Sinopse
Quatro amigos tropeçam num negócio bom demais para
recusar. Mas quando as coisas correm mal com o investimento, descobrem que
parte do seu financiamento veio de Eddie (John Travolta), um chefe do crime
conhecido pela sua crueldade... e está na hora de pagar. Agora, como
contrapartida, eles vêem-se obrigados a sequestrar um membro da família de um
chefe rival, a fim de pagar a dívida. Envolvidos num submundo de crime e
violência ao qual não pertencem, se os quatro amigos conseguirem concluir com
sucesso a tarefa atribuída, são bem capazes de escapar com vida.
Opinião
por Artur Neves
A história começa bem, quatro amigos
separados desde os tempos da escola encontram-se e depois de alguma conversa de
circunstância, surge naturalmente a notícia de uma hipótese de negócio rentável
que um deles se disponibiliza para financiar, sugerindo uma sociedade entre
eles para gestão dos lucros.
Dito assim parece um maná vindo dos
céus, a amizade, o dinheiro sem custo, a facilidade da concretização do “projecto”,
tudo sem problemas nem dificuldades inerentes da luta do dia-a-dia, todavia nada
é tão simples assim porque a amizade entre os quatro não é o que parece, o
mecenas financiador do “projecto” obtém os fundos por meios ilícitos, a
namorada de um deles é amante do financiador, o “representante” da Máfia afinal
está coligado com o financiador do projecto, o raptado afinal não tinha a protecção
que julgava e, saberemos no fim, tudo não passa de uma vingança pelos maus
tratos e enxovalhos sofridos durante os tempos de escola.
Jackie Earl
Haley traz-nos assim uma história de mafiosos e burlados, mas com fundamento
psicológico que não soube trabalhar adequadamente, considerando que durante o
desenrolar da acção nada nos leva a inferir, ou sequer a suspeitar quem é quem.
Lamentavelmente a história desenvolve-se ao estilo dos filmes sobre os romances
policiais de Agatha Christie em que os crimes e as intrigas desenvolvem-se sob os
nossos olhos mas só no fim é que compreendemos todas as ligações pela douta
descrição de Hercule Poirot ou Miss Marple, numa “sessão solene” com todos os
envolvidos reunidos numa sala à espera de serem desmascarados e acusados.
Neste filme não se chega a tanto,
entenda-se, mas lamentavelmente as ligações subterrâneas entres os personagens
e as reviravoltas do argumento são-nos apresentadas no fim, na forma de flash backs, sobre cenas que não vimos e
caem do céu sem paraquedas, causando-nos uma surpresa com sabor amargo por ser desenquadrada
com alguns dos eventos que foram “vendidos” como reais.
Assim, para quem gosta de histórias de
crime e de mafiosos encontra os ingredientes necessários e constitui o género
de filme “para entreter” mas nada mais do que isso, o desempenho de Jonh
Travolta é esforçado mas derivativo, tendo conseguido uma segunda oportunidade
depois dos êxitos do passado, os outros personagens não vão mal, o problema
está realmente em nunca nos terem avisado que na origem estava uma questão de bullyng mal resolvida e é pena.
Classificação: 5 numa escala de 10
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