaridade dos seus personagens então temos diversão certa,
temos um filme de verão sem complicações sérias, embora com uma história que
nos mantém interessados pela acção e pelo enredo que aponta sempre para
surpresas no take seguinte
proporcionando um espectáculo agradável.
Desta feita, temos o desaparecimento
de Amélia, filha de uma funcionária do Departamento de Justiça Norte Americano
que desesperada contrata os serviços de um detective com métodos de
investigação pouco ortodoxos, mas conveniente, considerando a pouca ortodoxia
de todo este caso como posteriormente nos é revelado no desenrolar da acção.
Só que Amélia não está
realmente desaparecida pois ela aparece em vários locais e em diferentes
situações, nomeadamente ligada a um filme pornográfico, cuja actriz principal
foi morta e cujas causas estão a ser investigadas por outro detective
particular; Holland March (Ryan Gosling) que inevitavelmente se cruzará
com Jackson
Healy (Russel Crowe) juntando esforços para a completa solução do caso,
formando assim esta dupla improvável mas que funciona na perfeição. Ryan
Gosling revela-se aqui como um versátil actor, particularmente evidenciado numa
cena em que se encontra sentado numa sanita de um WC dum salão de bowling e cujo desempenho está ao mais
alto nível da comédia clássica.
Só que nem tudo é o que parece e as ramificações que
ambos os casos revelam levam-nos a surpresas e a ambientes insuspeitos em que
ambos são levados a aplicar-se, um pouco contra a sua natureza de bebida
descomprometida e laxismo na sua actividade “normal”. Mas a equipa formada
entre ambos funciona, apesar de alguns desmandos de ambas as partes,
complementada pelo bom senso, por vezes incómodo da jovem filha de March e
entre tiros e socos o caso vai-se revelando na sua autenticidade inicialmente
imprevisível.
Shane Black realizador e
argumentista de anteriores sucessos do cinema, tais como; “A Fúria do Ultimo
Escuteiro” de 1991, ou toda a série de quatro filmes de “Arma Mortífera” cujo
tema de “crime e castigo” roça o argumento desta história é garantia suficiente
para a sua apreciação e fruição com agrado, nos dias quentes que vão correndo.
Classificação: 7 numa escala
de 10
Sem comentários:
Enviar um comentário