Sinopse
Interpretado por Chloë (Grace Moretz) e baseado
no best
seller homónimo, em A 5ª
Vaga, quatro vagas de crescente impacto mortal
deixam grande parte da Terra dizimada. Lutando contra o medo e a desconfiança
generalizada, Cassie (Moretz) está em fuga, tentando desesperadamente salvar o
seu irmão mais novo. Quando se prepara para a inevitável e letal 5ª Vaga, Cassie alia-se a um jovem que pode vir a ser a sua última
esperança – caso Cassie possa confiar nele…
Opinião por Artur Neves
Os
filmes de ficção científica (como designação genérica deste género) têm
fundamentalmente dois caminhos por onde podem evoluir: O primeiro pode ser
designado por “antecipação científica” em que o argumento se baseia na
tecnologia actual, desenvolvendo-se a partir de conceitos ou ideias ainda não
provadas mas que de alguma maneira constituem assunto científico actualmente em
discussão, de que o argumento antecipa um evento, ou uma possível solução.
Indico como exemplo os filmes; “Perdido em Marte”, “Interestelar” e “Gravidade”
para citar somente os mais recentes. O segundo caminho, que designo por
“premonição científica” em que o argumento pega numa ideia, conceito ou caso de
estudo de qualquer natureza, incluindo assuntos isotéricos e desenvolve uma
história incluindo como convém, equipamentos e meios sofisticados para lhe
conferirem o conteúdo “científico” que se pretende, para além de um carácter
catastrofista que valoriza sempre a história. Nesta classe cito somente o
“2012” por ser também recente e que me lembre, o menos mau e mais espectacular
do ponto de vista cinematográfico.
Este
filme enquadra-se no segundo grupo em que o realizador encena um argumento
baseado no romance homónimo de Rick Yancey e apresenta-nos uma história de amor
fraternal, em que Cassie (Chloe Grace Moretz) procura salvar o seu irmão mais
novo Sam (Zackary Arthur) num mundo em colapso pela tentativa de ocupação do
planeta por seres alienígenas que pairam nos céus da USA numa nave espacial ao
estilo da utilizada em “Distrito 9” de Peter Jackson e Neill Blomkamp.
Durante
a sua busca ao longo de florestas perigosas e estradas destruídas repletas de
cadáveres, a acção evolui por um romance entre ela e um humano que
posteriormente se vem a revelar menos humano que isso, mas “muito bonzinho”
porque a defende e ajuda na sua heróica demanda, através de um clima ambíguo de
suspeição e confiança mal conseguidos, porque são previsíveis e expectáveis. O exército
dos USA, chamado para defender a população contra os extraterrestres também entra
num registo dúbio frouxo, através de acções contraditórias que facilmente se
detectam nunca conseguindo manter um ambiente de verdadeira tensão numa
situação que a verificar-se seria profundamente constrangedora. Parece que o
realizador pretendeu antes atingir um registo de jogo de computador,
possivelmente decorrente do público-alvo para que o filme foi concebido, entre
um jovem romance equívoco e o espírito protector de soldados que vêm a
descobrir estar a lutar pelo lado errado, tudo muito bem explicado através de flashbacks sobre pormenores não
revelados anteriormente.
Um
filme magro, simples nos seus objectivos, previsível na acção, com alguns
momentos espectaculares embora já vistos noutras realizações e preparado para
continuar numa sequela, talvez no próximo ano.
Classificação:
3,5 numa escala de 10
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