Sinopse
Stanley
Hill (John Travolta), um engenheiro desempregado, testemunha o assassinato da
sua mulher, Vivian (Rebecca de Mornay). Quando o detective Gibson (Sam Trammell)
e outros polícias corruptos não conseguem ou não querem trazer os assassinos à
justiça, Stanley recorre à ajuda de um velho amigo, Dennis (Christopher Meloni)
e decide resolver ele mesmo a situação.
À
medida que eles tomam a sua vingança, as pessoas envolvidas nesta trama,
começam a perceber que Stanley e Dennis são muito mais perigosos do que
qualquer pessoa podia ter inicialmente imaginado.
“Hora de Vingança” de Chuck
Russell é um sanguinário filme de vingança que revela como John Travolta ainda
tem força e intensidade para ser um dos mais impressionantes heróis de acção do
cinema actual.
Opinião
por Artur Neves
Esta é uma história sem
surpresas onde todos os eventos são previsíveis no decorrer da acção, por outro
lado, as surpresas que contém aparecem mais como remendos justificativos para
alguns dribles imprevistos da acção,
do que de acontecimentos previamente determinados no guião que o suporta. É uma
história escorreita, mas sem refinamento formal, com pouca criatividade e como
tal, arrastada e algo maçadora, constituída por uma série de episódios
justificativos das cenas de acção que a conduzirão ao resultado esperado.
Resultado este, apresentado no final como é hábito, mas de forma implícita.
John Travolta tem o que pode
chamar-se uma carreira variável, no aspecto de êxitos potenciadores da fama do
actor e de sucesso como obras cinematográficas. Apresenta no seu percurso meia
dúzia de referencias, tal como; “Febre de Sábado à Noite” de 1977 e a sequela
“Brilhantina” no ano seguinte, que puseram o seu nome na cena cinematográfica
dos êxitos para jovens rebeldes, pós Maio de 68 e festival Woodstock em 69. Em
1983 com a “Febre Continua” foi mais do mesmo, e não lhe trouxe qualquer
mais-valia. Depois de vários filmes menores experimentou um êxito surpreendente
com “Pulp Fiction” em 1994, mais pela genialidade de Tarantino que realizou o
filme do que por mérito próprio, mas ainda assim significativo no conjunto das
ofertas de cinema. A partir daqui assumiu uma carreira discreta com picos de
notoriedade, tais como em; “Assalto ao Metro 123” de 2010, e “Temporada de
Caça” em 2013 onde o facto de contracenar com Robert De Niro (já em registo de
reforma mas ainda com presença significativa) o contagiou com algum sucesso.
Actualmente em 2015, vemo-lo
em “Actividades Criminosas”, já comentado neste blog, e presentemente nesta história, quase “serie B”, que não lhe
acrescenta qualquer benefício de carreira neste filme “direitinho”, abordando o
tema da corrupção política de forma convencional, sem chama crítica, sem
denúncia social e apelando à justiça por mãos próprias porque senão “estamos
mesmo tramados”, como alternativa à justiça que temos o direito de exigir da
sociedade e do estado.
Estamos pois em presença de
um filme monótono, previsível, com uma história coerente dentro do seu género,
mas sem novidade nem chama que justifique a sua recomendação. É pena e não
constitui uma fatalidade, pois recentemente tem havido argumentos já
conhecidos, que trabalhados de forma hiperbólica renovam o nosso interesse em
os revisitar.
Classificação: 4 numa escala
de 10
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